16| o problema das coronas e danças

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Na matemática em multiplicação ou divisão, você era o sinal negativo e eu o positivo. E todos sabiam que, quando entravam em atrito, o resultado não era favorável.

| 28/04/2016

Coloquei o endereço para a rua mais boêmia da cidade. E quando o carro chegou, com a motorista, fomos papeando sobre tudo no trajeto. Ela me deu o número pessoal dela, que eu podia ligar para a qualquer hora que eu precisasse.

Eu entrei no primeiro bar que vi. Ele era na esquina da avenida. Estava movimentado. Eu pedi uma Corona para o barman que sorriu ao me atender. Sentei-me no banquinho do balcão e comecei a mexer no celular. O barman me entregou a minha bebida, e quando fui pegar a minha carteira, alguém se adiantou.

Era um homem, realmente, bonito. Ele tinha uma barba espessa sob o maxilar, e o sorriso que ele me deu era bonito. Os olhos dele era de um castanho claro. O seu cabelo era curto.

— Uma mulher que bebe Corona é algo a se apreciar — cumprimentou, me olhando.

Sorri para o desconhecido.

— Obrigada! — agradeci, bebendo um gole da minha bebida.

— Você vem sempre aqui?

— Não — discordei. —, e você?

— Às vezes... Como se chama?

— Sou a Ayla! — apresentei, estendendo a mão apoiada no balcão, ele a apertou, e deu um beijo na minha bochecha.

— Muito prazer, Ayla... Eu sou o Tobias.

Eu olhei para ele, e de como ele segurava a minha mão.

— Um nome bonito para um homem bonito.

Ele sorriu. Eu bebi mais. Ele pediu água com limão. E sentou ao meu lado.

— E então, o que você faz da vida, Tobias? — Puxei assunto.

— Eu sou policial — contou. —, peguei há pouco minha dispensa do exército, e consegui passar no concurso da polícia civil. Estou na fase de adaptação ainda.

Eu pensei em como a farda ficaria bonita nele, e sorri. Seria algo interessante de se ver.

— Que interessante! — exclamei, impressionada. — Seus pais eram policiais?

— Sim, minha mãe era. Ela me inspirou a seguir essa profissão.

— Ela é uma mulher forte, então.

— Sim, ela é. — concordou, sorrindo. — E você, Ayla, faz o que?

— Eu estou na faculdade ainda, último ano em matemática — contei. —, sem muitas emoções.

Tobias me olhou por um tempo e sorriu.

— Você não parece o tipo de mulher que vive sem muitas emoções — ponderou.

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