2- Os fracos que se arrebentem

167 19 102
                                    


CAPÍTULO DOIS

"Os Fracos que se Arrebentem"

"Os Fracos que se Arrebentem"

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

♦ ♦ ♦

UM ANO PARA "O DIA"

Eram onze horas da manhã quando a bela mulher de trinta e oito anos estava sentada em seu sofá. Sobre sua coxa, ela colocou seu notebook, onde mexia descontroladamente.

Ao seu redor, existia um ambiente bastante limpo, organizado e perfumado, o piso estava encerado, as estantes polidas e os móveis arrumados da melhor maneira possível. Tudo graças a faxina realizada pela dona minutos antes.

Era a forma que Estela Steinberg tinha para se acalmar. No entanto, após ver que sua casa estava impecável, tratou a sua higiene pessoal e foi pesquisar qualquer coisa que acalmasse seus nervos naquele momento.

A cada cinco minutos, olhava seu celular, em busca de informações. Na maioria das vezes, sem resposta.

Ela suspirou novamente após a última tentativa.

De repente, ela ouviu um ruído de chave abrindo a porta de sua casa. Seus olhos arregalaram.

Quando a porta finalmente se abriu, revelou-se a presença de um rapaz alto, magro e pele escura. A mulher não perdeu tempo e correu na direção de seu filho, Natan, para abraçá-lo.

— Meu filho! Como foi lá? O que houve com seu celular? Estive sem notícia! — Ela falou, enquanto envolvia o jovem com os braços, instintivamente.

O gesto durou poucos segundos. Ele demorou um pouco para responder. Respirou fundo. Sua feição não era das melhores e Estela percebia isso. Os dois se olharam diretamente de novo.

— Desculpa, mãe. Eu acabei ficando sem bateria. — Ele disse, de cabeça baixa.

— Tudo bem. Mas conta o que houve lá? — Ela perguntou, segurando nos punhos do rapaz.

— Eu fui até a Junta e respondi tudo o que me perguntaram. Que eu me mudei para o Rio de Janeiro não fazem nem dois meses, já que minha mãe é dona de uma companhia de teatro que, a cada três anos, troca sua sede para apresentar seus espetáculos em lugares diferentes. Mas parece que esse ano tiveram poucos voluntários e eu devo servir de qualquer jeito.

Estela mordeu os lábios.

— Não esperava por isso... No entanto, tenho uma boa notícia.

— O quê?

— Eu recebi uma ligação hoje cedo. — Ela falava sério, enquanto caminhava novamente até seu computador — Parece que um patrocinador do teatro quis me presentear com uma bolsa de estudos. Não sei o que ele quis dizer com esse presente, mas sei que é verídico, e com isso, você pode não precisar servir como soldado esse ano.

Assassinato Verde-OlivaOnde histórias criam vida. Descubra agora