17 | Um cachorrinho chamado Kyun

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STARSHIP OUVIU MINHAS PRECES
mentira, só desbotou mesmo

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TÁ ROSA

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Changkyun pediu para que o motorista o deixasse na porta de Kihyun vinte minutos antes das sete. Pediu também para que os deixassem ir a pé. Talvez Kihyun não fosse acostumado com esse "mundo", e, aos olhos do Lim, Kihyun era um garoto simples, que via a beleza nas coisas pequenas.
Do lado de fora, Changkyun pensava no que diria para o menor quando o visse. Perguntaria aonde ele queria ir? Qual o prato favorito dele — sem ser frango? Argh! Estar apaixonado consome todos os neurônios.
Changkyun finalmente tomou coragem e adentrou o prédio. Apertou o quinto andar e buscou o número 22. Hesitante, tocou a campainha. Logo, ouviu latidos baixos e assustou-se, dando um pulo para trás. Kihyun riu ao abrir a porta.

— Ele não morde — disse. Changkyun aproximou-se e deu-o um beijo na testa, para só então entrar e dar de cara com o pequeno labrador no sofá — ele ainda não tem nome — Kihyun falou ao fechar a porta.

Changkyun acariciou a cabeça do filhote e o achou a coisa mais fofa do mundo — sendo Kihyun uma das primeiras.

— Kyu — o maior o chamou docemente — o que acha de ficarmos aqui?

— Por mim tudo bem — respondeu Kihyun com um largo sorriso nos lábios. Não se importava para onde iria, só queria estar com Changkyun.

Kihyun se aproximou e agachou-se ao lado de um Changkyun de olhos brilhantes que brincava com o cachorrinho.

— Vou chamá-lo de Kyun — Kihyun falou e riu da cara de supresa de Changkyun.

— Ei! Está me chamando de cachorro? — perguntou rindo. Kihyun desequilibrou-se ao gargalhar e passou a divertir-se no tapete. Changkyun sobrepôs seu corpo no de Kihyun e o observou rir: um calor o percorreu. Kihyun o aquecia.

Fez Kihyun parar de rir ao o beijar lenta e carinhosamente. Tocou a bochecha do menor e a acariciou durante o ato.

— Não acha que é melhor secar o cabelo? — Changkyun indagou ao sentir as gotículas da água caírem em sua mão.

— Não precisa — respondeu um Kihyun de bochechas infladas.

Changkyun beijou a ponta de seu nariz.

— Não quero meu namorado doente.

Kihyun entreabriu os lábios e ficou sem reação por longos segundos. Changkyun, ao perceber o que havia dito, tentou buscar outro assunto — algo como "Sabe por quê o céu é azul? Porque se Deus fosse mulher, seria rosa", ou "Sabe por quê Hyungwon chama Hyungwon? Porque se fosse mulher, seria Noonawon".
Yoo, ao ver o desespero do maior, sorriu. Puxou-o pela gola da camisa para outro beijo: esse mais caloroso e carinhoso. Alaranjado.

— Então eu posso dizer por aí que Lim Changkyun é meu namorado? — Kihyun perguntou, um pouco corado, com os lábios à milímetros de distância dos de Changkyun.

Lim mordeu o inferior ao sorrir e assentiu lentamente.
O pequeno labrador logo se pôs no meio, fazendo Changkyun rir e o pegou no colo ao se sentar no sofá. Kihyun apoiou o peso do corpo nos cotovelos e observou os dois.

— Kyun — Changkyun fez carinho na barriga do cachorrinho — sabia que Kihyun e eu somos namorados?

O cachorro lambeu Changkyun, que o desceu de seu colo e o viu correr pelo apartamento. Lim olhou para Kihyun, esse que havia acabado de se levantar.

— Bobo — murmurou Kihyun envergonhado. Changkyun sorriu e o deu uma piscadela — vá lavar seu rosto, não quero meu namorado com lambidas de cachorro.

Changkyun riu.

— Então vá secar seu cabelo — Changkyun se levantou e apertou a bochecha do menor — não quero meu namorado doente. Se bem que eu adoraria cuidar dele — Kihyun escondeu o rosto e saiu correndo de perto de Changkyun, que achou aquela reação tão fofa que queria apertar Kihyun.

AQUARELLA 「 Changki 」Onde histórias criam vida. Descubra agora