Capítulo Doze

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Um novo dia estava começando. Ana já tinha saído bem cedo para trabalhar. Apenas tomou um bom café costumeiro e saiu.

Amanda estava no quarto, preparando-se para tomar seu café da manhã. Quando desceu as escadas, deparou-se com Brandon na cozinha, sentado à mesa.

- Bom dia - ela disse, enquanto sentava à mesa. Sua voz estava levemente rouca.

- Bom dia. Pensei que não iria acordar cedo hoje. Não depois do que aconteceu ontem - ele falou, bebendo um pouco de café.

Amanda passou um pouco de manteiga em um pão, enquanto era encarada por Brandon.

- Aquilo já passou. Não foi nada. Eu estou bem e isso é o que importa. - enfiou um pedaço do pão na boca e bebeu um gole do café.

Brandon admirou-se ao sentir a tranquilidade como Amanda falou sobre o acontecido. No mínimo, esperava que ela estivesse abalada ou com medo. Mas não. Estava com se nada estranho tivesse acontecido.

Enquanto comiam, um silêncio perturbador e tranquilo ao mesmo tempo, se fez presente entre eles. Amanda o interrompeu de imediato.

- Brandon, precisamos conversar - ele ergueu seu olhar. - Sobre o que aconteceu entre nós.

Brandon concordou. Não podia mais deixar a situação daquela maneira. Precisava resolvê-la.

Amanda sentiu seu coração disparar como de costume. Brandon levantou-se da cadeira e se aproximou dela, pegando em sua mão e puxando-a pela cintura. Seus corpos estavam colados e sem chance de um espaço mínimo. Ele encarou os lábios abertos de Amanda e sentiu necessidade de beijá-los. Queria tocar em seu corpo e senti-la novamente.

Ela franziu a testa e lhe encarou, completamente confusa.

- E a nossa conversa? - Amanda questiona, mas Brandon coloca seu dedo indicador sobre a boca dela.

- Agora não... - ele sussurrou. Colou sua testa na dela e respirou fundo. - Eu preciso te sentir, só mais uma vez.

Amanda fitou seus olhos por trás do óculos. Não conseguiu entender o motivo de ele ter dito "só mais uma vez." Aquela seria a última vez que eles ficariam juntos? Necessitava perguntar, mas não o fez. Apenas se deixou levar pelo que estava sentindo.

Agarrou ferozmente seus lábios e entrelaçou as mãos no pescoço dele. Brandon desceu suas mãos pela extensão das costas de Amanda e apertou suas nádegas com habilidade. Um gemido baixo saiu por entre os lábios dela.

Suspendeu-a do chão e fez com que suas pernas se entrelaçassem em sua cintura. Dessa forma, eles subiram as escadas, sem parar o beijo por nenhum segundo.

Brandon abriu a porta com certa dificuldade por ainda ter Amanda grudada em seu pescoço. Empurrou-a com o pé e assim que a porta fechou, Brandon a deitou na cama. Se debruçou em cima dela e enfiou suas mãos debaixo da blusa, apertando seus seios.

Suas línguas se moviam em uma sincronia perfeita e Amanda sentiu que aquela seria uma despedida. Não porque percebeu a expressão séria de Brandon, nem pelo seu tom preocupado, nem por seu comportamento estranho. Mas pela maneira que ele a tocava. Era um toque desesperado, único, como se depois dali, as coisas seriam diferentes.

Brandon levantou sua blusa e ela o ajudou a tirá-la. Arregalou os olhos ao perceber que Amanda não usava sutiã, e um sorriso presunçoso surgiu em seus lábios. Encostou a boca em torno de sua auréola rosada e começou a chupar de maneira lenta um dos mamilos rígidos da garota. Amanda fechou seus olhos e apertou a borda do colchão com força. Sua língua deslizava de maneira lenta e prazerosa, mexendo com todos os sentidos dela.

Brandon olhou para sua expressão. Adorava ver a maneira como Amanda se contorcia com aqueles simples movimentos. A maneira como fazia seu corpo reagir apenas por estarem perto um do outro. A maneira como ela mantinha seus olhos fechados e como deixava gemidos involuntários escaparem de sua boca, sem pudor algum. Mas sua consciência lhe dizia o quanto estava agindo de maneira equivocada. Precisava contar a Amanda o que estava acontecendo. Não podia seguir com aquilo.

Entretanto, não conseguia simplesmente olhar em seus olhos e dizer palavras que seriam tão duras de ouvir. Não conseguiria agir de tal forma. Não naquele momento.

Fechou seus olhos e começou a fazer uma trilha imaginária de beijos pela barriga dela, até chegar no cós da calça jeans que a mesma usava. Ali ele parou. Parou para ver sua expressão confusa ao fitá-lo. Encarou seus olhos por um tempo e percebeu no que tinha se metido. Era uma tremenda enrascada, para os dois. Era algo tão errado, tão arriscado, tão além do que eles poderiam imaginar.

Seu olhar era tão preciso, necessitado. Amanda sorriu minimamente e seu coração... disparou? Sim, disparou de maneira rápida e sem contestar. Amanda chamou por seu nome e o mesmo acordou de seu transe repentino.

Piscou algumas vezes. Segurou o rosto da garota e a beijou, fazendo-a encostar sua cabeça no travesseiro novamente. Brandon tira sua camisa e é puxado por Amanda, que ataca novamente seus lábios, vorazmente. A garota deslizou suas mãos pelas costas dele, enquanto suas bocas ainda permaneciam em contato.

Por mais que Amanda sentisse que algo estava acontecendo, não ousou perguntar. Apenas queria senti-lo, estar em seus braços outra vez. Sentir seus lábios em contato com sua pele e permitir que Brandon a fizesse sentir o que nunca havia sentido com ninguém.

[...]

Brandon encarava o teto, enquanto era observado por Amanda. Sua respiração era rápida e até conseguia ouvir seus batimentos cardíacos. Deslizou seu dedo indicador sobre a bochecha de Brandon.

- Você está estranho, o que houve?

Brandon fitou seus olhos. Sentou-se na cama e suspirou. Talvez aquele fosse o momento. Precisava fazer o que lhe era certo.

- Preciso te pedir uma coisa - disse com uma expressão séria.

Amanda juntou suas sobrancelhas e franziu a testa. Seu coração disparou. Sentiu que o que ouviria naquele momento, nada iria lhe agradar.

- Fala logo. Está me assustando.

Brandon fechou os olhos, respirou fundo apertou os dedos. Pensou se era a coisa certa a se fazer e por um momento, teve dúvidas. Só depois de encarar novamente seu rosto angelical e cheio de preocupação, teve certeza de que era a coisa certa. Amanda entenderia. Tinha que entender.

- Preciso que se afaste de mim...

Seu coração parecia ter parado naquele instante. Suas mãos suavam e o quarto parecia ter diminuído de tamanho. Seu ar sumira assim como sua breve certeza do que era realmente certo e errado.

Amor Proibido • 𝐁𝐫𝐚𝐧𝐝𝐨𝐧 𝐀𝐫𝐫𝐞𝐚𝐠𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora