De Suícida a Psicopata.👽

capítulo 20

Finalmente eu consegui pega-lo. Depois de uma jornada exaustiva, e árdua eu o encontrei, e o capturei.

Não foi fácil, confesso. Depois de três longos anos, aqui está ele. Desmaiado no meu porão preso por correntes.

Nesse período o procurando, meu monstro acordou euforico, e não conseguia mais doma-lo, e contra-lo, havia perdido a minha sanidade, e por pouco não fui descoberta.

Agora, ele está mais calmo, mais ainda deseja algo. Está sedento por sangue, ele quer uma única coisa de Henrique:

Seu Coração.

Seu coração ainda pulsando em minha mão, com aquele odor metálico ainda quente sobre a minha pele.

Ele necessitava disso, e eu me deleitaria mais do que se possa imaginar naquela sensação.

Vou ter o prazer, de satisfaze-lo, apesar que o seu corpo durará apenas alguns dias, não registirá mais do quê três ou quatro dias, mas serão os melhores dias da minha vida.

Todo esse esforço valerá a pena, seus gritos por socorro, enche-me de prazer, estou eufórica.

Henrique Narrando

Acordei com uma terrível dor de cabeça, e sentia que ela latejava a medida que eu movimentava meu rosto.

Tento analisar, aonde estou, mas está tudo escuro. Tento me movimentar, mas sinto cordas em volta de meu corpo

Sinto um incomodo em meu nariz, e quando percebo estou vendado.

-Não pode ser...-digo involuntáriamente.

A única pessoa que eu conheço que poderia fazer isso, é ela. Isso é impossível.

Meu corpo começa a tremer, se realmente for quem estou pensando, estarei muito encrencado.

Aos poucos tento me controlar, não quero que ela ou qualquer outra pessoa saiba o que estou sentindo, não passei três longos anos fugindo, para poder acabar amarrado em uma cadeira, e ainda por cima vendado.

Tenho que ser forte, ou melhor eu sou forte.

-Não tente fugir, você NÃO vai conseguir escapar daqui.

É eu, reconheceria essa voz em qualquer lugar.

Fernanda Spyder

Só de pensar nela me dá um arrepio em minha espinha.

-Vai falar nada não HENRIQUE?
Gato comeu a sua língua?- Diz com certa irônia e sacasmos.

- Eu não tenho nedo de você, sei que vai me matar, então anda logo!

Tento demonstrar segurança em minhas palavras, apesar que sentia aquele frio na barriga, podia sentir meus orgãos se revirando só em pensar na possibilidade dela me matar. Não sei o quão cruel ela poderá ser.

-Ora,ora, ora...-faz uma pausa- Falando assim, até parece que não está morrendo de medo.

Sinto uma respiração perto do meu corpo, e bruscamente ela solta a minha venda. Por alguns segundos eu permaneço adimirando-a, ela está linda, radiante, mas algo em seus olhos gelou a minha espinha.

-Sabia que era você, Fernanda. -Dou um sorriso de lado- Lindos sapatos.

-Obrigada Henrique, pena que não posso dizer o mesmo dos seus.-ela arqueia uma de suas sombrancelhas, e desvia seu olhar para baixo.

Quando me deparo, percebo que estou com os sapatos ensopados de lama, e com alguns furos.

-São velhos sabe, fugir de você teve suas desvantagens.-ela dá um sorriso sacana.

-Foram três anos, te procurando. Três exaustivos anos, e eu devo te agradecer por isso.

-Como assim? Não estou entendo.

-Se não fosse você, eu não teria me aprofundado tanto sobre torturas. Sabia que há lugares no corpo humano que eu posso perfurar, que você não irá morrer? Sabia que há lugares onde sua dor pode ser extrema se tocadas?

Por um momento, meu semblante caiu, o garoto que era forte e durão, está perplexo. Não sei como reagir a isso.

-Bom, minha conversa com você terminou. Se me der licença, tenho que preparar alguns briquedinhos. Fique avontade, só não tente fugir, eu sei todas as suas possíveis ações.

Vejo ela sair pela porta, deixando as luzes completamente acesas, com um pouco de dificuldade meus olhos se acostumam com a claridade.

Começo a olhar ao meu redor, enquanto sucessivamente tento me soltar, mas paro estintivamente, quando me deparo com algo.

Alguns metros de onde estou, vejo algumas poças de sangue, vou seguindo seus rastro até parar em uma mesa, quando levanto meus olhos, a imagem que presencio, me assusta.

Longe de mim, há um corpo, mutilado, com alguns de seus membros cortados e triturados, meu estômago se revira, e sinto uma forte ânsia.