Amor Proibido • 𝐁𝐫𝐚𝐧𝐝𝐨𝐧 𝐀𝐫𝐫𝐞𝐚𝐠𝐚

Capítulo Onze

Quando elas chegaram em casa, Amanda foi direto para a cozinha e bebeu um pouco de água, não percebendo que Ana e Brandon estavam na sala.

- O que aconteceu? Por que estão com essas caras? - Brandon perguntou.

Amanda ergueu as sobrancelhas.

- É que... houve um pequeno problema - Bruna olhou diretamente para a morena.

- O que houve? Vocês estão bem? - Ana perguntou, com preocupação em sua voz.

- Não se preocupe, mãe. Não aconteceu nada - Amanda pigarreou bem na hora que Bruna ia falar.

Bruna negou com a cabeça.

- Na verdade... aconteceu sim - Amanda a encarou. - Nós decidimos fazer uma aposta... uma corrida até a ponte. Estávamos na estrada, quando apareceu um carro, ao que parece, estava seguindo a Amanda - Bruna contou, quase sendo fuzilada pela morena.

Ana levantou do sofá e abriu alguns passos até Amanda.

- Corrida? Eu já não disse que não gosto desse tipo de coisa? Podem se meter em problemas - Amanda encolheu os ombros - Por que não me ligaram?

- Eu já disse mãe, não se preocupe. Estamos bem.

Brandon franziu a testa.

- Que tipo de carro era?

- Um Mustang Vermelho - Bruna contou.

Brandon foi até a janela, parecia pensativo. Pegou as chaves do carro e foi até a porta.

- Aonde vai, Brandon? - Ana perguntou.

- Eu... lembrei que tenho umas coisas sobre a banda pra resolver com os meninos. Até mais - Brandon saiu, fechando a porta atrás de si.

Ao entrar no carro, pegou seu celular e mandou uma mensagem para Charlotte.

"Charlotte, preciso conversar com você. É urgente, me encontre naquela cafeteria que fica aqui perto."

Guardou o celular no bolso e entrou em seu carro.

[...]

Poucos minutos depois, chegou na cafeteria, sentou-se e pediu um café a atendente. Depois de alguns minutos, uma moça alta e que estava com o cabelo preso em um coque, aproximou-se dele, trazendo seu pedido.

Brandon agradeceu e na mesma hora, Charlotte apareceu na entrada da cafeteria.

- Estou aqui, como o combinado. O que quer falar comigo que é tão urgente? - Charlotte sentou-se de frente para ele.

- Hoje, Amanda e uma amiga dela, foram perseguidas por um carro... - começou.

- Nossa, sério? E como elas estão?

- Graças a Deus, bem. Por coincidência, o carro era um Mustang Vermelho igual ao seu.

Charlotte ergueu sua sobrancelha direita.

- E...

- Foi você que fez isso, não foi? - Brandon perguntou, diretamente.

- O quê? Brandon, por favor, não seja ridículo. Você sabe que há inúmeros Mustangs nessa cidade, e por que motivo eu iria fazer uma coisa dessas?

- Por que também não sei, mas eu te conheço muito bem pra saber que quando se propõe a fazer alguma coisa, vai até o fim, independente do que precisará fazer.

Ela sorriu de canto.

- Você tem razão. Eu realmente vou até o fim quando quero algo, mas chegar ao ponto de perseguir alguém, não - Charlotte tinha uma expressão séria e muito convincente.

Arreaga juntou suas mãos sobre a mesa de pequenos quadrados e respirou fundo.

- Você tem ido as sessões de terapia?

Brandon perguntou. Charlotte mexeu sua cabeça para o lado e fitou seus olhos.

- Não acho que eu precise mais delas. Me sinto perfeitamente bem.

Ele suspirou. Desde que terminara seu relacionamento com Charlotte, ela agia de maneira suspeitosa, aparecendo sem aviso na casa de Brandon, até mesmo seguindo ele em lugares públicos. Fora diagnosticada com problemas psicológicos, desde então tem ido a sessões de terapia. Ouvir que ela não estava mais indo, foi como um choque de realidade nele.

- Acredite em mim, Brandon. Eu não desejo mal a sua querida prima. Mas ela precisa tomar mais cuidado. Se  estavam realmente seguindo ela, podem fazer outra vez.

Charlotte tocou no queixo dele e se despediu. Levantou-se e foi embora da cafeteria, deixando Brandon um tanto temeroso depois de ouvir aquilo.

Não sabia se ela realmente estava sendo sincera, ou se estava mentindo descaradamente.