Turn On The Bright Lights (CONCLUÍDA)

Extra Otabek: Meu desejo

Otabek POV

Era oficial. Eu estava apaixonado. Por mais que eu estivesse lutando para negar. Essa era a única forma de explicar os meus sentimentos.

Yura estava com a cabeça recostada em meu peito, ressonando de forma leve e tranquila. Seus cabelos brilhavam com a luz que entrava pela janela. Inalei o perfume vindo de seus cabelos e me senti confortável como nunca antes. Tudo nele era maravilhoso. Tudo. E mesmo as suas inseguranças me faziam gostar ainda mais. Ele era uma pessoa de verdade, tinha seus pontos fortes e fracos, mas era tão perfeito de várias formas.

Tentei me levantar sem acordá-lo e consegui. Fui até o banheiro para me banhar. Seu cheiro estava impregnado em mim, assim como as memórias dos momentos anteriores.

Entrei na banheira e deitei enquanto sentia a água quente me relaxar. Fechei meus olhos e me permiti um tempo para processar todas aquelas sensações. Eu não me sentia tão bem assim há tempos. Nunca tive essa conexão com nenhuma mulher com quem já fiquei. Foi a primeira vez que eu transei com alguém e meus sentimentos ficaram nítidos. Era vergonhoso estar exposto daquela forma, mas eu sentia que precisava daquilo. Precisava da proximidade, do calor, da dependência.

Se eu não estava certo do que iria acontecer entre nós a incerteza foi embora no momento em que Yura me deu a oportunidade de olhar em seus olhos. Eu faria qualquer coisa por seu sorriso, faria qualquer coisa para ver seus olhos verdes cheios de lágrimas do prazer que eu podia proporcionar. Droga... Eu estava excitado de novo. Resolvi encerrar o banho porque eu sabia no que isso iria terminar.

Quando voltei ao quarto o vi dormindo e tive vontade de acordá-lo. Seus lábios estavam um pouco inchados por causa dos nossos beijos, seu pescoço mostrava marcas em vermelho escuro, seu abdômen ainda sujo de sêmen. Ele estava uma bagunça e ainda assim, era tudo o que eu desejava naquele momento.

Não posso acordá-lo. Deve ter sido difícil para ele, foi uma roleta-russa de emoções e dadas as reações dele, alguma merda muito grande deve ter acontecido. "Eu sou um fodido", ele disse. Seja lá o que for, vou me esforçar para ajudá-lo. Não que eu fosse a pessoa mais confiante do mundo, mas se for preciso, eu me tornarei essa pessoa.

Fui até a cozinha e enchi um copo de água. Eu estava com muita sede, e nem tinha me dado conta. Após, sentei no sofá, sentindo falta de LO. Se bem que foi uma boa ideia deixá-la com Victor antes do Yuri vir para cá. Eu não sabia como a noite iria terminar, mas esperava que fosse usar bastante espaço e requerer tempo. Bom, aconteceu de fato, e não poderia ter sido melhor. Senti meus olhos pesados do cansaço e acabei cochilando ali mesmo.

Eu estava sonhando com algo tão gostoso... Yura sentado em meu colo, beijando meus lábios de forma tão suave e acariciando meus cabelos. A sensação era tão boa, que parecia real.

Abri os olhos e o vi exatamente como em meu sonho. Duvido que fosse sonho. Era real. Yura sorriu para mim.

- Yura?

- Shh...

Ele colocou o dedo selando meus lábios e me impedindo de falar qualquer coisa.

Beijou meu pescoço, sugando quase como uma vingança pelas suas próprias marcas.

- Acho que não é justo só eu estar nu...

Yura abriu meu robe com um sorriso sensual.

- Você é muito bonito, Otabek. Me dá vontade de fazer coisas...

Suas palavras me excitaram no mesmo momento e ele se aproveitou para friccionar nossas partes íntimas, ao mesmo tempo que mordia meu ombro esquerdo. A dor de sua mordida não era nada comparada a sensação de seus cabelos molhados em meu tronco e o cheiro do meu sabonete em sua pele. Me aproveitei e mordi seu ombro também. Era como uma pequena luta. Nenhum de nós queria se mostrar entregue ao outro, embora fosse mais do que claro que ambos já havíamos sucumbido.

Em um movimento rápido ele desceu do meu colo e sem que eu tivesse tempo de assimilar, abocanhou minha ereção. Assim como ele fez anteriormente com o dedo na minha boca, sua língua passeava em meu membro com suavidade, sugando a cabeça e depois engolindo até o fundo da garganta. Era impossível me manter calado. O interior de sua boca era úmido e quente, e me rodeava de sensações impossíveis de descrever.

- Yura, mais forte!

Ele sugou ainda mais forte, apertando minha bunda, me puxando ainda mais para dentro de sua boca. Minhas mãos agarravam o estofado do sofá a ponto de minhas mãos ficarem vermelhas pelo esforço. Aquela visão era mais do que eu podia aguentar. Yuri ajoelhado, me chupando de uma forma quase bruta.

- Yura... Se você... Ah! Não quiser...

Ele não me respondeu nada. Apenas intensificou os movimentos e colocou a ponta da língua em meu canal da uretra me fazendo desistir de resistir. Eu seria o primeiro a perder. Sempre. Gozei fazendo com que sua boca ficasse cheia. Yuri engolindo meu prazer era uma imagem tão excitante quanto o que estávamos fazendo. Ir ao céu e voltar era uma metáfora inadequada para aquele momento. Ir ao inferno por pecar, apreciar o pecado e insistir nele talvez se encaixasse.

Yura se levantou do chão, sentou no sofá e deitou sua cabeça em minhas coxas. Seus lábios brilhavam e seu rosto estava vermelho e sorridente.

- Você me deve um café, Beka.

Falou ele caindo no sono.

Como eu poderia viver daquele jeito? Estou condenado? Acho que sim. Mas se eu estiver mesmo, não quero ser absolvido.