Amor Proibido • 𝐁𝐫𝐚𝐧𝐝𝐨𝐧 𝐀𝐫𝐫𝐞𝐚𝐠𝐚

Capítulo Dezessete

Depois de longos minutos, Brandon chegou na casa de Amanda. Desligou o carro e saiu. Foi até o lado em que Amanda estava e a pegou nos braços, tendo o cuidado para não despertá-la.

Bruna avistou os dois pela janela e rapidamente abriu a porta, dando espaço para ele entrar.

- O que aconteceu? Por que ela está desacordada? - Ana questionou, ao ver a palidez e o estado em que ela se encontrava.

- Não se preocupe, Ana. Amanda... apenas estava um pouco cansada e acabou dormindo - Brandon pensou em dizer a verdade, mas não achou apropriado. Não naquele momento.

- O que aconteceu com você, Brandon? Está machucado... - Bruna analisou a mão dele.

- Eu estou bem. Isso foi apenas um pequeno problema que tive, mas não tem importância. Vou levá-la para o quarto.

Brandon começou a subir as escadas, mas parou ao ouvir seu nome sendo chamado por Ana. Ele se virou e a encarou.

- Muito obrigado por trazer minha menina de volta - Ana agradeceu e Brandon assentiu veemente.

Enquanto Ana abraçava Bruna, Brandon subia as escadas com Amanda em seus braços. Entrou cuidadosamente no quarto e fechou a porta.

Ele a colocou sobre a cama e tirou seus tênis. Pegou um cobertor e pôs sobre ela, sentando-se no chão logo em seguida.

- Amanda, você me deu o maior susto de todos os tempos - riu forçadamente. Seu rosto estava franzido e cheio de preocupação. - Isso é tudo culpa minha. Se eu não tivesse te beijado naquela noite, nada disso teria acontecido. Me perdoa, por favor - Brandon sussurrou, enquanto deslizava suavemente sua mão sobre o rosto dela.

Beijou suavemente o topo da cabeça e inalou o cheiro dos cabelos de Amanda. Encostou sua cabeça na beirada da cama e fechou seus olhos.

[...]

Amanda sentiu como se um caminhão tivesse passado por cima de si. Abriu os olhos lentamente e encontrou Brandon. Ele estava com a cabeça encostada na beirada da cama e seus olhos estavam fechados.

- O que você está fazendo aqui? - perguntou, sentando em sua cama.

Brandon abriu seus olhos de imediato e sentiu seus batimentos cardíacos acelerarem. Ao ver que Amanda havia acordado, ajeitou seus óculos e pigarreou.

- Você... lembra do que aconteceu ontem?

Amanda encarou o chão por um momento, e balançou a cabeça positivamente. Sentiu um arrepio percorrer seu corpo ao lembrar da noite passada.

- Como está se sentindo?

Amanda parecia estar longe. Sua mente estava meio confusa, mas agiu naturalmente.

- Estou bem... - Amanda o encarou, se levantando da cama.

- Que ótimo. Então, acho que agora nós podemos conversar. - Amanda andou em direção ao espelho e fitou os arranhões que tinham em sua pele. - Você não devia ter feito aquilo ontem. Tem ideia do que poderia ter acontecido se eu não tivesse chegado lá?

Amanda suspirou.

- Arreaga, não me interessa ouvir seus sermões. E não espere que eu agradeça, porque não vou - Amanda disse séria, enquanto pegava uma toalha de banho.

Brandon se sentiu imensamente ridículo. Aquilo era inútil. Era como tentar conversar com uma parede. Quando ela ia entrar no banheiro, Brandon a segurou pelo braço e a empurrou contra a parede.

- O que pensa que está fazendo, Arreaga?

- Quero que me diga o por que de ter feito aquilo? Por que foi naquele lugar?

- Não te interessa. Não devo satisfações da minha vida a você - respondeu secamente.

Brandon aproximou-se mais, colando totalmente seu corpo ao dela. Sentiu vontade de beijá-la, mas sabia que não deveria.

- Você não faz ideia do quanto ficamos preocupados com você. Quando vi aquele homem tentando... - suspirou. Sua mente vagou por aqueles momentos terríveis que vivera. - Eu fiquei louco. Só o que eu queria era acabar com ele.

Encostou sua testa na dela. Amanda sentiu arrepios por todo o seu corpo e sua respiração se alterara. Ainda se sentia fragilizada por aquela noite. Se lembrava daqueles momentos a cada mísero instante. Ter Brandon tão perto, a fazia se sentir protegida. Mas não conseguia esquecer suas palavras. Palavras que a fizeram parar naquele lugar. Aquilo era uma verdadeira tortura.

Quando sentiu que cederia novamente, o empurrou. Amanda o encarou friamente, fazendo-o ver raiva e ira em seus olhos. Amanda não disse nem uma palavra, apenas entrou no banheiro e fechou a porta.

Brandon se aproximou da porta e pôs a mão na maçaneta. Amanda estava encostada na porta do outro lado do banheiro, com os olhos fechados e respirando fundo. Seu coração batia aceleradamente como de costume.

Ele encostou a testa na porta e com os olhos fechados, tirou a mão da maçaneta lentamente. Encarou a porta uma última vez e saiu em passos suaves do quarto.