capítulo 7

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Cheguei em casa depois de 3 semanas, sendo que uma eu estava  internada no hospital, e as duas outras em uma clínica reabilitação para pessoas com tendência  suícida.

Nessas semanas que eu passei fora, eu tive tempo suficiente para pensar e refletir, em tudo que passei até os dias de hoje. E cheguei a conclusão, que eu não irei deixar ninguém me machucar novamente.

Anos de abuso, de ofensas, de chingamentos, de violência física e psícologica, já está na hora de dá um basta para tudo isso.

Hora de ter um novo recomeço.
Um recomeço para a vida, um recomeço para as pessoas, um recomeço para mim mesmo. Eu mereço isso, eu quero isso.

Terei que ir pra escola amanhã, não irei fugir, mas também não aceitarei que aquilo se repita novamente.

Dia seguinte

Levantei-me com uma enorme disposição. Estou pronta para recomeçar, e para colocar o meu plano em prática, já que tive muito tempo para poder pensar em um.

Faço as minhas higiênes, e logo em seguida me arrumo para poder ir a aula.

No caminho para a escola, passo em algumas lojas, para poder comprar algumas coisas que precisarei mais tarde.

Ao chegar no meu lugar de origem, fico aguardando anciosa a aparição daquele grupo de garotas, sem demonstrar nenhum semblante em meu rosto, eu as encontro, ou melhor, elas me encontraram.

Narradora

-Veja só, a ratazana veio hoje- diz Helena a dois metros longe de mim -parece que ela quer brincar denovo com a gente não é meninas- as garotas assentem com a cabeça.

-Infelizmente, sinto a informar que hoje eu não poderei participar de uma de suas "brincadeiras". -tento me afastar, mas elas interrompem a minha passagem.

-Olha garota, é o seguinte a gente vai contar até 3, se você conseguir escapar da gente, nós não mechemos com você mais- diz Helena.

Automaticamente dou um meio sorriso, meu plano estava indo tudo conforme eu planejei.

Narradora:

Fernanda saí correndo pra fora da escola, logo em seguida sendo perseguida pelas quatro garotas.

Depois de alguns minutos ela avista uma floresta densa, conhecida pela população local daquele lugar, como uma floresta negra, já que tiveram, um número muito grande de suícido e assassinato naquele local.

Ela avistou uma árvore alta, e com muitas folhas, já que naquela época era primavera.
Foi questão de segundos, para que conseguisse alcançar o topo dela. Tudo isso graças ao seu avô, no qual ela saia para acampar e fazer escaladas.

- Onde será que aquela garota se meteu?- Diz Liliane, logo abaixo da árvore em que a jovem Fernanda se encontrava.

A bela moça de estatura mediana e de cabelos vermelhos saltita da árvore em que se encontrava, caindo atrás de Liliane.

A jovem encrenqueira automaticamente se vira para trás, ao fazer isso Fernanda encrava a faca em seu peito,  no lado do coração, e desce lentamente por causa dos ossos do torax, até perto do quadril.

-Parece que vocês me encontraram né,agora vai ser a minha vez de caçar vocês- diz Fernanda.

Ela conseguia enchergar o medo nos olhos delas, e isso alimentava a sede por sangue.

- Vu contar até 10 e vocês se escondem ok? 1, 2...

Antes dela terminar de contar as três que restaram correram no meio da floresta, para poder se esconder.

Mal sabiam, que quando elas a humilhavam, grande parte do tempo Fernanda ia para lá, para poder chorar e pensar em como a sua vida era miseravel e inútil.

De Suícida a Psicopata.👽Onde histórias criam vida. Descubra agora