4.

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***
- Você está banida do salão de bilhar? - Chris perguntou a Dinah assim
que ele subiu na ampla varanda frontal.
Dinah era bad-girl da família. Cada um deles tinha lidado com a morte de
seus pais de diferentes maneiras. Christopher tinha se transformado em um homem
audacioso e Dinah passava seu tempo atacando para se defender. Parece que ela
pensava que quanto mais dificuldades ela passasse, menos dor sentiria.

Ela passou duas noites na cadeia apenas nos três últimos meses.
- Ainda não, O'Bryan está me ameaçando, no entanto.
- Por que você sentiu a necessidade de reorganizar a cara daquele
estranho? - Chris amenizou. Nenhum deles queria mudar a mobília da varanda
de sua mãe, mas como os irmãos Cabello tinham amadurecido e crescido, a
mobília ficou menor e menor.
- Ele era um cheio de merda, é por isso - Dinah não se arrependeu. Ela baixou
a voz, apenas no caso de Camila estar nas proximidades. Sem dúvida, ela ainda
estava de castigo por causa do último incidente no salão de bilhar na noite
passada.
- Como eu ia saber que aquele Yankee arrogantezinho seria tão
sensível? Eu realmente não pretendia insultar o forasteiro, mas não acredito nem
por um minuto que o homem jogou nas finais em Las Vegas. Eu poderia ter
deixado a mentira passar, mas quando a doninha magrela alegou ter ganho do Fats Domino, eu não podia ficar de boca fechada - Dinah riu, lembrando-se. - Eu
disse a ele que a única maneira que ele poderia ter vencido a partida teria sido se
Fats estivesse completamente bêbado naquela noite. O idiota me bateu bem em
cima da boca. Acho que eu deveria ter mantido minha boca fechada, ou baixado
minha voz. Mas, que diabo, eu sou uma Cabello, não tenho a capacidade de sussurrar. Uma coisa levou a outra, mas o resultado final foi a melhor maldita luta
de bar que eu tive em pelo menos, bem, três semanas.
Dinah estava tão ocupada contando sua história que ela não viu Camila de pé
bem atrás dela.

(Fudeu)..
- Eu acho que você vai compensar os danos.
Merda!(pensou)..
- De onde foi que você veio?
- Vim bem atrás de você, nervosinha. - Camila passou por sua irmã. - Vá
se lavar, o jantar deve estar sobre a mesa.

Ela entrou na casa . Seria sempre a casa de sua mamãe.
Olhando em volta, ela apreciou o acabamento da estrutura de troncos maciços.
Seu pai tinha construído com as suas próprias mãos, com a sua ajuda e de Normani.
O interior foi carinhosamente projetado e decorado pela mulher mais gentil que já
andou nas colinas da região central do Texas. Camila sempre sentiria falta de sua
mãe. Taylor com certeza não tinha feito qualquer esforço para colocar seu selo
no lugar. Tudo o que ela queria fazer era gastar dinheiro da família se
fosse água e flertar com sua irmã Normani.

Para dar crédito ao gentil gigante, Normani
estava alheia a maior parte do tempo. E a manhã que ela tinha as pego na cama
juntas foi o fim, Normani estava dormindo durante a maior parte das chicotadas que ela
tentou dar nela . Camila a tinha arrastado da cama antes que ela percebesse que
sua irmã nem sabia que Taylor tinha se arrastado para debaixo de suas cobertas. Ela
estava apenas tentando iniciar alguma merda, e ela conseguiu. Camila fez sua
mudança de Tebow naquela mesma tarde. O divórcio levou três meses para
finalizar. Taylor ainda carregava rancor. Por alguma razão desconhecida, ela
esperava um acordo de divórcio robusto. Afinal, os Cabello eram ricos. Mas os advogados de Camila perceberam isto e ela ficou sem nada. Isso tinha sido há
quatro anos.

Quatro anos sem uma mulher. Quatro anos sem sexo, com uma vontade louca de arrancar seu próprio pau. Às vezes, ela sentia tanta falta de se enterrar
que sentia dor, mas certamente não sentia falta de sua ex. Agora, ela estava
determinada a não dormir com uma mulher a menos que fosse a seus próprios
termos, sem anéis, sem laços, e sem promessas. Era difícil encontrar uma mulher
que estaria de acordo com seus termos, especialmente neste pedaço do bosque.
Todo mundo sabia quem eram os Cabello e o que a família tinha. As mulheres
tendiam a querer um futuro seguro e Camila Cabello tinha segurança escrita em tudo
sobre ela . Mas, estava determinada a ficar sem compromisso, livre como um
passarinho. Inferno, ela provavelmente teria que usar aquela maldita boceta
portátil que Dinah tinha comprado para ela de brincadeira. Merda, não! O dia que
ela enfiasse seu pau faminto dentro daquela borracha fria e insensível seria o dia
em que ela saberia que era hora de pendurar sua enxada.

O Calor De Uma Vaqueira Onde histórias criam vida. Descubra agora