capítulo 24

202 27 0
                                    

Jack me convidou para sair, esses dias que passei ao lado dele, foram bem satisfatório. Aprendi coisas novas, e transformei o  prazer alheio em dor.

Ele é um cara legal, as vezes sério, as vezes risonho, as vezes calado... Ele é uma pessoa de fases, quando está comigo não esconde sentimentos, diz o que sente, o que pensa, o que fala.

Quero dá uma chance a ele, mas não consigo demonstrar sentimentos, por mais que eu tente, eu não consigo.

Antes de eu tentar encontrar o meu creppypasta preferido, queria relatar em como eu me sinto em relação a tudo isso.

Durante esses anos tentando encansavelmente encontrar Henrique, eu perdi os meus sentimentos, quase não tinha muito mesmo.

Eu não consigo sorrir de verdade, eu não consigo acreditar em alguém, eu não sou a mesma de antigamente. Eu tenho crises de ansiedade, e como qualquer outra pessoa, eu acaba sentindo muito. Porém são só nesses dias que os meus sentimentos afloram, passei semanas sentindo esse vázio, e que hoje em dia, já se faz parte de mim.

Para os meus pais são normais, já que eles são tão manipuladores, que eu não consigo saber quando eles estão sentindo algo de verdade, ou o que eles dizem refletem a realidade.

Eu passo a noite acordada, procurando por respostas, que talvez nunca cheguem. Eu levanto da minha cama, sem sentir nada, e volto a dormir sem sentir absolutamente nada.

Não há tratamentos para uma pessoa com o disturbio de psicopatia, em alguns casos o paciente faz terapias, e toma alguns medicamentos. (site Super Interessante)

Faz um ano e meio que estou fazendo o tratamento para estimular a área responsável por sentir culpa, e sentir algumas emoções. (Informação ficticia).

Mostrei um avanço significativo, já que estou até com ansiedade. Eu não escolhi ser assim, viver assim, ou não sentir nada. Confesso que as vezes eu desejava realmente não sentir nada, mas era automatico. No começo eu gostei, nada me abalava, mas com o passar do tempo, as coisas foram mudando, eu passei a manipular todos a minha volta, inclusive a mim mesmo, eu mentia tão bem, que até eu mesma acreditava nas minhas falsas verdades.

Eu não sorria, eu não chorava, eu não sentia odio, eu só queria matar, torturar, por que me causava prazer, eu me sentia preenchida com os sentimentos alheios, que na maioria das vezes era de dor, tristeza, agonia.

Ver os outros sofrendo me fazia bem. Eu continuo me sintindo bem em relação a isso.

Mas, eu queria amar alguém. Eu queria rir de verdade. Eu queria não ser isso que sou hoje.

Não vou desistir do meu tratamento, eu tenho esperança que algum dia eu ame alguém, e que um dia eu não seja tão psicopata como sou hoje.

Sinto, que Jack está mudando isso, sinto que aos poucos algo cresce dentro de mim, algum sentimento que eu não consigo descrever. Eu gosto da companhia dele, de conversar com ele.

Sua presença me agrada!

De Suícida a Psicopata.👽Onde histórias criam vida. Descubra agora