20. E agora?

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Na manhã seguinte...

Victor e Evelyn:

Evelyn estava pensativa olhando seu notebook com uma cara de desprezo e dúvida, ele permanecia na tela de descanso passando várias fotos dela com minha família, resolvi perguntar:
— Qual o problema? — ela parecia não ter escutado. — Evelyn?
— Ah quê? Que foi? — ela voltou para Terra e a cadeira de rodinhas rangeu com o leve movimento.
— Sabe a impressão de ser vigiada?

Acha que conseguiram te achar? — questionei.
— Como me achariam? — seria muito aleatório, eu sempre mudo a configuração do meu notebook.
— A não ser que... — eu não diria mais nada, ela entendeu e com as sobrancelhas levantadas fiz um movimento de 180° na cadeira e a olhei.
— Ele não, Rubens não trabalharia para o governo. — Ela olhou confusa para o chão e o notebook em suas mãos. — É o Rubens ele não faria isso, faria?

Ok, talvez eu me precipitei em dizer isso agora Evelyn ficou histérica e magoada, seus olhos se encheram de água pensando no que eu falei.

— Talvez eu exagerei — tentei acalmar a situação —, não era a intenção dizer isso, mas ele conseguiu invadir meu computador caramba! E você sabe o quanto eu mexo com isso eu tenho é links e ips diversificados.

Ela parecia magoada pelo fato de seu amado ter nos descoberto antes da hora, o problema não era ela e sim eu e Júlio que bem... estavamos fazendo era, deixa pra lá.

Rubens, Adrian, Kenner e Adalberto:
A madrugada tinha sido cheia, e não de serviço e sim de socos e discussões, eu tive que entrar no meio e Adalberto, Matheus e até meu pai, em prol desse "Vale Tudo" estamos todos roxos e com os rostos inchados, como vou ir ver Evelyn assim? No entanto essa madrugada foi turbulenta.

Flashback:
— Entra no computador dela. — não ouvi direito que Adrian falou por estar desleixado na poltrona negra com traços vermelhos e estar com um voz de morto.

— O que?
— Entra no computador dela mano! — falou impaciente.
— Nem pensar. — retruquei sem paciência. — Eu respeito o espaço da minha namorada.
— Ah, vai se fuder! Tem medo de ser verdade o que eu falei? Não é? Não aguenta a verdade. — ele se arrumou na cadeira e ficou me olhando fuzilante, com seus olhos avermelhados e as olheiras dando profundidade a sua pálida face, Adalberto estava entre nós. — Você é um fraco Rubens!

Ele sabia me ferir também, não é porque sou homem que não fico ofendido com comentários mesquinhos.

— Cala a boca pra falar dele! — gritou Kenner.

Nunca tinha ouvido-o gritar, me surpreendeu muito ou tomado frente para dizer algo assim, não era do seu fetio.
— Agora você quer defender ele Kenner? — ele riu alto e ironicamentene.

Quando a porta se abriu e meu pai apareceu ficamos eretos nas cadeiras e Kenner se pôs de pé.

— Que gritaria é essa? Achei que estava havendo um assassinato aqui. — reclamou com um olhar mortal para nós.

— E vai ter um assassinato sr. Moore. — falou Kenner entre os dentes.
— Vai? — perguntou meu pai em um tom de dúvida.
— Sim. — ele pulou em velocidade ninja para cima de Adrian o atacando com socos, eu estava muito impressionado com aquela cena para parar a briga.

Kenner é o cúmulo da inteligência, paciência, calma e zoeira e agora ele deixou tudo isso para poder me defender, é o meu melhor amigo e ele deixou seus valores por mim nesse momento.

— Caralho para aí! — Adalberto puxou Kenner pelo ombro e o socou na face o fazendo se desequilibrar e cair na cama.

Filho da puta!
— Adalberto! — chamei-o e dei um chute em sua barriga o fazendo cair de joelhos. — No Kenner não!

Senti um soco desfirido em minha cara, era Adrian, Kenner se ergueu e deu uma rasteira nele, Matheus tento acertar Adalberto e acabou acertando Kenner.

— Para com essa porra de briga! — Gritei ao meu desviar de um chute de Adrian.

— Quem manda ser fraco. — dei um gancho em seu queixo levando-o ao chão.

Eu não sou de revidar, eu nem sabia que sabia lutar assim.

Meu pai entrou no final da briga, pois ele não sabia quem segurar primeiro, eu também fiquei assim, eu acertei Matheus sem querer e Kenner me acertou, isso que eramos só cinco.

— Uau, o que houve aqui rapazes? — falou minha mãe enquanto arrumava a mesa de café da manhã e nos olhos com uma expressão de risos.

— Era para ter sido um assassinato mas infelizmente não ocorreu. — disse Kenner com uma faca de serra em mãos olhando para Adrian que mostrou o dedo do meio para ele.
— Chega dessas briguinhas! — ordenou meu pai batendo na mesa de mármore a fazendo saculejar. — Vocês são homens ou menininhas encrenqueiras?

— Homens. — respondemos uníssonos.
— E o próximo passo é qual, Rubens? — questionou Adrian que cortava o cheescake de morango olhando com fúria para Kenner.

Invasão (Hacker)Onde histórias criam vida. Descubra agora