Brandon estava com a testa franzida. Sua expressão surpresa, indicava que não estava esperando por aquela ligação. Suspirou pesadamente.
- Estou bem, e você?
- Estou ótima, melhor agora ao ouvir sua voz. Por que nunca mais me procurou?
- Charlotte, o que você quer? Por que me ligou?
Sua voz vacilou um pouco. Houve uma alteração notável em seu tom.
- Eu quero te ver. Podemos nos encontrar?
- Agora não vai dar. Estou um pouco ocupado - mentiu.
- Eu acho que você não tem escolha. Ou nos encontramos, ou vou ter que contar tudo para a mãe da sua querida priminha...
Seu coração acelerou de repente.
- Do que está falando?
- Eu sei que você tem algo com sua prima, e creio que a mãe dela não vai gostar nem um pouco de saber disso... - Brandon mantinha uma expressão séria. - Em que lugar podemos nos encontrar?
Fechou os olhos e fechou sua mão em punho.
- No bar do Centro. Está bom pra você?
- Está ótimo, querido. Se não aparecer, já sabe.
Quando estava pronto para contestar, a ligação foi encerrada. Fitou a tela do celular e sentiu vontade de jogá-lo no chão.
Enfiou o aparelho no bolso, pegou as chaves de seu carro e saiu o mais rápido possível.
[...]
Brandon sentia seu rosto arder de raiva, seu sangue estava fervendo. Assim que estacionou o carro, abriu a porta e saiu.
O bar era bem conhecido e movimentado. Haviam algumas mesas distribuídas no lado de fora, juntamente com pessoas ao redor delas, conversando e bebendo.
Adentrou o bar, olhando em todos os lugares, na tentativa de avistar Charlotte. Aquele lugar estava cheio de homens mal encarados. Alguns aparentavam ter mais de 30 anos, e a maioria possuía inúmeras tatuagens pelo corpo.
Brandon evitou olhar para aquelas pessoas. Foi até o balcão e sentou-se em um dos bancos de madeira.
- Uma dose de tequila - foi o seu pedido ao chamar o barman.
Olhou para o relógio e começou a pensar que ela não viria, ou que era algum tipo de brincadeira. Logo, seu pedido chegou e Brandon virou o pequeno copo, sentindo o líquido queimar sua garganta.
Não estava acostumado a beber e raramente fazia. Mas a ansiedade que corria em seu sangue, o estava deixando fora de eixo.
Pediu mais uma dose ao barman e essa ingeriu apenas um pouco. Olhou para a entrada do bar e avistou uma mulher alta, de cabelos loiros curtos e muito bonita que estava adentrando. Ela usava um vestido vermelho, com um decote generoso e escarpans pretos em seus pés.
Começou a caminhar em direção a Brandon e seu coração disparou novamente. Á medida que andava, todos os homens a olhavam, praticamente comendo-a com os olhos. Brandon não tinha dúvidas... era Charlotte.
- Olá, Brandon - disse a bela moça a sua frente.
O garoto engoliu em seco.
- Charlotte... sente-se - Brandon pediu. Ela sentou-se do seu lado. - Você está belíssima, como sempre.
- Obrigada, querido. E você continua ainda mais gato do que a última vez que nos vimos. - Charlotte disse, encarando-o. Brandon pigarreou e prosseguiu sem olhá-la.
- Charlotte, por que você voltou?
- Eu senti sua falta. Queria muito te ver. Vai dizer que não sentiu a minha...
Brandon desvia seu rosto no momento em que a mesma ia beijá-lo.
- Por favor, Charlotte, não estou aqui pra isso. O que quis dizer com aquilo que falou ao telefone?
- Bem, como eu disse... sei sobre você e sua prima... Amanda. E antes que você pergunte como eu sei... só saiba que tenho minhas fontes. - respondeu encarando-o fixamente. - Ela é sua nova namorada, ou é apenas uma diversão passageira?
- Por que quer saber? Que interesse você tem nela? - Brandon questionou.
- Só o fato de que ela está com você, já me interessa... e muito - sussurrou.
Brandon sentiu que o ar o estava faltando.
- Charlotte, por favor. Deixe a Amanda em paz.
- O que te faz pensar que eu quero fazer mal a ela? Apenas usei a possibilidade de contar a verdade pra você vir aqui e não que deu certo - revelou com um sorriso perverso que incomodou Brandon.
Ele bebeu a bebida que ainda restara no copo. Enquanto Charlotte o fitava o tempo todo, ele encarava o copo a sua frente.
- Eu quero que a gente volte - Charlotte falou, pegando-o de surpresa.
Brandon encarou seu rosto. Seus olhos estavam fixados nele.
- Como é? Você só pode estar brincando...
- Não. Nunca falei tão sério na minha vida.
Desviou seu olhar. Não conseguia acreditar no que ouvia.
- Charlotte, o que nós tivemos ficou no passado. Pensei que já tivesse entendido e superado.
- Amorzinho, eu não consigo ficar longe de você. Sinto sua falta e sei que também sente a minha - ela começou a deslizar o indicador sobre a mão de Brandon, enquanto se aproximava lentamente dele.
Brandon rapidamente se afastou, e quando ia falar algo, uma notificação de mensagem chegou em seu celular. Sorriu minimamente ao ver que era de Amanda.
"Brandon, estamos quase chegando. Você acredita que a louca da Bruna me fez entrar em quatro lojas diferentes?... Em todo tempo que passamos aqui, não parei de pensar em você e no que houve entre nós. Precisamos conversar sobre isso."
Brandon guardou o celular no bolso.
- Mensagem dela? - Brandon ergueu seu olhar. - Não tem vergonha, Brandon? Transando com a sua própria prima... isso é tão errado.
- Chega, Charlotte. Só vou te avisar uma vez... fica longe da Amanda - disse firmemente.
- Você está me ameaçando, amor? - perguntou, incrédula.
Ele levantou-se e ficou de frente pra ela.
- Sabe que não sou de ameaçar ninguém. Foi apenas um aviso. Mas se quiser pensar dessa forma... fique à vontade. - Brandon pagou a conta e levantou-se.
Saiu do bar e entrou em seu carro. Olhou uma última vez, e pôde ver como Charlotte o fitava de longe. Seu olhar tinha algo de diferente e isso o deixava aterrorizado. Desviou seu olhar e ligou o carro, saindo a toda velocidade para o mais longe possível daquele lugar e daquela mulher.
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Amor Proibido • 𝐁𝐫𝐚𝐧𝐝𝐨𝐧 𝐀𝐫𝐫𝐞𝐚𝐠𝐚
FanficDizem que o amor e ódio andam lado a lado. Bem... Amanda não acredita muito nisso. Acha uma verdadeira bobagem. Quando seu primo, Brandon Arreaga, passa duas semanas em uma sua casa, ela sente seus sentimentos em total conflito. Sentimentos, que ela...