09 | Ano Novo aquarela

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Changkyun abraçou Kihyun por trás e aninhou seu maxilar no ombro do menor, que o olhou de soslaio ao sorrir.

— Quais são seus desejos para esse ano? — Lim indagou.

— Ter notas boas no colégio, continuar amigo de Hyungwon e Wonho — molhou os lábios e corou ao sussurrar: — e n-não te p-perder.

Changkyun deu-o um beijinho no pescoço e sorriu largamente.

— Não vai — disse Changkyun.

Kihyun suspirou.

— Você parece triste — Changkyun murmurou ao desvencilhar-se do corpo do menor e se sentar no telhado — aconteceu algo?

O de fios rosados se sentou ao seu lado.

— Não é nada — respirou profundamente — é que eu passava o Ano Novo com meus amigos.

— Sente falta deles?

— Menos de Minhyuk.

Changkyun riu baixinho.

— Por quê?

Kihyun molhou os lábios e deitou-se no colo de Changkyun, que começou a acariciar os fios sedosos do outro.

— Minhyuk era meu melhor amigo. Mas um dia, em uma festa... — a voz de Kihyun começava a falhar — eu abri uma das portas da mansão do Wonho e vi meu ex-namorado na cama com Minhyuk.

Changkyun tampou os olhos de Kihyun quando o viu derramar a primeira lágrima.

— Hyunwoo era tão bom. Mas eu não esperava nada disso dele. Muito menos de Minhyuk.

Lim contorceu os lábios e Kihyun retirou a mão de Changkyun de seus olhos: ao o observar, notou que o de fios de mel absorvia sua dor.

— Isso foi há um ano, Chang. Não precisa ficar assim — sussurrou ao se sentar. Tocou a bochecha do maior e sorriu — amarelo.

Changkyun o olhou.

— Amarelo?

— É a cor da serenidade — deu-o um beijo na bochecha — e é assim que me sinto quando estou perto de você.

O primeiro fogo de artifício explodiu: era um azul celeste, a cor favorita de Kihyun.

— O que mais você sente? — indagou Changkyun ao tocar a bochecha do menor.

— Eu me sinto perdidamente apaixonado por você — sussurrou e seus orbes percorreram todo o rosto de Changkyun.

Outro fogo: dessa vez, rosa. A cor favorita de Changkyun — no momento.

— E você, Chang?

— Eu me perco nos seus orbes sempre que os olho — sussurrou.

Kihyun sorriu.

— E seu sorriso é lindo — Changkyun completou antes de aproximar os rostos e ficar à milímetros de distância dos lábios macios de Kihyun, que apreciava cada mínimo movimento do maior — muito lindo.

Kihyun tocou a nuca de Changkyun, e sorriu ao que colaram as testas. Aproximou minimamente seus lábios
do Lim, que sorriu.
E então, Changkyun rompeu a distância com um breve tocar de lábios.
Outra explosão: faíscas vermelhas serpenteavam o céu escuro, comemorando o novo ano que chegara.

AQUARELLA 「 Changki 」Onde histórias criam vida. Descubra agora