Capítulo Sete

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"Amanda, já tô me cansando... se não abrir a porta, eu vou embora."

Bruna alertou. Amanda não conseguia pensar em nada que pudesse lhe salvar de uma longa explicação. Espreitou os olhos e suspirou.

- Eu já vou... só um minuto - Amanda respondeu finalmente, tentando manter a calma.

Um longo suspiro foi ouvido do outro lado da porta.

"Anda logo, não aguento mais esperar."

Gritou a garota, o que fez a morena revirar os olhos. Era irritante a forma como Bruna não tinha a menor paciência e compostura.

- O que vai fazer? - Brandon perguntou. Passou todo aquele tempo admirando a garota por cima dele, enquanto ela procurava por uma solução.

- Se esconde embaixo da cama... - Brandon a fitou. Chegava a ser engraçado a maneira como seu desespero a consumia. - agora. - ordenou, pegando as roupas dele e lhe entregando.

Brandon nem sequer se vestiu, ligeiramente pegou suas roupas e escondeu-se embaixo da cama. Amanda se vestiu o mais rápido que pôde, ajeitou seu cabelo e abriu a porta.

- Oi... - Amanda disse, encarando Bruna com um sorriso forçado.

Gotas de suor pairavam sobre sua testa. Sem que Bruna percebesse, passou a mão sobre a região.

- Finalmente... por que demorou tanto pra abrir a porta?

- Eu estava... ahn, tomando banho e não escutei quando você me chamou... desculpa - mentiu, mantendo um sorriso mais convincente que conseguia.

Bruna analisou o quarto. Seus olhos iam de encontro às paredes até a cama bagunçada. Ergueu uma sobrancelha e encarou a garota.

- Tudo bem, aceito suas desculpas. Embora você esteja... um pouco estranha. - Amanda soltou um suspiro de alívio. - Então, mee conta. Como está sendo ficar esses dias com o gato do Brandon? - Bruna perguntou, indo em direção a cama e sentando-se.

Amanda sorriu, sem mostrar os dentes. Vibrou ao ouvir o nome do garoto de óculos e a cena de minutos atrás, retornou a sua cabeça.

- Ah... normal.

- Só isso? Ele não está pegando no seu pé?

- Até que não... sei lá, ele não está tão irritante como antes. Talvez ele tenha amadurecido e percebido que agia como um idiota - respondeu, deixando-a surpresa.

Bruna franziu a testa.

- Que bom. Bem, eu disse que ele não era tão chato assim. Devia ter me ouvido antes - Amanda revirou os olhos.

- Não exagera, Bruna.

- Não é exagero. E cadê ele?

O coração de Amanda estava batendo forte e aceleradamente. Sentia que a qualquer momento teria um infarto. Normalizou sua expressão e tentou agir normalmente.

- Eu não sei. Acho que ele... saiu - Amanda quase não conseguia respirar. - Por quê?

- Eu queria vê-lo. Faz tanto tempo que não nos falamos.

- Meu Deus, olha a hora... estamos atrasadas. - Amanda desconversou. Queria fugir daquele assunto o mais rápido possível.

Brandon estava tão desconfortável debaixo da cama, que ao tentar ajeitar-se, fez um barulho extremamente alto.

- Que barulho foi esse? - Bruna perguntou.

Brandon fechou os olhos e começou a apertá-los, rezando para não ser descoberto. Amanda tinha uma expressão séria e assustada.

- Nada.

Bruna a encarou com um olhar desconfiado. Se aproximou de sua amiga e lhe encarou com desconfiança.

- Está acontecendo alguma coisa que não quer me contar? Você parece um pouco... nervosa.

- Claro que não. Você tá imaginando coisas. Vem, vamos logo.

Amanda a pegou pelo braço e saiu do quarto, sem dar-lhe chance de dizer mais alguma coisa. Os passos diante a escada, fizeram Brandon suspirar.

Esperou mais alguns minutos, até ter certeza de que não havia mais ninguém no quarto ou chance delas voltarem, e saiu de esconderijo.

Apesar do quase flagra, Brandon tinha uma expressão divertida no rosto. Sua ficha ainda não caira. Não conseguia acreditar que havia sentido os lábios de Amanda novamente, que pôde senti-la em seus braços.

Depois de se vestir, saiu do quarto e desceu as longas escadas. Ao chegar no último degrau, viu a tela de seu celular acender. Assim que o pegou, seus olhos se arregalaram.

O nome Charlotte pairava sobre a tela do aparelho. Seu coração disparou no mesmo instante e suas mãos começaram a soar.

Encheu seu peito de coragem e no quinto toque, atendeu, colocando-o em contato com seu ouvido.

- Alô?!

Sua voz saiu trêmula. Do outro lado da linha, se podia ouvir uma respiração calma.

- Brandon... como você está?

Uma voz feminina foi ouvida. Brandon franziu a testa e engoliu em seco ao ouvir aquela voz que ele conhecia tão bem.

Amor Proibido • 𝐁𝐫𝐚𝐧𝐝𝐨𝐧 𝐀𝐫𝐫𝐞𝐚𝐠𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora