Hamdan: Maktub

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Os olhos dela me vinham à mente o tempo todo. Suas palavras naquela noite, além de suas historias que mesmo eu já conhecendo, me vi preso a tal narrativa. Na verdade, a tal menina. Porem ainda não sei como a deixei ir. Minutos depois que ela passou por aquela porta, meu coração rangeu em lamento. Senti-me um tolo por ter permitido sua saída e por esse mesmo motivo busquei-a novamente.
Eu desconfiei de Abud e estava certo. Ele sabia. Agora era só questão de tempo para ela
aparecer e eu esperei paciente até que a paciência acabou. Peguei um carro que menos
chamasse a atenção na minha decorada garagem e me dirigi ate a casa de Abud junto com um segurança. Bati a porta do veiculo assim que sai e vi uma leve agitação dentro daquele
muquifo, ele já me esperava e não demorou muito para abrir a porta e ir ate o portão da
frente onde eu e o segurança paramos o barrando.
Mesmo assustado o garoto fez uma reverencia.
 
---- Meu senhor não e bom que fique ai na rua, entre. ---- falou ele tremendo. Seu medo era
visível.

Não estava a fim de ir muito além em minhas palavras e nem entrar naquele lugar que ele
chamou de casa.
 
---- Você sabe por que estou aqui. Va busca-la. ---- ordenei impaciente.
Ele engoliu em seco e com dificuldade começou a falar.

  ---- Ela não esta aqui meu Sheikh. Quando cheguei mama me falou que ela havia partido sem falar para onde ia.

Minha fúria foi ao limite e lhe dei um murro na cara. Fiz sinal e o segurança apontou a
arma para aquele delinquente a minha frente de forma que ninguém notasse apenas Abud.
Ninguém tomaria o que era meu e Hadassa me pertencia. Quem quer que a ajude pagaria muito caro pelo ato. Ele ergueu devagar a cabeça, limpando o sangue que corria em seu nariz. Seu olhar estava diferente, ele pareceu não ligar para a arma apontada para ele.

  ---- Ultimamente eu tenho tido muita sede de sangue, mesmo assim as pessoas me tentam. ----
fitei os olhos atrevidos daquele moleque e continuei entre dentes ---- Onde ela esta?

A arma foi destravada.

Nós estávamos olho no olho enquanto a minha vontade de matar se difunfia para algo maior. A necessidade pela jovem irradiava em minhas veias. Assim que a tivesse novamente mostraria a ela quem era um verdadeiro Al Maktoum e o que ele fazia.

   ---- Não pode usa-la assim, ela não quer do seu jeito. ---- debateu o mero empregado em minha frente.

  Tsc.

  ---- Cala a boca.

Eu sabia sobre o desejo dela, ri dele, mas no fundo também a queria sempre ao meu lado. Mas não permitiria que ninguém me conhecesse de verdade a ponto de descobrir que eu também compartilhava o sonho do matrimônio. Porém em toda a minha vida o amor só tinha me feito mal, pelo menos com Aisha.

  ---- Senhor, estou a suas ordens. ---- o segurança falou atrás de mim.

  Depois de um tempo encarando Abud, uma idéia veio a minha mente. Se ela realmente não estivesse ali então só havia outro lugar para ela. Pequena cobrinha!

  ---- Você revista a casa e se achar algo me ligue. ---- olhei firme para o segurança e ele concordou.

  Fui até o carro,virei a chave na ignição e dei partida. Vi Abud ainda parado no portão pelo retrovisor enquanto não havia sumido do meu campo de visão. Ele sabia que eu a tinha achado.

O caminho era curto, porém minha ansiedade o tornara longo demais. Meus dedos doiam de tanto apertar o volante enquanto meus olhos vagavam pelas ruas da minha cidade. Eu tinha tudo mesmo. Não era mentira o que os jornais e tablóides tanto
internacionais quanto nacionais falavam de mim, porém eles não sabiam que eu só não tinha o prazer do amor recíproco. Ou não tinha tanta sorte com o tal do amor. Concerteza me dava melhor com sentimentos ruins, tal como prepotência, ganância e ódio.

