13 | Aprendendo a língua dos gatos

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— Se importa se eu perguntar como você conheceu Hyunwoo? — Changkyun perguntou ao se sentar na grama do parque. Encarou o movimento lento da água do lago, que era causado pelo vento.

— A-Ah... — Kihyun sentou-se ao seu lado — Incheon sempre fez boas festas no meio do ano. Hyunwoo foi para o restaurante de meus pais, e eu o observei com os amigos dele. No dia seguinte, ele apareceu. Então puxou conversa, todo envergonhado. Eu também estava. Afinal, era a primeira vez que alguém estava interessado em mim.

Changkyun o observava atentamente.

— Ele passou as férias em Incheon também. Depois voltou para Seoul, já que ele nasceu aqui. E por alguma ironia do destino, Minhyuk ganhou uma bolsa para cursar música em Seoul.

Changkyun suspirou. Já sabia o rumo da história.

— Minhyuk está aqui?

— Na última vez que ouvi falar dele, ele estava nos Estados Unidos, fazendo uma apresentação.

Lim se ajeitou para deitar no colo de Kihyun, que riu baixinho e começou a acariciar os fios macios do maior.

— Eu acho que ele volta para Seoul ainda esse ano.

— Você está pronto para o encarar?

— Eu não guardo rancor de ninguém, Chang — Kihyun olhou-o — mas não posso negar que tenho vontade de estapear Hyunwoo e Minhyuk — riu sem vontade.

— Vamos falar de algo melhor, que tal?

— Tipo o quê?

— Tipo eu e você.

Kihyun sorriu. Pensou em controlar o sorriso, mas a felicidade era tanta que rasgava seus lábios.

— E o que você quer falar, senhor Lim?

Changkyun admirou Kihyun por breves segundos antes de aproximá-lo de si ao puxar carinhosamente sua nuca.

— Miau — murmurou e então o selou.

— O que foi isso? — Kihyun perguntou ao rir.

— Falei sua língua, oras.

Yoo riu mais alto.

— Você é um gato, então eu tenho q... — Kihyun interrompeu o maior com outro selar. Dessa vez, mais profundo, e acariciava a bochecha de Changkyun.

Changkyun se sentou e espreguiçou-se.

— Amarelo de novo.

Lim sorriu e aproximou-se para morder a bochechinha de Kihyun, que soltou um grito com aquela ação.

— Miau, miau — falou Changkyun. Kihyun o empurrou para o lado, porém Changkyun o levou com ele: o corpo do menor se sobrepôs ao de Changkyun, e passaram longos minutos se observando e sorrindo.

— Miau — Kihyun disse baixinho ao que se aproximava do rosto de Changkyun. O deu um selar demorado, apenas aproveitando a textura daqueles lábios finos.

Kihyun agradeceu mentalmente por ter esquecido aquele chaveiro no morro em Kobe.
Toda noite — depois que conheceu Changkyun — Kihyun sentia-se mais... completo.
Era como se seu arco-íris estivesse próximo de conhecer novas mesclas de cores: e ele adoraria conhecê-las junto de Changkyun.

AQUARELLA 「 Changki 」Onde histórias criam vida. Descubra agora