20- Responda à pergunta

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CAPÍTULO VINTE

"Responda à pergunta"

♦ ♦ ♦

O relógio bateu nove horas da manhã quando Jean Smith terminou seu interrogatório com Kelvin e partiu de seus aposentos. Deu de cara com seu Aluno, Vinícius, sentado no banco da enfermaria. O garoto estava distraído. Com os olhos fixos na tela de seu celular e ouvindo algo através de um fone branco.

Quando notou a presença do oficial, Dantas se pôs de pé e guardou seu aparelho.

— Tenente? — Ele perguntou, de olhos bem abertos.

— Estava conversando com Kelvin. E você o que fazia? Temos que falar com a Jéssica agora...

— Já fiz isso, tenente! — Ele disse, engolindo a seco e comprimindo os lábios. O jovem sempre escolhia as melhores palavras para não faltar com respeito o seu superior hierárquico.

— Excelente. Mande o áudio para mim que eu faço o mesmo.

Não demorou muito até os dois fazerem como o combinado. Primeiro, foram até os aposentos do oficial e se sentaram na cama dele. A conversa gravada foi ouvida pelos dois em vinte minutos, ali mesmo.

— Quem mais falta ser entrevistado? — Vinícius questionou, jogando sua cabeça para trás, pensando em alguma forma simples de entender como tudo aconteceu.

— Acho que Arthur, Joyce, Astrid, o Subcomandante, Diego, Steinberg, Estela... E todos da Vila dos Oficiais — Ele falava, contando com os dedos cada indivíduo que ainda precisava ser escutado.

— Já podemos chamar a Joyce?

— Duvido que aquela garota venha agora. Ainda está falando com seus parentes, é claro.

— E a empregada?

— Hum — o homem deu uma leve risada — Seria até irônico a empregada ser a assassina... Já pensou?

— Ao que tudo indica, não é tão simples quanto parece. O crime foi meticulosamente planejado...

— É. Realmente, precisamos pensar além do "quem matou"...

— No entanto, isso também pode ser uma impressão que o assassino quer passar! É muito provável.

— Bem, vou pedir ao Sargento Alvim que interrogue o pessoal da Vila Militar, com exceção do Subcomandante, é claro. Eu mesmo falarei com ele.

— E agora, tenente? — Ele perguntou.

— Vamos falar com o Sargento-de-Dia da Primeira Companhia de hoje: O sargento Arthur! — Ele falou, levantando-se de sua cama e caminhando até a porta, fazendo um gesto para que Dantas fizesse o mesmo.

Assassinato Verde-OlivaOnde histórias criam vida. Descubra agora