Capitulo 20: Adeus

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N/A: Muitos vao querer me matar por esse capitulo e eu to publicando ao som de Who Are You (Doi) mas vamos lá.


P.O.V Lawrence Jauregui



(Play in Consequence -Camila Cabello)


  Ajeitei a gravata no pescoço enquanto encarava meus olhos avermelhados no espelho, observei cada traço do meu rosto cansado. Senti um par de braços me agarrar por tras e encarei Ally pelo espelho, seu rosto era preocupado. Me virei para a garota e dei um beijo em sua testa.

  - Você esta pessimo, Law.

  - Ninguém fica bem com mortes.

  - Não é disso que estou falando.

  -  Eu preciso te contar algo e antes de tudo peço desculpas.

  - Do que esta falando?

  Seus olhos castanhos me encaravam piedosos e confusos, segurei seu rosto entre as maos e suspirei.

  - Naquela noite eu nao fui ver o Louis... Eu fui ver a Dinah. Ela disse que queria conversar mas eu nao fiz nada,  eu recusei ela e provavelmente essa foi a gota d'agua pra ela ter feito o que fez.

  - Eu te perdoo e voce devia se perdoar também.

  - Me perdoar?

  - Você ficaria com ela por pena?

  - Nao...

  - Vamos,  estamos atrasados.

  - Voce vai?

  - Eu odiava ela, sim. Mas você precisa de apoio.

  Abracei minha noiva e dei um beijo rapido em seus labios coberto por uma camada de batom escuro.

  Pegamos nosso carro e fomos de encontro ao local que o corpo de Dinah Jane estava sendo velado,  assim que chegamos, Jenna estava de braços cruzados em frente a entrada e um olhar perdido ate focar em mim. A garota caminhou até eu e Ally que estavamos descendo do carro e seguindo para a entrada.

  - Lawrence.

  - Diga, Jenna?

  - Voce pode entrar, a baixinha ai nao.

  - Aqui é um funeral ou um parque de diversoes? Por que minha esposa nao pode entrar?

  - Tenha respeito pelos mortos e nao seja sinico, Lawrence. Você sabe bem porque.

  Suspirei pesado e olhei para Ally que soltou minha mao e sorriu forçadamente para Jenna,  andei junto com Jenna até a sala onde o corpo de Dinah se encontrava dentro do caixao ainda aberto, olhei a garota que tinha perdido todo seu brilho.

  Os labios estavam roxos, os olhos fechados e os cilios longos,  ela usava um vestido branco e suas maos estavam cruzadas em seu peito, tinha recusado o maior presente: A dadiva da vida.

  - Ela deixou essas duas coisas pra voce.

  Jenna disse me entregando a Jaqueta de couro favorita de Dinah e um envelope avermelhado.

  - Eu nao...

  - Nao recuse. Ela te amava de verdade.

  - Ela te amava, não a mim.

  - Você nao pode mentir pra si mesmo, depois que ler essa carta,  vai me entender.

  Coloquei a jaqueta sob os ombros e o envelope dentro do meu terno, observando Dinah naquele caixao pela ultima vez antes de sair daquela sala e ver o caixao sendo fechado e carregado ate os fundos onde um belo jardim levava a um monte de gente ao redor de onde o caixao foi colocado junto a uma coroa de flores.

  - Eu vou embora, Jenna.

  - Voce tem que fazer o elogio fu...

  - Eu disse que vou embora. Eu ja vim ate aqui e encontrei a garota que tanto amei e odiei deitada naquele caixao sem vida. O que mais voce quer de mim? Dinah sabe o que eu tenho a dizer sobre ela e isso basta.

  - Nao finja que nao se importa. Nao finja que nao a ama!

  Agarrei Jenna pela camisa e encostei ela contra uma arvore que estava ali, a garota me encarou assustada e eu sentia o nó em minha garganta, estava a ponto de chorar.

  - Nao me vem falar de amor, logo voce que deu a entender que amava ela e no fim estava afim de um macho qualquer. Voce nem devia dar as caras aqui. Nao estou fingindo que nao a amo, eu a amo assim como eu a odeio! E por amor estou aqui e por odio de sua morte, estou partindo. Agora me dá licença antes que eu afunde a porra da sua cara nessa arvore!

  Senti um par de maos agarrar meus braços e me puxar para longe de Jenna, era Allyson que me arrastava para o carro, a mesma assumiu o volante e me levou para casa. O caminho todo foi silencioso e quando chegamos em casa, fui direito para o quarto e depois de ter tirado o terno, peguei o envelope que Jenna havia me entregado e abri o mesmo com as maos tremulas. Lá vamos nós.

  "Querido, Lawrence. Meu Wazowski.
   Assim como todo trem chega em seu destino, em seu final, eu cheguei no meu. Eu fiz escolhas erradas, eu me equivoquei, nao enxerguei e nem valorizei a pessoa incrivel que estava do meu lado sempre e pior que isso,  fiz ela partir. Nao se culpe pelo que estou prestes a fazer, nao é culpa sua, a culpa é minha.
  Obrigado por todos os momentos que passamos juntos, obrigado por nao ter me deixado mesmo que eu merecesse. Voce me fez partir sabendo que fui amada. Eu realmente espero que sua transiçao dê tudo certo, voce vai se tornar um rapaz maravilhoso e sortuda de quem tem voce. Eu nao vou me demorar. Nao vou me lamentar. Nao vou pedir perdao. Apenas vou partir e espero que essa carta chegue ate voce. Lawrence,  eu amo voce e morrerei te amando e nunca me perdoando por ter perdido voce. Adeus meu doce pecado...

Ass: Dinah Jane Hansen"


  Segurei firme a carta em minhas maos tremulas e apertei a mesma contra o peito, eu sentia as lagrimas descendo pelo meu rosto, eu sentia meu coração queimar, eu sentia meu estomago embrulhado como se eu tivesse levado um belo soco e tivesse tirado meu ar.

  Infelizmente a vida tras e leva pessoas, Dinah e eu brincamos com fogo e acabamos nos queimando, poderiamos ter sido apenas amigos e nao amantes, poderiamos ter evitado essa merda toda. Porra Dinah!

  - PORRA!

  Gritei, me levantando irritado da cama e jogando a carta dentro da gaveta, Ally apareceu na soleira da porta com um olhar assustado, me virei para ela e a garota deu dois passos para trás e eu continuei caminhando devagar em direçao a ela até estar em sua frente e cair de joelhos, abraçando suas pernas e chorando como uma criança. A mao de Ally afagou meu cabelo com cuidado e me levantou devagar, me levando ate a cama e se deitando comigo. Nao demorou muito para que eu caisse no sono agarrado em Ally. Acho que em uma escala de 0 a 10, minha dor se comparava a 15.

Hotter Than HellOnde histórias criam vida. Descubra agora