capítulo 23

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Fernanda

Preciso me livrar de Henrique, quase duas semana se passaram desde que o capturei, e ele ainda continua resistindo, estou começando a me cansar disso.

Jack veio me ver esses dias, e confesso que não faço a menor ideia de como me encontrou, mas uma coisa é certa, preciso colocar em prática o que ele me ensinou esses dias, e tenho um exelente em alvo em mente.

Quem diria, uma pessoa que era depressiva, tentou se matar diversas vezes, sofreu bullyng, foi internada em uma clínica, virou isto. Uma assassina em série, seriall killer,alguém que tortura as outras por apenas prazer, alguém que não sente nada, nem raiva, nem tristeza, absolutamente nada.

Me lembro de um dia, que havia acabado de ultrapassar o portão da escola, e veio ao meu encontro aquele grupo de garotas, me recordo como se fosse ontem:

Flashback;

-Oi ignorante, resto de aborto.- diz Heloísa com certo nojo.

Com muita dificuldade tento me desviar delas, não quero apanhar novamente.

-Cobra comeu sua lingua criança?- diz Liliane.

Dei de costas e ela agarra meu cabelo, fazendo eu soltar um grito de dor.

Heloisa coloca sua mãos em minha cara me segurando, fazendo eu olhar em seu rosto.

-Quando eu estiver falando com você, você responde. Se não quiser perder essa maldita língua.-Diz Heloisa me dando um tapa em meu rosto.

Assenti com a cabeça.
Já não conseguia conter as lágrimas e deixei rolar.

Como se não bastasse essa humilhação, ela me arrasta pelos corredores da escola.

Porra, cadê o diretor ou os professores, quando precisa deles.

Penso e dou um suspiro acompanhada por um soluço e mais lágrimas derramam de toda a minha face.

-Garotas, vamos mostrar aonde é o lugar de merda?- elas assentiram com a cabeça- Fernanda, você nunca deveria ter nascido. Você nunca deveria estar aqui, nem ter trombado em meu caminho. Você é um encosto....

Heloísa junto com as suas amigas, me levam para o banheiro, e jogam a minha cabeça em um dos vasos mais sujos de lá, sucessivamente dando diversas descargas.

-Por que você não morre logo... Sua des....

-Heloisa, Heloisa, levem gente, vamos sair daqui. Corre...-diz Alícia eufórica.

Não demorou muito para que elas saissem correndo do banheiro, logo em seguida chegaram algumas garotas, ao verem o meu estado foram correndo chamar ajuda.

Só vejo uma enfermeira chegando, e as minhas vistas escurecendo antes de desmaiar.

Quando acordei, percebo que estou na sala de enfermagem da escola. Não me pergutam nada, e nem consigo falar algo.

Fui socorrida, e liberada para a casa. Meus pais nunca iriam saber disso. Nunca iriam saber do que estava acontecendo, já que os mesmos não se importam comigo.

Fim do Flash-back

Dou um sorriso travesso ao lembrar do meu passado. Pode soar meio estranho, mas aquilo só me fortaleceu, machucou? Muito por sinal. Mas nada se compara a pessoa que eu me tornei hoje.

Só de imaginar que aquele mesmo dia, eu tentei suícidio, denovo...

Eu havia cortado os meus pulsos, bem fundo, e tomado uma caxinha inteira de analgésicos. Mas não funcionou, a empregada chegou bem a tempo.

Fui levada as pressas para o hospital aonde fui internada. Naquele dia eu pude sentir a morte pertinho de mim. Tive uma convulsão, perdi muito sangue, além de ter perdido algumas memorias recentes.

Mas depois do tratamento, eu lembrei de tudo, inclusive daquilo que eu não queria lembrar ou nem fazia questão.

Mas vamos voltar ao lugar que interessa, matar Henrique...

Henrique narrando

Já se passaram dias, semanas, se bobear até meses. Perdi a noção do tempo e tenho certeza que logo, logo morrerei.

Já desisti de tentar me soltar. Só quero morrer. Se hoje ela não me matar, eu mesmo me mato.

Sou despertado dos meus pensamentos quando ela resolve entrar em meus "aposentos", com um sorriso travesso no rosto. Eu sei o que aquilo significa, eu já vi ela matando muitos, em minha frente com aquele mesmo sorriso.

-Henrique, meu amor. Hoje eu tenho um presente pra você.-Estranho o seu comentário-Eu vou te soltar e se você conseguir passar por mim, estará livre.
Aqui está uma faca e boa sorte.

Eu estou sem reação, como assim, ela me tortura, me prende, e no final ela não me mata? Mas já que ela fez isso, vou aproveitar a sorte.

Corro até a mesma e tento desferir cortes e mais cortes em sua pele, mas ela rapidamente se desvia de tudo.

Tento perfurar a sua barriga, mas ela se desvia para o lado esquerdo e acerta a faca em meu ombro. Fazendo-me soltar um grito de dor.

Não me deixo ser abalado por isso, me recomponho e vou pra cima dela, que desvia de todos os golpes mais uma vez, e quando já vi, sinto a faca sendo atravessada em minha barriga diversas e diversas vezes.

Caio ajoelhado no chão e solto um grito, tento me recompor mas não conseguia e ela sabia disso.

Fernanda narrando

É tão patético ver ele desse jeito. Ele acha mesmo que pode se livrar de mim tão fácil.

Iludido.

Ele tenta se levantar, mas eu subo para en cima dele, sentando em cima da sua barriga ensaguentada.

-Para Fernanda, por favor!-suplica Henrique.

-Sabe, ela falou a mesma coisa.

Ele me olha com uma feição de horror.

-"Não me mata, por favor. Me desculpa!", ela pedia diversas vezes. E sabe o que eu fiz Henrique?

-PARA FERNANDA, PARA...

-Eu a perfurei.

-Não, não, não. Me solta sua desgraçada.

Eu sabia aonde doía, Jack havia me explicado muito bem. Feridas emocionais doem mais do que cortes. E eu iria me aproveitar disso.

-Aquele sangue escorrendo em minhas mãos. Aquela cara de medo, de dor.

Ele tenta se soltar, mas o prendo com o meu corpo.

-Você é um monstro.-vejo lágrimas brotando de seus olhos- Eu te odeio.-diz cuspindo cada palavra em meu rosto. Institivamente dou uma bofetada em seu rosto.

-Ela teve a mesma reação que você, e sabe o que eu fiz? Cortei o seu pescoço, perfurei o seu coração, e lhe arranquei a cabeça. Você a ama não?

Fez um silêncio profundo no ambiente.

-Diz Henrique, diz!

-Sim, eu ainda a amo Fernanda.

- Que bom, pois você terá o mesmo fim. Adeus Henrique!

 Adeus Henrique!

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De Suícida a Psicopata.👽Onde histórias criam vida. Descubra agora