Capitulo 17: Olá, Velha amiga "Depressão"

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N/A: Reviravoltas ora ora?


P.O.V Lawrence Jauregui


  Eu lembro de ter prometido a mim mesmo nao deixar mais nada me destruir mas... Acho que sou pessimo com promessas. Após um mês tentando lidar com toda a merda que estava acontecendo comigo (Incluindo o convivio dificil com Dinah no ambiente de trabalho) eu finalmente arrumei uma boa desculpa para nao ir ao trabalho por um bom tempo: Conjutivite das mais falsas que aprendi com meus tios, nada que um pouquinho de shampoo nos olhos nao resolva, não é mesmo titios? Após usar esse truque fajuto, consegui cinco dias em casa e bem longe do trabalho. Nao contei a ninguém sobre essa previa longe do trabalho, nem para Louis e Camila, nem aos meus pais e irmãos e nem a minha namorada (Sera que?) Allyson.

  No primeiro dia enfiado na minha cama tudo parecia melhor, eu coloquei Gossip Girl em dia, escrevi um pouco no Wattpad, comi algumas besteiras e fiquei feliz em nao sair do meu pijama de bananas. Acho que valeu a pena aquela ardencia nos olhos por causa do Shampoo, melhor do que a ardencia nos olhos de ver como Dinah agia com a adoravel Jenna Rogers ou encarar os olhos sinuosos de Halsey com seu dignissimo novo namorado Mike. Desgraça.

    No segundo dia, como era esperado, fui acordado com meu celular tocando e vibrando em cima da estante ao lado da cama, nao precisava nem ver o nome no visor para saber de quem se tratava.

  - Onde voce está, seu imbecil? Quer tomar uma suspensão do seu chefe?

  - Bom dia pra voce também, Camila.

  - Bom dia? Ja viu que horas são? Boa tarde seu idiota. Por que voce nao esta no trabalho?

  - Não estou afim de ir não. Quem sabe na segunda?

  - Lawrence eu...

  - Bye!

   Desliguei o celular na cara da minha melhor amiga e sabia que na segunda feira ela iria esfregar o celular na minha cara ate eu digitar meu nome completo com meu focinho.

   No terceiro e quarto dia eu ja nao me sentia tao vivo assim, já havia trocado os chocolates por garrafas de uisque barato, um baseado bem bolado e musica depressiva tocava a cada segundo do meu dia, assisti 500 dias com ela, Orgulho e Preconceito e até Lilo & Stitch por ser os filmes favoritos de Dinah e infelizmente se tornou os meus. Eu podia ter um coma alcoolico a qualquer momento e agradeceria se isso acontecesse. Eu estava no fundo do poço...

  No quinto dia eu ja nao havia comido nada, nao liguei a tv e nem o som, estava afundado na cama e com olheiras horriveis alem dos olhos avermelhados de tanto chorar. Eu sentia meu coraçao acelerado e pesado, eu mal conseguia respirar, minhas maos tremiam de forma assustadora (Sera que irei virar o Hulk ou um Lobisomen de Crepusculo?) E quando notei, ri comigo mesmo ao notar que eu estava tendo a crise mais intensa de todas. Peguei meu celular e deslizei o dedo pela tela até encontrar o contato que procurava: Halsey. Mas antes que eu pudesse fazer algo, ouvi a porta da minha casa abrindo e logo revelando a garota baixa de olhos castanhos e sorriso doce.

  - Eu sabia que te encontraria aqui e assim.

  - Ally?

  - Eu mesma e nao sou fruto do seu alcoolismo nojento. Voce esta pessimo.

  A garota se aproximou da minha cama, colocando as garrafas de uisque vazias no canto da parede e se sentando ao meu lado na cama.

  - O que faz aqui?

  - A questão aqui é: O que voce esta fazendo com voce mesmo?

  - Eu estou em crise.

  - Eu sei que está. Dá pra perceber e por isso eu quero que voce se levante e venha comigo.

  - Onde vamos?

  - Ao banheiro.

  Me levantei da cama e a garota me arrastou até o banheiro, me ajudando a tirar a roupa e me colocando debaixo do chuveiro com agua morna. Eu nao me movi, apenas deixei ela me guiar, suas maos deslizavam pelo meu corpo e o sabão cobria meu corpo aos poucos, a espuma cobria meu cabelo curto. A agua removeu todo o sabão e sem segundas inteçoes Allyson me secou e me enrolou na toalha me empurrando para o quarto.

  A garota escolheu uma roupa decente para mim e me observou enquanto me vestia e arrumava meu cabelo.

  - Onde vamos, Ally?

  - Apenas cala a boca e vem comigo.

  Pegamos seu carro e fomos ate o que parecia um consultorio, aquilo me deixou um pouco tenso mas quando entramos e vi Allyson falando com a Recepcionista do local fiquei mais aliviado.

  - O que voce fez, Ally?

  Um homem de meia idade se aproximou e me encarou por alguns segundos.

  - Lawrence, esse é o doutor Frederic. Doutor, esse é meu namorado, pode chama-lo de Lawrence.

  O homem estendeu a mão e sorriu.

  - É um prazer conhece-lo, meu jovem. Allyson falou muito de voce.

  Lancei um olhar serio para Allyson e a mesma apenas deu de ombros.

  - Espero que se dê bem com o Frederic pois ele é o seu primeiro e mais novo Psicologo. Voces vao se encontrar nas terças e quintas após seu horario de trabalho aqui no consultorio.

  - Allyson, por que fez isso?

  - Doutor, se importa de dar um momento para que eu fale com meu namorado?

  - Claro.

  O velho se afastou e Allyson me puxou para o sofá que havia ali, tomando meu rosto em suas maos.

  - Eu nao vou ficar sentada assistindo voce se matar aos poucos, Lawrence. Voce sabia que precisava de ajuda e é isso que estou fazendo.

  - Eu... Eu... Obrigado, Allyson.

  - Nao agradeça ainda. Eu trouxe voce aqui para sua primeira sessao. Vá, eu vou esperar. Voce e Frederic tem muito o que conversar.

  Suspirei pesado e me levantei, caminhando ate a sala onde o velho me esperava com um sorriso hospitaleiro.

  - Pode se deitar ali, meu jovem.

  Me deitei no local macio e meio inclinado, era como uma poltrona cinzenta e macia.

  - Gostou do local, meu rapaz?

  - Eu adoro cinza. Cinza é uma das minhas cores favoritas. Minha namorada, aquela que esta lá fora, ela quer que nosso quarto tenha paredes como do seu consultorio: Cinzas e brancas. Sao cores bonitas.

  - Voce fala muito e isso é bom... Que tal começar falando o que te afeta tanto?

  - Bom....

  Eu passei horas falando com Frederic e por mais estranho que pareça, me senti aliviado de dividir as coisas com ele sem medo de ser espalhado e sem medo de ser julgado. Chorei algumas vezes, ri em outras, suspirei profundamente em certos momentos e foi ali que eu percebi que Allyson era a garota certa pra mim e eu jamais me perdoaria por ter feito o que fiz com ela.

  Quando a sessao acabou, agradeci a Frederic e corri para os braços da garota que eu amava. Meu porto seguro.... Ali percebi que nao importa mais nenhuma garota com atos perversos e sexuais, nada valia mais do que um verdadeiro amor que prezava por voce todos os dias, por mais que voce nao mereça.

Hotter Than HellOnde histórias criam vida. Descubra agora