18- Não fazia mais sentido

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CAPÍTULO DEZOITO

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CAPÍTULO DEZOITO

"Não fazia mais sentido"

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Em pé na frente do Portão das Armas, Vinícius aguardava com certa impaciência a chegada de Vicente Souza com sua namorada.

Apesar de ter dito que estaria lá em cinco minutos, o rapaz só apareceu na porta de grades pintadas de verde após vinte minutos do fim de sua ligação. Mas o Aluno não queria falar sobre aquilo.

O Soldado Vicente vestia uma camisa vermelha e uma calça tactel com um tênis. Estava meio amassada, como se tivesse escolhido a primeira vestimenta do guarda-roupa que viu.

Seus colegas que tiravam serviço na Guarda logo perceberam a diferença brusca nas feições do rapaz. O bom humor, o carisma e o habitual sorriso contagiante de orelha a orelha característicos dele não pareciam acompanhá-lo naquele dia.

A Sargento Jéssica que contava os minutos para ser substituída daquele posto, notou o fato e não exigiu muito para liberá-lo de vez. Assim que o fez, o garoto observou Vinícius parado em frente a sala de Relações Públicas, localizada bem próxima ao Corpo da Guarda.

— Bom dia! — Ele falou, arrependendo-se no mesmo instante de ter dito aquilo quando viu o Soldado observá-lo franzindo o cenho.

— Oi — Foi a única coisa que ele pode falar.

Víni assentiu com um suspiro e abriu a porta das Relações Públicas. Era um cubículo bonito. Com paredes pintadas de branco, um quadro grande e bem bonito que retratava a figura de Duque de Caxias em uma delas, um tapete de veludo no chão, dois sofás cor de areia, uma pequena televisão e uma mesa com revistas.

Após o militar mais moderno entrar, sentou-se imediatamente em um dos sofás e o outro se sentou no próximo.

Vinícius pareceu estudá-lo com o olhar. Pegou seu celular e colocou no modo gravador de voz e o escondeu entre as almofadas.

— Você disse que estava acompanhado pela sobrinha do Comandante... — Ele começou, inclinando a cabeça em curiosidade.

— Sim, senhor. Eu e ela namoramos faz alguns meses. Mas ainda não assumimos pra todo mundo. Quando chegamos aqui, ela não quis ter que vir primeiro no Batalhão. Queria falar com sua tia e primos. Ela perdeu um parente, né... Foi por isso que me atrasei um pouco.

— Sei bem...

— Que horas ele morreu?

— Ouvimos o tiro às vinte e três horas.

— Oh, nossa! Eu fiquei muito chocado quando o senhor me deu a notícia que eu... — Ele fez uma pausa, ainda processando aquela informação — Eu fiquei muito triste, sabe? Quando descobriram que o Comandante havia morrido, me contaram quase que imediatamente. A notícia espalhou rápido demais. Agora, o Vitor... Só fui saber agora. Por quê?

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