19- Certas coisas só acontecem com certas pessoas

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CAPÍTULO DEZENOVE

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CAPÍTULO DEZENOVE

"Certas coisas só acontecem com certas pessoas"

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Após Vinícius terminar sua conversa com Vicente, na sala das Relações Públicas, o soldado se dirigiu ao apartamento do seu Comandante de Pelotão, o Tenente Alan Nunes. Era lá onde Joyce estava.

No entanto, o auxiliar do Oficial-de-Dia não tinha tempo para esperar a sobrinha de Magno descer e vir falar com ele. Afinal, a jovem ainda precisava de tempo para processar as informações, falar com seus familiares e, só então, estar em condições de dar seu depoimento.

Naquele momento, o rapaz olhou seu relógio. Eram oito e quinze da manhã. Foi até os aposentos do tenente Smith, mas ele não estava mais lá. Procurou por ele por alguns minutos, até finalmente encontrá-lo caminhando em um dos corredores.

Mas dessa vez, ele não vestia mais a gandola, apenas uma camisa camuflada, também não portava sua pistola. Nem mesmo seu cinto e suspensório, usados pelos militares quando estão de serviço.

Assim que o viu, o garoto fez o mesmo. Foi até a armaria, entregou seu armamento, tomou um banho e trajou-se apenas com a calça e a camisa camuflada, calçou seu coturno novamente e colocou o gorro na cabeça.

Trinta minutos depois, foi até o tenente, que se encontrava na Enfermaria. Era a hora de falar com Jéssica Santiago e Kelvin Santana.

Ao entrar na sala, olhou o ambiente. A recepção daquela Seção era um cubículo bem pequeno, com um balcão, onde as pessoas são atendidas, uns bancos, onde elas esperam e uma pequena balança com defeito em um dos cantos. Havia, ainda, uma porta por onde levava para as outras áreas.

Nas paredes brancos, haviam quadros informativos sobre doenças como Aids, Dengue, Hepatite, entre outras. Além de uma imagem de Duque de Caxias.

Não demorou muito até a comandante da Guarda do dia anterior abrir a porta e dar de cara com o aluno. Ela já não estava mais fardada, mas trajava uma blusa cinza, calça jeans e uma jaqueta de couro. Seus cabelos tingidos de loiro escuro estavam soltos e caíam até os seios. Os olhos estavam fundos e as pálpebras cansadas. Não havia dormido aquela noite também.

— Oh, oi Dantas — cumprimentou Jéssica, esboçando um sorriso amarelo.

— Sargento Jéssica, é... O Tenente Smith está?

— Sim. Ele passou aqui agora pouco. Foi falar com a Kelvin, que está de cama. Posso ajudar?

— Pra falar a verdade, sim. Gostaria de fazer algumas perguntas para tentar solucionar esse crime. Tudo bem? Pelo menos, antes da senhora ir.

— Oh, claro! — Ela falou, fazendo um gesto com a mão para ele a acompanhar até o interior da Enfermaria.

Como era um final de semana, poucos militares trabalhavam no local. Apenas um soldado e um sargento, que precisavam ficar de plantão para os cuidados necessários de Kelvin. Mas estes seriam liberados assim que a situação dela melhorar.

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