[OBRA CONCLUÍDA]
O 10º Batalhão de Polícia do Exército é uma Organização Militar extremamente operacional. Basicamente, sua rotina é realizar operações em prol da segurança e da ordem do Rio de Janeiro. E agora, está prestes a executar a maior delas...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
CAPÍTULO CINCO
"Vamos Tentar Esquecer"
♦ ♦ ♦
"Eu deveria começar este texto com um 'Querido Diário'? Não sei. De qualquer forma, não vou adotar esse clichê. Esses textos não são destinados a ninguém específico.
Mas se, por acaso, você está lendo isso, provavelmente já seja tarde demais para mudar alguma coisa.
Então sim, estou escrevendo para mim mesmo. Sempre me interessei pela escrita, então isso até que é algo agradável. Porque no meu interior há pensamentos tão perturbadores que, talvez, só conseguirei entendê-los após colocar tudo no papel.
Enfim, vamos lá.
Chamo-me Isaque Nunes. Tenho dezoito anos.
Estou realizando um dos meus maiores sonhos que é incorporar às fileiras do Exército como Aluno do Núcleo de Formação de Oficiais da Reserva, no 10º Batalhão de Polícia do Exército.
Batalhão este que é comandado pelo meu tio, o Tenente-Coronel Magno.
Este homem é um grande exemplo para mim. No sentido negativo. Olho para ele e tento me afastar de tudo o que pode ser parecido.
A exceção do seu caráter, não concordo com nada que provenha de sua boca ou de suas atitudes.
Poucos sabem da realidade que o meu Comandante passa. Sei que ele é um bom homem, mas as constantes frustações que ele passou o transformaram em uma pessoa amarga, e isso acaba refletindo na sua vida profissional.
Não foi à toa que não houve uma alma sequer que não se entristeceu quando ele pegou o comando do quartel. Ele tem uma má fama que só não é muito compartilhada pelos oficiais superiores. Todos sabem de seu insucesso em uma das missões mais importantes que ele comandou há três anos atrás, na favela da Rocinha, onde dois militares morreram devido a sua incompetência em prover todos os meios para a missão.
