38.

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— O QUE? —  berrou tão alto que quase a jogou para fora da cama.
Estava prestes a anunciar o seu amor eterno e ela estava pensando em maneiras
de se matar.
— Ele me garante que será perfeitamente seguro — ela estava mordendo o
lábio inferior com aqueles pequenos dentes branco pérola e olhando como se
estivesse antecipando uma casquinha de sorvete.
— Lauren...
— E, eu sei que você rejeitou a ideia no começo, mas hoje à noite, eu
realmente gostaria de andar de moto com Dinah até o salão de bilhar.
Ela vai me
ensinar a jogar sinuca — ela estava deitada em mim, levantou o queixo em
suas mãos, com os olhos bem abertos e piscando. Se ela lhe pedisse a escritura da casa bem ali, ela teria assinado. Deus, o que não faria por ela.
— Por que você está tão determinada a viver como se não houvesse
amanhã?
Sua pergunta inocente abriu um buraco no coração dela.

— A nenhum de nós é prometido o amanhã, Camz. Eu quero viver hoje,
apenas no caso de não haver amanhã. Mas, tenha certeza, todas estas outras
coisas não tem valor. Eu quero fazer, não me interprete mal. Eu tenho uma batalha
para lutar e um inimigo a encarar, por isso quero aproveitar a minha vida agora.
Hoje! — tomando seu rosto entre as mãos, ela a segurou firme, então não haveria
nenhuma possibilidade de que  pudesse perder o que ela tinha a dizer. — Mas,
o que você me deu, o presente que é você, humilha todo o resto — com um último
beijo estalado, ela levantou-se e começou a apressadamente se vestir.
Ela ficou deitada lá, como se tivesse levado um golpe. O que tinha
acontecido? Estava prestes a se declarar e agora o amor de
sua vida estava prestes a saltar para um bar e atirar-se de um avião.
— Lauren, eu quase tive um ataque apoplético quando você teve uma
pequena queda de um cavalo de 14 anos de idade.
Ela não fazia isso muitas vezes, de modo que não fazia isso bem, mas o que
restava! Ela começou a fazer beicinho. Seu lábio inferior escapou de seu lábio
superior, apenas uma pequena fração, e fez seus olhos redondos e tristes.
Não demorou muito, e não aguentou.
— Venha aqui —  estendeu seus braços. O fato de que ainda estava
excepcionalmente nua, apenas acrescentou atração ao abraço. Ela atravessou o
quarto até mim.
Capturando-a, a abraçou.
— Serei cuidadosa, eu prometo.

— Eu tenho condições — ela esfregou suas costas, desejando que pudesse
amarrá-la na cama e mantê-la lá. O flash dessa fantasia quase a fez esquecer o
que estava prestes a dizer. Lauren... amarrada a uma cama...
— Que condições? — ela não parecia ressentida em nada. Na verdade,
parecia satisfeita que ela se importasse o suficiente para exigi-las. Ela falou do
conforto de seu colo, com a cabeça apoiada em seu ombro.
—Você pula amarrada a Chris — ela estava falando sério sobre essa parte.
— E eu espero no local de pouso com um caminhão carregado de colchões.
Sentiu o corpo dela vibrar com risadinhas contra seu peito.
— O que mais?
— Você pode andar na moto com a louca da Dinah se você usar um capacete, e ela não
dirigir mais rápido do que 60 quilômetros por hora — seu pequeno punho bateu
de leve no seu peito. — Ok, 70 — ei, ela estava sendo generosa aqui.
— Algo mais?
— Sim, ela pode te ensinar a jogar sinuca. Mas sem goles de tequila e vou lá
para dar uma olhada em você, em algum momento da noite.
Grande suspiro.
— Tudo bem, mãe — francamente, ela se sentiu fabulosa por ser estimada.
Deus, como ela iria desfrutar uma vida com esse tipo de amor.
Algo grande e duro a cutucou na coxa.
— Eu não sou sua mãe.
— Você não sabe brincar.

Camila tentou juntar os pedaços. Ela tinha uma tarefa monumental em suas
mãos. Ganhar a mão da extraordinária Lauren Jauregui ia exigir dedicação e
concentração.
Algo não estava certo. Então decidiu que iria encurralá-la e fazê-la falar
sobre si mesma. Não, tinha que ser mais sutil do que isso.
— Você gosta daquele touro? — Mani apontou para o longhorn manchado
que estava no bloco de leilão, pronto para ser comprado pelo maior lance.
Merda! Ela tinha perdido a noção de onde estava muito menos do que estava
à venda.
— O que você acha? — devolveu a pergunta a sua irmã.
— Você não está prestando nem um pouco de atenção, né? — ela
conhecia a irmã.
— Não, eu estou preocupada com Lauren — realmente estava, ela estava
escondendo algo monumental, e ela não sabia o porquê.
— Preocupada sobre o quê ? — se esqueceu de esconder a preocupação em sua
voz. Mais ela percebeu imediatamente.
— Você sabe de alguma coisa, não é canalha? — por que era ela quem, de
alguma forma, estava mais próxima de sua garota do que ela?
— O que eu sei, eu não posso dizer — pelo menos era honesta. E
cabeça-dura.
— Se você mantiver informações de mim escondidas e eu acabar perdendo-
a, eu nunca vou te perdoar — Camila pôs as cartas na mesa.

Normani soltou um suspiro torturado.
— Deixe-me pensar sobre isso.
— Não espere muito tempo.
— Você é uma mulher inteligente —  encorajou. — Veja se você não
consegue descobrir.
Enquanto sua irmã comprou e vendeu gado, Camila tentou colocar dois e dois
juntos. Incomodava-lhe como ela sabia pouco sobre sua Lauren. Por conhecer o seu
corpo tão intimamente, sabia muito pouco sobre sua vida. Uma coisa era certa:
pretendia corrigir essa situação.
Voltando ao dia em que ela caiu do cavalo, ela se lembrou de Mani dizendo
o nome de um médico. Qual era? Montgomery? Não. Marrone? Não. Mendes, sim.
Mendes. Ela pegou uma caneta do bolso e escreveu o nome na parte de trás de
seu programa de leilão.
O que mais? Oh, sua inocência. Lauren tinha dito que ela não tinha uma vida
normal até agora. Algo sobre um problema familiar. Fosse o que fosse a tinha
impedido de interagir com o sexo em qualquer grau. Odiava pensar sobre
ela tendo qualquer tipo de problemas, mas não podia lamentar que tivesse sido a
única destinatárioa de toda a incrível paixão que tinha guardado.
Terceiro, ela havia dito que ia ter que lutar uma batalha e enfrentar um
inimigo. Droga! Aquilo não soava bem. Imaginou se ela estava em algum tipo
de problema. Ela não sabia que iria mover céu e terra para ajudá-la? Não que
tivesse dito em tantas palavras, mas agora, ela não agia como se quisesse
ouvir qualquer conversa sobre sempre. E sempre era exatamente o que ela
queria.

— Você está pronta para ir? — Camila olhou para cima e o leilão tinha
acabado. Porcaria! Tinha perdido tudo.
— Sim, acho que sim. Fizemos bem? — na verdade, não se importava
realmente, nem um inferno inteiro - de uma maneira ou de outra.
— Excelente. E você, já tem uma ideia sobre Lauren?
— Claro que não. — mas, estava trabalhando nisso.
— Continue ligando as coisas, você vai descobrir.

Só um resuminho de leves , rs ... Prometo que tem mais ! 💜😊

O Calor De Uma Vaqueira Onde histórias criam vida. Descubra agora