23- Um Amor de Pessoa

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CAPÍTULO VINTE E TRÊS

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CAPÍTULO VINTE E TRÊS

"Um amor de pessoa"

♦ ♦ ♦

Todos observavam a situação sem dizer palavra alguma. Joyce, assim que ouviu seu nome, levantou-se de seu lugar e acompanhou o jovem militar quando este fez um gesto para que ela o seguisse

O garoto suspirou ao receber aquela missão delegada por Smith. Por um lado, sentia-se lisonjeado em saber que Jean acreditava que ele faria um bom trabalho. Por outro, a responsabilidade que caía sobre suas costas era maior que sua autoconfiança pensava que podia lidar.

Ainda assim, engoliu a seco e assentiu. Executaria tudo da melhor maneira possível.

Como se tivesse outra opção.

Quando os dois ficaram sozinhos no quarto de Isaque, ele se recostou na cama e indicou uma cadeira para que a universitária fizesse o mesmo.

— Joyce Freitas, certo? — Ele disse, elevando suas pálpebras inferiores. Ela afirmou com a cabeça — Sobrinha de Leandro Magno e namorada do melhor amigo de Vitor?

— Exatamente.

— Você é uma das poucas pessoas que têm relação com ambas as vítimas — Ele disse, estudando a reação da moça, que arregalou os olhos com a afirmação.

De repente, o coração dela disparou mais forte. O medo de ser acusada a contagiou tanto que quase falhou ao dizer suas próximas palavras.

— Eu? — Ela apontava para si mesma — Isso é verdade, sim. Mas não quer dizer que sou uma assassina. Não tenho motivos pra matar meu tio. Muito menos o Vitor!

— Pois então, preciso saber de tudo. Fale tudo o que souber e que possa ser útil para a solução desse caso!

— Ok, bem... É... — Ela parecia perdida em seus pensamentos, procurava pelos cantos do cômodo as palavras certas para falar, em vão.

— Comece falando sobre a sua relação com seu tio, por favor.

— Ah, sim — Ela mordeu os lábios e se ergueu na cadeira, encarando Vinícius de frente — Eu e meu tio sempre tivemos uma relação boa. Desde que vim pra cá estudar, não tivemos problemas.

— E ele sabia de seu namoro com o Soldado?

— Oh, claro que sabia! — Ela arregalou os olhos e abriu bem a boca pra dizer, arrastando as palavras. Mas logo percebeu que Vinícius não havia se convencido. Bufou e deu de ombros — Ok, ele só foi saber na semana passada. Eu namorei escondida durante meses.

— Mas por quê?

— Ora, é complicado! — Ela disse, contraindo os lábios — Eu amo o Vicente do fundo do meu coração. Aliás, eu já me amava. E quando encontrei alguém que fazia o mesmo, senti verdadeiramente todos os significados da palavra felicidade — suas palavras eram cheias de emoção, pôs a mão no peito e fechou os olhos, tentando imaginar que seu namorado estava ali, abraçando-a. Logo voltou ao seu estado anterior — Mas não me julgue. Meus pais têm um pensamento muito racista, mesmo que velado. É capaz de eles virem aqui fazerem um barraco se souberem. Estou disposta a superar essa barreira imbecil pra ficar com o Vicente, mas só de pensar no quanto ele pode se ofender... Eu pensei duas vezes antes de revelar de imediato, sabe?

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