35.

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Embora a viagem tivesse sido uma necessidade, Camila estava feliz que
estivesse quase acabando. Nunca a estrada tinha parecido tão longa de Austin a
Kerrville. Nunca tinha sido tão tentada a derrubá-la.
Quando  chegou à última
etapa da viagem, a estrada de terra que levava do asfalto para o portão do rancho
Tebow nunca pareceu tão acolhedora. Ela notou as flores silvestres que cresciam
ao longo do caminho. Sempre tinham sido tão brilhantes e coloridas? Tudo parecia
melhor de alguma forma, o ar era mais doce, a comida era mais saborosa, inferno,
ela até gostava mais de seus inúteis irmãos.
Principalmente,  não podia esperar mais para tê-la em seus braços
novamente. O amor da noite passada só a tinha deixado com fome por mais. Essa
era a maneira que sempre foi, ela apenas não se cansava de Lauren Jauregui.
Ultimamente, ela tinha repensado seu futuro. Ela tinha tomado uma decisão. A grande decisão. Ela á queria em sua vida, não havia nenhuma maneira que
pudesse enfrentar uma vida sem ela. Casamento não era a palavra que iria usar
ainda, mas definitivamente estava pensando nisso a longo prazo.
O único problema seria convencê-la disso. Algo estava segurando-a. Ela
sabia que se importava. Não havia nenhuma dúvida sobre isso, ela
mostrou-lhe todos os dias de mais maneiras do que poderia contar.
Por que ela estava tão inflexível que seu tempo juntos era curto?
Sim, sabia que tinha
sido sua ideia para começar.
Inferno, estava pronta para admitir que estava
errada. No entanto, cada vez que  havia colocado limites para o
relacionamento, ela tinha sido muito feliz em concordar. Camila não gostava quando ela
malditamente concordasse tão prontamente. Queria que ela lutasse por ela.

Então, quando chegasse em casa,
a missão mudaria.
Ganhar Lauren, esse era o seu novo objetivo.
Quando começou a subir o caminho, soube imediatamente que algo
estava errado. Era somente três horas e todas as caminhonetes dos irmãos
estavam lá. Eles estavam estacionados ao acaso em torno da frente, como se
tivessem todos com pressa para descer e entrar em casa.
Seu coração apertou no peito.
Ela não queria que nada acontecesse com qualquer um de seus irmãos, mas
tudo o que podia pensar era:
Oh Deus, não deixe que nada tenha acontecido com
sua garota.
Ela dirigiu mais rápido quando chegou mais perto e acabou derrapando
perigosamente perto dos degraus da grande varanda da frente.
Pulando da cabine, tomou os três degraus de uma vez.
Empurrando a porta da
frente, ela gritou.
— O que no inferno há de errado? Lauren! Lauren, responda-me, querida, agora!
— Precisamos chamar o doutor Mendes — esta era a voz de Normani. Um médico? Quem era Mendes? Por Deus que ela ia descobrir. Ela seguiu as vozes.
— Merda, Camila está aqui — essa era Dinah.
— Como se ela não fosse nos encontrar — Chris sussurrou. — Estamos aqui, Mila! Camila entrou e viu quatro de seus irmãos ajoelhados na frente do sofá de couro.
E por trás deles estava, ah inferno, estava sua garota de olhos verdes.

Em alguns movimentos curtos,  deslocou seus irmãos tanto da
esquerda quanto da direita.
Ajoelhada ao seu lado, sussurrou:
— Lo? Amor? — ela era tão pequena e pálida e seus olhos estavam
fechados.
— O que diabos aconteceu? — ela olhou diretamente para Nomrnai.
— Camila, oh — Lauren abriu os olhos, estendeu os braços, e como ela a pegou, ela começou a se lançar sobre o seu colo. — Estou tão feliz que você está aqui. Tão feliz.
Eu senti tanta falta sua.
Assim que a puxou para perto, ela exigiu novamente.
— O que aconteceu com ela?
— Ela caiu da Molly — a voz de sua irmã era baixa e tranquila.
As suas mãos começaram outra vez a se mover sobre seu corpo.
Ally bufou.
— É a cabeça, Mila — disse rindo — eu pensei em dizer antes que você a
apalpasse na nossa frente.
— Cale-se, Allysson.
Não há nada de engraçado nisso — a voz dela foi direta e sucinta.
Ela a segurou com um braço, enquanto começou separando os
cabelos, procurando por uma ferida.
— Ela bateu a cabeça em cima da cerca quando Molly a jogou — Normani soou tão culpada como ela se sentia.
— Não foi culpa dela, eu pedi para  me ensinar. E não foi culpa de Molly, foi aquela cobra descomunal, horrível e mortal que nos assustou! — Camila lutou com tudo o que tinha para não sorrir, isso era muito sério.
— Era uma cobra frango — Mani disse secamente.

O Calor De Uma Vaqueira Onde histórias criam vida. Descubra agora