Capítulo Nove

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Quando Amanda e Bruna chegaram em casa, o celular em seu bolso começou a vibrar. Ela largou duas sacolas coloridas no chão e pegou o aparelho. Sorriu ao ver que era sua mãe.

- Oi, mãe. Como está?

- Estou bem, querida. E como estão as coisas aí? Está se comportando bem com seu primo?

O coração de Amanda acelerou. Sentiu um aperto no aperto ao ouvir o nome dele e por pensar no que acontecera entre eles. Forçou um sorriso e prosseguiu.

- Sim, mãe. Tudo está em ordem. Não precisa se preocupar. - Bruna cutucou seu braço e a mesma a fitou com a testa franzida. - Bruna tá aqui do meu lado e te mandou um oi.

- Oi, Bruna. Que bom que está aí. Pelo menos Amanda não se sente tão sozinha e você pode ficar de olha nela.

- Pode deixar, tia. Estou com meus dois olhos bem abertos. Não vou deixar que ela apronta algo.

Amanda revirou os olhos.

- Quando a senhora volta? - Amanda perguntou. Bruna não parava de mexer em seus cabelos, o que a deixava com vontade de arrancar suas mãos.

- Volto hoje mesmo, querida. Conseguimos resolver tudo, então meu chefe me liberou mais cedo. Daqui a pouco estou chegando.

Amanda sentiu seu peito apertar ainda mais.

- Ok, mãe. Ahn... até daqui a pouco.

Assim que Ana se despediu, a ligação foi encerrada. Bruna não saía de seu encalço.

- Você quer parar de mexer no meu cabelo? Sabe que não gosto disso.

Amanda falou, com uma irritação na voz. Bruna recuou e lhe mostrou a língua. Murmurou algo que Amanda não conseguiu ouvir, mas ela teve quase certeza de que lhe chamara de chata.

Bruna andou envolta da mesa e puxou uma cadeira para sentar.

- Cadê o Brandon? Pensei que ele fosse estar aqui quando chegássemos.

Amanda deu de ombros. Pensara por onde Brandon andara e balançou a cabeça.

Poucos minutos depois, as meninas ouviram um barulho de carro. Brandon havia chegado. Ao entrar, foi recebido por um forte abraço de Bruna.

- Oi, Brandon. Se lembra de mim?

- Bruna... é claro que me lembro de você. Como está?

- Estou ótima. Senti saudades... e você continua um gato, sabia? - ela mordeu o lábio inferior e Brandon apenas sorriu sem jeito.

- Obrigado... e você está ainda mais linda do que antes - sorriu timidamente.

Amanda revirou os olhos. Estava enjoada ao ouvir aquela conversa.

- Tudo bem, Amanda?

Brandon perguntou, desviando seu olhar de Bruna. Fitou-a com insistência, mas Amanda permaneciade costas.

- Tudo ótimo. Não poderia estar melhor - respondeu irônica e secamente.

Bruna e Brandon sentaram-se no sofá e começaram a conversar, enquanto Amanda ainda estava na cozinha. Olhava-os de soslaio algumas vezes e quando Brandon lhe encarava, desviava seu rosto.

Ao ouvir o barulho de outro carro do lado de fora, Amanda olhou pela janela. Ao abrir a porta, recebeu um abraço acolhedor de sua mãe.

- Mãe... - Amanda disse, enquanto sentia seus braços adormecerem. - Está me machucando.

- Oh, querida... desculpe.

Ana se afastou da garota, entrou e cumprimentou Bruna e Brandon.

- E então, Brandon... como Amanda se comportou? Deu muito trabalho a você? - Ana perguntou, olhando para Brandon. Amanda apenas revirou os olhos.

- Não se preocupe, Ana, ela... até que se comportou muito bem.

Brandon lhe lançou um olhar coberto de malícia. Amanda o encarou séria e pensou em algo que pudesse mudar de assunto, enquanto Bruna tinha um olhar desconfiado e atento sobre os dois.

- Mãe... conta como foi a viagem. Se divertiu muito? - Amanda sentou-se no sofá, ao lado de Bruna.

Brandon se sentou na poltrona ao lado.

- Querida, a viagem foi a trabalho e não a diversão.

- Ah, qual é tia, Ana. Vai dizer que não teve tempo pra se divertir? Nem paquerar uns caras... - Bruna piscou para Ana, que logo lhe deu um leve tapa no braço.

- Olha o respeito, mocinha - Ana a repreendeu, fazendo Brandon e Amanda caírem na gargalhada.

Do lado de fora da casa, a uma distância razoável, havia uma jovem que estava encostada em um Mustang Vermelho. Com os braços cruzados, olhava atentamente para a casa de Amanda. A garota reparou em cada detalhe da casa. De cores, jardim, tamanho, até ás pessoas que conseguia ver através da janela. Cada pequeno detalhe, não passava desapercebido de seu olhar atento.

Colocou um óculos escuro e sorriu de canto, antes de entrar no automóvel e sair dali.

Amor Proibido • 𝐁𝐫𝐚𝐧𝐝𝐨𝐧 𝐀𝐫𝐫𝐞𝐚𝐠𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora