Capítulo Dois

556 66 126
                                    

Ao abrir a porta de madeira branca, Amanda se depara com Brandon. O garoto usava uma jaqueta de couro preta e jeans da mesma cor. Estava com uma de suas mãos apoiada no batente da porta.

- Ah, é você... - Amanda revira os olhos, sentindo uma pontada de decepção. Esperava que sua mãe tivesse mudado de ideia e alternado por voltar.

- Oi, priminha... também estava com saudades de você - ele fala e entra, esbarrando propositalmente em seu braço.

Brandon a olha da cabeça aos pés, com desdém.

- O que está olhando?

- Você está diferente. Não sei bem o que é, mas acho que está ficando mais bonita... ou está mais magra. Já sei... está mais chata do que nunca.

Ele ri sarcasticamente.

- Idiota - Amanda lhe empurra e vai em direção ao sofá.

- O que está assistindo, priminha? - ele se senta do lado dela e a encara.

- Não te interessa, priminho.

- Não está brava, está? Bem... sinto muito por você, mas vai ter que olhar pra esse rostinho lindo por duas semanas.

Ainda a encarando, toma o controle remoto dela. A garota lhe fita, com um olhar matador.

- Devolve esse controle, agora - ela exige, se levantando rapidamente do sofá.

- Eu até poderia devolver, mas não estou com vontade.

Amanda ficou furiosa, mas não disse mais nada. Apenas pegou seu celular e subiu as longas escadas, com fúria dentro de si.

- Essas duas semanas vão ser mais divertidas do que pensei - Brandon disse, arqueando uma sobrancelha.

Amanda entrou em seu quarto e fechou a porta com uma força brutal. Desbloqueou seu celular e mandou uma mensagem desesperada para Bruna. Em palavras resumidas, contou como se sentia em relação a Brandon e sua presença mínima, que nem havia ultrapassado algumas horas. Apenas recebeu um "calma, se passaram apenas alguns minutos."

A garota de madeixas escuras suspirou. Apenas queria que sua amiga a entendesse, ao invés de ficar do lado de Brandon. Sua maneira insistente de defendê-lo era irritante e a deixava com vontade de expulsá-lo de sua casa. Mas não faria isso. Não por ele, mas por sua mãe.

Combinou com Bruna de irem ao shopping juntas, no dia seguinte e se sentiu mais leve. Deixara aquela tensão de segundos para trás. Pousou sua cabeça sobre o travesseiro e rezou para que aquilo fosse um sonho.

Apenas um sonho ruim e nada mais.


[...]

Brandon estava com suas pernas jogadas sobre o braço do sofá, distraído com o filme que Amanda antes assistia.

Vez ou outra, cantarolava uma música, enquanto seus olhos não saíam da tevê.

Um toque baixo vindo de seu celular, o fez desviar sua atenção do televisor. Ao deslizar seu indicador pela barra de notificações, viu o nome "Zion" e abriu o chat de mensagens de imediato.

Zion sempre fora seu amigo mais próximo de todos os integrantes de sua banda. Não se desgrudavam nenhum segundo. Um sorriso surgiu no canto de seus lábios, quando seu amigo lhe perguntou sobre como as coisas estavam indo com Amanda.

Deslizou seus dedos sobre o teclado, enquanto pensava no que escrevia.

"Ela começou a dar os chiliques dela, mas vou irritá-la ainda mais... tenho uns certos planos em mente."

Depois de alguns minutos, uma nova mensagem chegou. Nela, Zion demonstrava o quanto discordava de sua atitude e pediu que não fizesse nada de que pudesse se arrepender.

Brandon se negou a acreditar. Odiava quando ele a defendia sem nem ao menos conhecê-la. Voltou a digitar com a mesma velocidade com que suas palavras eram pensadas.

"Não se preocupe, bro, eu sei bem o que faço. Sabe que minha brincadeira favorita é irritá-la. Acho que eu não conseguiria viver sem fazer isso."

Um suspirou saiu por entre seus lábios. Zion apenas respondeu um "certo, você sabe o que faz... só não exagere." Brandon digitou um até logo e largou seu celular no estofado.

As simples palavras de Zion, estavam mexendo com sua cabeça, de uma maneira que ele não esperava que fosse acontecer. Ao mesmo tempo que um sorriso diabólico brincava em seu rosto e mandava aquelas palavras para longe de sua mente.

Amor Proibido • 𝐁𝐫𝐚𝐧𝐝𝐨𝐧 𝐀𝐫𝐫𝐞𝐚𝐠𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora