10 | De volta à Seoul

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— Eu te mando mensagem quando chegar — murmurou Kihyun. Recebeu outro selinho de um Changkyun preocupado.

— Me avise quando o resultado sair — Lim pediu e Kihyun assentiu — estarei te esperando.

Kihyun assentiu e fechou os olhos ao sorrir e sentiu outro selinho de Changkyun.

— Boa viagem, Kyu.

— Obrigado — sorriu — boa viagem para você também.

— Posso morrer em paz agora — disse Jooheon quando se aproximou — Chang encontrou alguém, estou aliviado.

Changkyun riu.

— Vamos, seu vôo sai daqui trinta minutos — o primo relembrou e Changkyun assentiu, mas antes, observou Kihyun conversar empolgadente com Hyungwon. Sorriu, todo bobo, e foi puxado por Jooheon até o porão de embarque.

— Obrigado, primo — Changkyun falou sorridente — venho te visitar mais vezes.

— Acho bom vir mesmo, caso contrário o puxo pelo cabelo.

Changkyun riu e acenou para Jooheon, que acenou de volta e esperou que o primo sumisse em meio à tantas pessoas que voltariam para Seoul naquele vôo. Lim respirou fundo quando sentou-se na cadeira e fechou a janela
ao seu lado.
Acomodou-se e tratou de dormir; seria uma longa viagem. E só queria encontrar Kihyun assim que chegasse.

[...]

— Como foi o Ano Novo, Chang? — a empregada indagou. Changkyun sorriu ao sair do carro.

— Foi ótimo — entregou a mala para o motorista e adentrou a mansão — meu pai já está em casa?

— Está. Acabou de chegar com sua mãe.

— Obrigado.

Changkyun andou até o escritório do mais velho, bateu à porta e foi logo recebido com um abraço da mãe e um aceno do pai.

— Como foi lá? Conheceu alguém? — a mãe brincou.

— Conheci.

— Sério? — ela estava surpresa, e em um misto de felicidade e apreensão pelo o que o pai falaria — qual o nome dele?

— Yoo Kihyun.

— E ele é bonito?

Changkyun assentiu.

— Já estão namorando? — foi a vez do pai perguntar.

— N-Não.

Changkyun não sabia se eles namoravam. Apenas se... gostavam.

— Quando for algo oficial, o quero conhecer — ditou o senhor Lim e Changkyun fez um movimento positivo com a cabeça — de onde ele é?

— Incheon. Mas vai se mudar para Seoul.

— Menos mal — disse o pai — Eun disse que seu uniforme está no quarto?

— Não.

— Vá experimentar. Amanhã você já tem aula.

Changkyun correu completamente feliz até o quarto, que estava da forma que fora deixado. A empregada havia deixado o uniforme em cima da cama, e Changkyun não hesitou em o provar. Era bom finalmente não precisar ser ensinado por uma governanta. Enfrentaria as mesmas coisas que crianças de ensino médio. E mal podia esperar por isso.

— Serviu direitinho — a mãe disse com um sorriso, do batente da porta — você deve estar cansado. É melhor descansar.

Changkyun assentiu.

— Quer que eu mande os empregados cozinharem algo?

— Frango.

A mãe gargalhou.

— Frango?

— Sim, frango.

— O que te fez mudar de ideia sobre frango? — ela perguntou.

— Um garotinho de fios rosados.

A mãe sorriu e suspirou ao ver o quão apaixonado o filho estava. E deu graças à Deus por Changkyun finalmente ter encontrado alguém — alguém que não era o pai que impunha.

— Vou pedir para fazerem o frango então.

AQUARELLA 「 Changki 」Onde histórias criam vida. Descubra agora