19 | Códigos

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é o penúltimo capítulo 💕

[ 🌞 .*+ ]

Changkyun, após tanto convencer Kihyun, o levou para sua casa, para que a mãe o conhecesse. Lógico que Kihyun tentou fugir, até que Changkyun o levou em suas costas durante o restante do percurso.
Empurrou o portão escuro e acenou para os seguranças da mansão. Kihyun, apreensivo, vinha logo atrás.

— Venha, Kyu — disse Changkyun e o puxou pela manga da blusa de frio do colégio.

As empregadas abriram a porta para Lim e o saudaram, avisando que os pais os esperavam na sala de jantar. As pernas de Kihyun bambeavam e Changkyun, para afastar seu nervosismo, segurou sua mão.

— Então, esse é o Kihyun? — o próprio assentiu e sorriu — que garoto bonito.

— Sentem-se — o pai falou. Changkyun se sentou em um dos sofás e Kihyun sentou-se ao seu lado — Yoo Kihyun, correto?

— S-Sim.

— Quer cursar o quê?

— Medicina, senhor.

— Pai, você vai assustar o Kihyun — murmurou Changkyun. O pai deixou o semblante sério para gargalhar com os tremeliques do garoto de fios rosados.

— Não vou matar você, filho — disse o pai — onde está sua família, Kihyun?

— Incheon — riu de nervoso — eles planejam morar aqui quando estiver próximo das férias.

— Eun, já marque um evento com a família Yoo — disse o senhor Lim — mas me diga, você gosta de camarão?

Kihyun assentiu.

— Que tal jantar conosco hoje, hm?

Changkyun sorriu. Não soube o que a mãe disse para que o pai fosse tão receptivo com Kihyun, mas também não iria reclamar.
Deu um beijo na bochecha de Kihyun, que o olhou — completamente desconcertado. Riu alto e o abraçou.
Ah, estar com Kihyun era tão bom.

[...]

— Branco — disse Kihyun ao brincar com a água da piscina.

— Rosa — respondeu Changkyun ao aproximar-se e sentar-se na borda.

— Hum... — Kihyun pensou mais um pouco — verde.

Changkyun sorriu.
Os dois poderiam ser considerados estranhos por falarem por meio de "códigos". Mas era isso que deixava a relação deles mais... deles.
Lim jamais pensou que procurar significado para cores fosse o beneficiar algum dia, e jamais pensou que encontraria alguém como Kihyun: um garoto de personalidade forte, porém que se envergonha bem rápido. Tem um belo sorriso, carisma intenso e... é somente de Changkyun.

— Kyu, quer entrar na piscina?

Kihyun assentiu sem pensar duas vezes. Entrou de roupa mesmo, e Changkyun imitou o ato. Yoo amava nadar, principalmente quando viajava com a família para a terra natal de sua avó. Changkyun ficou no meio da piscina e agradeceu mentalmente à mãe, que ligou as luzes da piscina. Kihyun assustou-se com os feixes em seus olhos e trombou em Changkyun, que o puxou para a superfície.

— A luz não vai te morder, bobo — disse Changkyun. Kihyun enlaçou suas pernas na cintura do maior e limpou a garganta antes de dizer:

— Eu não assustei.

— Não? — Changkyun o abraçou.

— Claro que não!

Changkyun riu.

— Certo, certo. Vou fazer de conta que acredito.

Kihyun o mostrou a língua.

— Sabe o que você podia fazer? — Kyu indagou.

— O quê?

— Me soltar para eu aproveitar essa água quentinha!

Changkyun rolou os olhos e apertou ainda mais o corpo do menor contra o seu.

— Ah, não! Agora que eu posso te abraçar sem ninguém atrapalhar! — Changkyun resmungou e Kihyun, ao achar aquilo muito fofo, o beijou — isso quer dizer que posso continuar te abraçando?

— Pode.

— E te beijar?

Kihyun sentiu o corpo entrar em combustão. Era incrível como a voz de Changkyun mudava de uma hora para outra e o dava calafrios.

— P-Pode — murmurou ao envolver seus braços no pescoço de Lim, que sorriu e o deu um simples selar.

— Você é muito fofo, Kyu.

E, novamente, Kihyun enrubesceu.

— Não sou! — afastou-se do corpo de Changkyun para nadar para longe dali.

— É sim!

Changkyun sorriu ao vê-lo grudado à borda. Aproximou-se e viu que seus dentes trincavam de frio.

— Seu bobo, por quê não disse que estava com frio? — Changkyun tocou a nuca do menor, seguida de sua cintura, o puxando para que o abraçasse.

— Não estou com frio.

— Você é teimoso, Kyu — Changkyun disse ao retirar a franja dos olhos do menor — vamos sair antes que você se resfrie.

— Eu não vou resfriar!

— Ah, não?

— Não, Chang! Eu sou imune ao resfriado!

Changkyun gargalhou ao que saíam da piscina.

AQUARELLA 「 Changki 」Onde histórias criam vida. Descubra agora