Mentiras

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Tânia on

Depois de ele ter falado em mentiras senti-me mal não fisicamente mas psicologicamente, não estou  a gostar do rumo que esta história está a levar mas a culpa é minha. Coragem é tudo o que me falta neste momento o que eu quero agora é dormir.

De manha acordamos e fomos tomar o pequeno almoço e fomos para o estádio novamente, teste de som, e na hora de almoço o Ryan quis falar comigo novamente.

“Já lhe contas-te?”- perguntou-me seriamente.

Neguei com a cabeça.

“Mas tu es maluca? Vais contar quando?”- falou aumentando o seu tom de voz –“eu não quero saber a culpa vai ser tua”. Falou e virou-me as costas

Se fosse outro dia tinha-lhe gritado e reclamado por me virar as costas, nunca se deve virar as costas quando se está a falar com uma pessoa e muito menos quando foi essa pessoa a querer falar. Mas ele tem razão a culpa é minha e vai continuar a ser minha. Eu sou tão estúpida, sinto que vou começar a chorar a qualquer momento. Não posso chorar, não posso, o Niall não me pode ver assim. Respirei fundo e fui outra vez ter com eles sentando-me no colo do Niall preciso dele, preciso de sentir os seus braços a segurarem-me.

“O que é que o Ryan queria?” – perguntou-me

“nada de importante” – sorri levemente

“Está bem” . beijou-me a bochecha e continuou a falar com os restantes.

As vezes sorria e dizia pequenas palavras, não estava muito atenta à conversa deles também era sobre assuntos que eu não percebia muito. Não interessa só sei que o Niall já se apercebeu de que se passa alguma coisa, e eu não sei como é que lhe vou contar. Odeio estar sobrepressão não consigo pensar ou agir, sinto-me desconfortável na presença dele e isso não é suposto acontecer.

“Amor, Amor” .

“Diz. Estava distraída desculpa” . falei

“Deixa-me sair o Ryan quer falar connosco” – pondo as mãos nas minhas pernas

“Não. Fica comigo” – pedi

“Eu já volto” . levantou-me e sentou-me no seu lugar dando-me beijo na minha testa – “Não saias dai”

A partir daquele momento o meu olhar focou naquela porta branca que estava à minha frente, os outros tentavam atrair a minha atenção mas era uma tarefa falhada, estou  a ser tão mal educada com eles que até me sinto mal.

O nervosismo tomou conta de mim, as minhas mãos estavam irrequietas e dava a sensação que estava a suar, os meus pés estavam sempre e movimento mas não me atrevia a levantar a sensação que não me ia conseguir aguentar em pé é tremenda. Nunca me vi em tal situação nem com os exames da faculdade ou nas cirurgias ou até mesmo nas minhas primeiras consultas.

Sempre fui muito calma mas agora estou o contrario, não sei o que fazer, ate vontade de roer as unhas tenho, e até é uma coisa que eu acho nojenta. Se alguém tem algum conselho para mim que me dê agora eu estou a morrer não sei como agir. Talvez o contar seria o mais correto mas não tenho coragem.

“Tânia, Tânia” – ouvi niall gritar.

Ok, isto não é normal ele já sabe ele vai ficar chateado comigo já sei se que sim, mas mesmo assim não me movimentei ainda o ouvi gritar pelo meu nome e sabia que ele se estava a aproximar não desviei o meu olhar da porta. Cada vez que ouvia o meu nome a vontade de chorar, desaparecer, morrer aumentava mas não tinha qualquer tipo de reação.

A porta abriu e a minha reação foi baixar o meu olhar, as minhas sapatilhas pareciam mas interessantes naquele momento.

“Então não me ouviste chamar por ti?” perguntou e senti que se aproximava de mim

Private Practise - AcabadaOnde histórias criam vida. Descubra agora