— Te vejo amanhã? — Kihyun indagou ao parar de frente para Changkyun e soltou sua mão da dele. Changkyun assentiu e sorriu em seguida — boa noite, Chang.
— Boa noite, Kyu.
Kihyun girou os calcanhares e Changkyun começou a andar somente quando viu que Kihyun havia encontrado o tal Hyungwon... ou seria Wonho?
Changkyun suspirou e andou até onde supôs que o primo estava, encontrando-o próximo à barraca de tiro ao alvo.— Como foi com seu namorado? — Jooheon provocou depois que deu o último tiro, acertando o alvo em seu centro.
— Ele não é meu namorado.
Jooheon riu e pediu o Majin Boo que estava na primeira prateleira.
— Essa coisa se parece com você — Changkyun disse e Jooheon gargalhou falsamente — vou me encontrar com ele amanhã.
— Tão rápido assim? — o primo brincou.
— Ele é... diferente.
— Qual o nome dele? — Changkyun deu um sorriso mínimo ao pensar no de fios rosados.
— Kihyun — suspirou — Yoo Kihyun.
Jooheon sorriu. Era bom ver o primo feliz depois de tantos anos trancado na casa dos Lim, sendo forçado a estudar com uma governanta durante todo o ensino fundamental.
— Quando você vai para Seoul? — Changkyun indagou quando andaram o suficiente e se sentaram em um banco de madeira.
— Não planejo voltar, primo.
— Por quê?
— Depois da briga que tive com meu pai, não acho que eu seria bem recebido — Jooheon respirou fundo — e seu pai não gosta de mim, ainda mais porque eu briguei com ele sobre sua governanta.
Changkyun riu sem vontade.
— Ele nem deve se lembrar.
— É melhor previnir — Jooheon contorceu os lábios — minha mãe me liga todos os dias. Pode dizer à ela para não se preocupar tanto?
Changkyun riu baixinho.
— Ela me perguntou sobre você esses dias. Queria vir comigo para Kobe.
— Meu pai não deixou?
— Eles foram para Tailândia.
Jooheon suspirou.
— Eu sinto falta dela.
Changkyun escorregou pelo banco, suas costas estavam completamente deformadas na madeira do banco.
— A vida é muito complicada.
"— Só se importam com a roupa que vão vestir no dia seguinte."
E aquilo que Kihyun dissera nunca fizera tanto sentido.
— Eu acho que vou me apaixonar por Kihyun.
Jooheon riu soprado.
— Só de você estar pensando nessa possibilidade, significa que você já está apaixonado por ele.
[...]
Changkyun acordou meio tarde no dia seguinte. A empregada de Jooheon preparava o café ao que descia pela larga escada de vidro. O primo devia estar tomando banho, já que não estava pelos corredores ou pelos cômodos. Ou do jeito que é preguiçoso, continuava a dormir.
— Bom dia, senhor Lim — a empregada disse. "Senhor Lim". Saiu para passar o ano novo fora por conta de formalidades, mas elas parecem o perseguir. Suspirou e sorriu.
— Bom dia — respondeu e sentou-se à mesa, sendo servido em seguida.
Era tanta comida, tanta coisa desnecessária que seria jogada fora após a refeição, que Changkyun pensou se valia mesmo a pena cozinhar tudo aquilo.
— Bom dia, Byul — Jooheon disse ao descer a escada, enquanto bagunçava o cabelo preto — bom dia, Chang.
Changkyun sorriu e deu-o um aceno ao pegar o melão de uma bachela.
— Vai sair com Kihyun hoje?
— Eu o mandei uma mensagem quando acordei. Espero que ele a tenha visto.
Jooheon sorriu.
— Tomem cuidado.
— Certo, pai.
Byul riu baixinho ao pôr o bolo na mesa.
O celular de Changkyun vibrou e ele não conseguiu controlar seu coração: era uma mensagem de Kihyun.
De imediato, o de fios de mel levantou-se, agradeceu pela comida e vestiu o casaco na entrada.— Não chegue muito tarde! — Jooheon exclamou da mesa. Changkyun abriu a porta e correu até o local em que combinaram: o campo.
Changkyun sorria. Fazia tanto tempo que não sorria. Era tão bom sorrir, ainda mais por um motivo tão bobo: veria Kihyun assim que chegasse.
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AQUARELLA 「 Changki 」
FanfictionChangkyun conheceu Kihyun na véspera de Ano Novo em Kobe. Ele pensava que sua vida fosse um completo branco, até que desvendou o aquarela de Kihyun. Capa: aestuantic 1ª revisão: 01/01/2019 © pinkihyunnie, 2018.