capítulo 4

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As pessoas nos julgam, por sermos diferentes. As pessoas nos maltratam, por acharem que somos tão fortes a ponto de não sentir nenhuma dor.

Existem pessoas, que os seres humanos vangloriam. Será, que se eu, ou você tratasse os outros da maneira que ele nos tratam. Ainda existiria alguém perto de nós?

O ser humano é falho, e ao mesmo tempo tão estúpido. Estúpido ao ponto de achar alegria na dor nos outros,
Estúpidos ao suficiente, por vangloriar aquelas pessoas que nos oprimem, que nos maltratam.

Não importa o que você sofreu, não importa a dor que você sentiu ao ser violentada, ao ser abusada tanto sexualmente quanto psicologicamente.

Nada importa para eles, a não ser o poder, se achar superior a qualquer um, inclusive a você. Prezam mais o dinheiro, status, ou posição social. Prezam mais a beleza, o corpo, o modo de como vestem. E esquecem que um dia, isso tudo acaba. De que você veio do pó, e do pó retornará. (Citação referente a criação do homem, pela  Biblía)

Mundo este, que se você for mulher, sempre vai te julgar, sociedade esta, que não importa se você apanhou do seu companheiro, ou de alguém na rua. Por que a culpa vai ser sempre sua.

Te poem rótulos, dizendo que foi você que procurou. Que foi você que não fez. Que foi você que mereceu.

Se for estuprada, é por causa de sua roupa, é por causa do seu modo de agir.

Se for muito feliz, e conversar com todo mundo. É moça oferecida.

Se não conversar com ninguém, é estranha, é depressiva.
É motivo o suficiente para os outros te oprimirem, te maltratar, te julgar sem saber das dores que você sente.

Dos seus conflitos internos, diariamente, do seu sufoco que você sente ao ter que levantar da sua cama a cada manhã.

Quem me dera que as pessoas, me aceitassem e me amassem do jeitinho que eu sou.

Mas acho, que eu sonhando muito alto ao pensar nisso.
Por que ninguém, nunca vai gostar de alguém como eu, por que ninguém nunca vai aceitar e ser amiga de uma das garotas mais estranha e esquisita do colegio.

E elas, sempre me lembram disso:

HELENA: Ora, ora, ora, olha o que temos aqui?! Uma ratinha, feia, desequilibrada, mal amada e ainda por cima ridicula.
-Ela acaba me dando um empurrão, e eu me desequilibro e caio no chão

LILIANE: Se toca garota, ninguém gosta de você, até aqueles diziam ser seus amigos, te abandonaram, você é imprestável. - posso ver o nojo em seus olhos, em cada palavra dita e pensada. E um murro é distribuído em meu rosto, fazendo meu nariz sair sangue

ALICIA:Por que você não morre logo garota, só tá ocupando espaço nesse lugar- me dá um chute na barriga. Levando-me a gemer de dor- Fica dando uma de boa moça, só por que o papaizinho é rico, se toca idiota, ninguém te ama e nunca vai te amar.

Isabelle: Fernanda Spyder, será que você é tão forte quanto o Homem Aranha? Spyder Man?

Narradora

As quatro garotas vão pra cima de Fernanda, chutando sua barriga, murros sendo distribuidos, em toda a sua face, até Isabelle pegar uma faca e dá três corte, uma na perna e dois no seu abdomem...

Fernanda gritava de dor, mas parecia que ninguém a ouvia, se sentia invísivel, ela era invísivel para as pessoas.

Por que ninguém queria defender ela, a garota estranha, a garota de preto, nerd, a filha de papai, ninguém iria meter em uma briga com as 4 garotas mais populares de todo o colegio, para defender um ser tão tosco, e esquisito como julgavam Fernanda.

De Suícida a Psicopata.👽Onde histórias criam vida. Descubra agora