11 | Gyaeon

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Changkyun acordou bem cedo no outro dia. Estava ainda se acostumando ao fuso horário de Seoul.
Olhou o celular, na esperança de encontrar alguma mensagem de Kihyun, porém não recebeu nada.
Será que Kihyun não se mudaria mais?
Suspirou e espreguiçou-se. Levantou poucos minutos depois, caminhou até o banheiro e fez suas higienes.
Tomou banho, vestiu o uniforme e desceu a escada. Fez tudo de forma lenta, pensando que Kihyun talvez não fosse estudar na mesma escola que si. Não que isso fosse um problema, já que Changkyun esforçaria-se para vê-lo.

— Primeiro dia de aula? — Eun perguntou sorridente e Changkyun assentiu ao sentar-se à mesa — você consegue, Chang.

Changkyun riu e pôs leite com café para si. Depois, comeu duas torradas e logo já havia pedido para que o motorista o levasse para o colégio. Lógico que a mãe reclamou que o filho mal havia comido, mas Changkyun insistia em dizer que estava cheio.
Queria ver Kihyun. Queria ligar para Kihyun.

— Para onde, senhor?

Queria abraçar Kihyun.

— Gyaeon.

Queria sentir a textura dos lábios de Kihyun outra vez.
Era pedir tanto?

[...]

Alguns garotos vieram receber o filho do tão amado senhor Lim, e outros já não o viram com bons olhos. Aquilo afligiu Changkyun: por quê não gostaram dele? O que ele havia feito?
Suspirou ao fechar a porta do armário e deu de cara com um garoto sorridente.

— Sou Vernon — acenou.

— Lim C...

— Changkyun — Vernon disse — não há como não saber quem você é.

Changkyun riu envergonhado.
Mãozinhas esforçaram-se para alcançar os olhos de Changkyun, que as tocou, assustado com o repentino contato.

— Chang — ah, ele conhecia aquela voz macia. Retirou as mãozinhas de seu rosto e olhou para Kihyun, que estava sorridente e meio envergonhado — eu queria fazer uma surpresa, por isso não te mandei mensagem — foi diminuindo a altura de sua fala, ao perceber que o corredor estava em um completo silêncio.

Vernon apenas sorriu ao ver os dois.

— Serei o guia turístico de vocês em outra hora — disse quando o sinal tocou — as salas ficam naquela direção — apontou para a direita.

Changkyun e Kihyun assentiram.
Os alunos que antes pararam para observar os dois, seguiram caminho para suas salas, deixando-os ali.
O maior imediatamente abraçou Kihyun, matando a saudade que estava de seu calor.

— Estava com saudades — Changkyun disse e sorriu.

— Eu também estava — Kihyun mordeu o inferior e olhou para os lados, tendo a certeza de que não os olhavam, para que finalmente pudesse dar um selinho demorado em Changkyun.

Cerca de duas pessoas corriam pelo corredor, próximo ao que estavam. E então uma voz grave veio logo atrás: o dono dela então deu as caras no mesmo corredor que Kihyun e Changkyun.
De soslaio, Yoo reconheceu a silhueta. E, como se fosse um segredo, sussurrou:

— Hyunwoo.

[ 🌞 .*+ ]

eu sou péssima pra inventar nome de escola
desculpa

AQUARELLA 「 Changki 」Onde histórias criam vida. Descubra agora