Já via o grande hotel depois da esquina. Meus olhos brilharam tanto como suas luzes. Minha mente entrava numa disputa sobre o que fazer com a pequena Cobra assim que a pagasse. A luxuria criava fantasias ardentes enquanto a razão forçava o hábito do companheirismo entre dois amantes, dois noivos. Parei o carro e desci, tentando decidir o que era melhor para mim. Quando caí na real, estava parado bem atrás daqueles cabelos cujo cheiro eu reconheceria em qualquer lugar. Ela não peecebeu minha presença o que me deixou tranquilo, queria ficar ali por mais tempo.

Era a primeira vez em que eu não sabia o que fazer. Meus dedos temiam e disse para mim mesmo que era porque apertei com muita força o volante. Mas não, era porque havia encontrado alguém que compartilhava o mesmo desejo que o meu. Dei alguns passos para trás e me esforcei para ver o mesmo que ela olhava com tanta atenção.

  Era seu ex-noivo com uma garota.

Talvez naquele momento eu me senti como ela vendo aquela cena. Esquecido. Por isso odiei ainda mais o amor e suas babaquices, de nada realmente este sentimento tolo me valeu.

   ---- Dói ver isto, não dói? ---- minha voz a pegou de surpresa ---- Não é pior do que ver a pessoa que você amava transando com outro. Sua mulher com seu cunhado!

Queria que ela penssasse que eu ainda me importava com isso, com a traição de Aisha, quando na verdade eu estava enciumado de vê-la olhar Jacob. Então, quando ela não conseguiu me olhar nos olhos descobri que havia conseguido o que queria.

  ---- O que você está fazendo aqui? ---- sua voz saiu baixa.

  ---- O que você acha? Não posso deixar você andando por aí de noite como uma vadia. Agora você é minha mulher e tem que ficar onde eu estiver. ---- a peguei pelo braço e a arrastei até o carro, embora ela parecesse meio relutante.

  ---- Nós não somos casados! ---- ela disse quando estávamos dentro do carro.

  Peguei uma folha no banco traseiro e entreguei a ela.

  ---- Pela lei  ---- observei os lábios dela entre-abertos enquanto lia ---- Somos.

Quando terminou ela pareceu irritada e arremessou a folha no chão do carro.

  ---- Isso não vale para mim! ---- berrou.

Eu explodi com aquela garota.

  ---- CALA A BOCA! ---- dei um soco no volante.

  Ela ficou quieta e não disse mais nada, apenas virou a cara. Liguei o carro e segui para o Al Falasi em silêncio. Assim que chegamos ela abriu a porta do veículo e saiu correndo pelo jardim até o antigo palácio. A segui correndo também e chamando seu nome, porém sem resposta. Em um certo momento ela perdeu o equilíbrio e caiu entre os imensos pés de rosas, corri mais ainda e me joguei sobre ela no chão. A respiração dela estava ofegante e o cabelo rebelde caía sobre o gramado. Meus dois braços a encurralavam de forma que até seus seios tinham o formato visível. Seu rosto sobre a luz do luar era quase uma loucura, só não era pior que seus lábios carnudos. Seus olhos enormes denunciaram seu choro durante o percurso até o Al Falasi e naquele momento, sua respiração denunciava sua excitação.

  ---- Você é minha mulher. ---- repeti devagar com firmeza. Ela corou quando olhei seus seios discaradamente ---- E vai repetir isso para mim. ---- dessa vez, meu tom era convicto.

  Abaixei o rosto e com voracidade minha boca apanhou um de seus seios por cima do tecido que os cobria. O corpo dela se contorceu e ela grunhiu baixo. Passei a língua em volta do seu biquinho que começava a se destacar enquanto ela soltava gemidos baixos.

  ---- Diga para mim. ---- falei brincando com a língua ainda.

  Ela suspirou e nada disse. Vi de relance que seus olhos estavam fechados. Decidi que ela falaria para mim o que eu queria ouvir. Rapidamente levei uma de minha mão até sua barriga e comecei a suspender o tecido leve do vestido que ela usava, um muito bonito por sinal. Percebi o quão vacilante ela ficou.

  ---- O-Oque V- você va-vai.... ---- gagauejou.

...

Próximo capítulo tem hmmm

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