Meu philos, meu agape, meu eros

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É isso gente.

Estou aqui cheia dos sentimentalismos para dizer que acabou-se o que era doce. Eu sei que demorei horrores para atualizar. Eu sei. Mas queria fazer algo que refletisse o sentimento do que construí durante toda a história, de que meus personagens estavam se reconstruindo.

Enfim, espero que gostem do último capítulo de TOTBL e que tenham curtido toda a jornada até aqui. Obrigada por todo o amor e suporte. Sem vocês, nada disso teria acontecido.

Boa leitura!

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“I remember all of the things that I thought I wanted to be
So desperate to find a way out of my world and finally breathe
Right before my eyes I saw that my heart it came to life
This ain't easy it's not meant to be
Every story has its scars…”

“Eu me lembro de todas as coisas que eu pensei que queria ser
Tão desesperado para encontrar uma maneira de sair do meu mundo e, finalmente, respirar
Bem diante dos meus olhos eu vi, meu coração veio à vida
Isto não é fácil, não é pra ser
Toda história tem suas cicatrizes”

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Sua mão apertou a minha de forma que eu podia sentir toda a sua hesitação, mas finalmente entramos naquele quarto. Era definitivamente um quarto de criança.

- É maior do que eu lembrava… Talvez porque esteja mais vazio?

- Beka…

- Não se preocupe comigo, Yura. Eu vou ficar bem.

Ele olhava para todos os cantos. Andou até a cômoda e parou em frente aos porta-retratos que ali estavam. Fui até Otabek, que agora segurava uma das fotos. Era a primeira vez que eu via o rosto de seus pais e sua irmã. A mãe era uma mulher muito bonita, com cabelos ondulados e pretos. Um sorriso estonteante. O pai tinha uma expressão mais sisuda, porém, ainda sorridente para a foto. Os traços fortes de Otabek sem dúvidas foram herdados dele. A pequena parecia uma cópia da mãe, uma criança que tinha toda a felicidade no olhar, assim como seu irmão mais velho. Os quatro pareciam muito felizes na imagem que parecia ser a Disney pelo fundo.

- Foi nossa última viagem em família. Irlla havia me pedido para carregá-la no colo no sol escaldante da Disney no verão. Me recusei a fazer isso.

O abracei pelas costas. Seu corpo estava rígido.

- Se eu soubesse o que aconteceria alguns meses depois, nunca teria negado.

Algumas gotas quentes caíram em meus braços, que o envolviam. Ele foi andando rápido até a cama, da qual pegou um urso de pelúcia gigante e o abraçou. Nunca havia visto Beka tão vulnerável.

- Esse… Esse é o Beka. Eu o dei de presente pelo aniversário de 6 anos da Irlla. Ela ficou tão feliz que nomeou o urso com o mesmo apelido que a mim.

As lágrimas corriam livres por seu rosto. Não havia o que eu pudesse fazer além de ficar ao seu lado.

- Eu a amava, Yuri. Muito. Eu sei que muitas vezes posso ter sido implicante e irritante, mas eu sempre quis tudo de melhor para minha irmã. Eu a amava.

- Não é verdade. Você ainda ama. Ela ainda está viva, aí dentro de você. Não precisa apagar suas memórias das pessoas que ama.

- Yuri…

Ele me abraçou, apoiando seu rosto em meu ombro, dessa vez derramando-se em um choro como o da nossa primeira noite de amor. Meu Beka era mais humano e frágil do que aparentava.

- Por favor, Yura. Fica com o urso.

- Mas Beka, eu… Não posso. Era da sua irmã.

- Ela não está mais aqui, mas eu estou. Eu quero que ele fique com a pessoa que eu amo. Com a pessoa que compartilha tudo de mim.

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Turn On The Bright Lights (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora