5. Irrecusável

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Victor:
Íamos passar uma semana em casa, sem fazer absolutamente nada além de arrumar a casa e ficar no computador se contentando, nunca havia nada  novo e Evelyn demonstrou interesse por aquele estúpido do Rubens, devia quebrar aquilo que ele chama de cara.
  Nunca cheguei na Evelyn, para não estragar o que há entre nós, mas comecei a me arrepender dessa decisão nevasta, eu ia perde-la para um qualquer que agora tenho que suportar como amigo, ele não tem nem noção do que eu posso fazer com um simples computador.

Depois da ida de meus pais ao colégio, eles voltaram ao escritório de advocacia que fica no centro da cidade, eu fui para meu quarto, peguei meu celular e vi às horas, era apenas 13:30 e eu ali sem fazer nada, demasiado tédio. Resolvi jogar mesmo, não tinha nada melhor.
  Depois de algumas horas mexendo meu computador começou a travar e isso é bem estranho para um computador do porte do meu, ele desligou sozinho e religou e começou a sair risadas das caixinhas de som, as duas telas fizeram isso, e apareceu uma mensagem escrito em verde.

"Te peguei King, e poderia até fazer mais".

  E não é que aquele maldito Rubens tinha conseguido, a mensagem apareceu nas duas telas e depois sumiu com um chiado, eu vou bater tanto nele, que ele vai precisar de fazer um cirurgia plástica.
"Desgraçado", pensei comigo.
"Como ele descobriu o IP do meu computador?".
  Imagino como, eu vou matar ele! Já não gostei nos dois primeiros segundos. Meu computador voltou falhar e em alguns estantes rastreio o computador dele, eu vou na casa dele e vou quebra dele lá mesmo.
  Desço as escadas sem fazer barulho, pois o quarto de Evelyn é ao lado delas, e ela iria querer saber onde vou, vou na cozinha e entro pela porta que liga a garagem, levanto o portão sem fazer barulho, dou uma última olhada.

Não pensei muito, e fui à tona com a bicicleta, se era isso que ele queria ele conseguiu, aquele inútil.
Cheguei e vi o quão grande sua casa é, e vi sua moto estacionada na parte de fora da garagem.

A casa tinha uma pequena cerca em volta, o bairro era bem calmo e só havia casas daquele porte muito difícil ter roubos.
Joguei a bicicleta no jardim em meio a grama, durante o trajeto, chegando em meio a porta toquei repetidas vezes a campainha e bati com força na porta até que ele abrisse.
Ele abriu com o sorriso sarcástico, e fui pra cima dele com vários murros, ele conseguia me bloquear facilmente. Que ridículo, comecei a chuta-lo e ele revidava, quando me descuidei e ele me derrubou no chão com tudo, com apenas uma braçada em meio ao meu peito.
Passei uma rasteira e seu corpo caiu com grande força no chão, ele bufou e veio pra cima de mim com tudo, com um impulso acertei meu pé em sua barriga, me levantei e recuperei o fôlego, por mais um descuido ele me puxou para o chão novamente e senti sangue escorrendo de meus lábios.
"Grande filho da puta". - pensei
Cai de bruços, e ele andou sorrateiramente até mim e puxou meus cabelos e mandou minha face no chão frio de mármore, porém resisti e dei uka cabeçada me levantei e esmurrei sua face com toda força que tinha levantando-me e acertando contra a parede, nos paramos diante um diante do outro e ele limpou o sangue em sua boca.  Rubens analisou a situação e riu ironicamente.

Eu soltei um curto sorriso também, com a manga da camisa limpei meu nariz e boca.
- Se sente melhor, Victor? - zombou ele.
- Poderia desfigurar sua cara, só que não será necessário! - revidou ele.
- E porque me odeia tanto? - ele arqueou as sobrancelhas.
  E permaneci em silêncio, sem expressar nada, olhei para a casa, que era totalmente arrumada e tinha uma organização de estilo mais refinado e antigo.
- Tem ciúmes da Evelyn? - e ele continuo a dizer. - Ela é bem linda, gosto de garotas do estilo dela.
- Eu vou embora. - lhe dei de ombros e sai batendo a porta, no caminho vim pedalando e pensando. Quando meu celular começou tocar e me distrai e acabei derrubando alguém e cai também, só não me machuquei porque estava de blusa de frio e calça jeans, mais se sujaram, eu tinha derrubado uma garota, ela ficou com os braços e pernas raladas, e gemia com dor enquanto se levantava.
- Moça! Desculpe eu me distrai. Perdão. - tirei os cabelos de seu rosto e quis levantar, ela era menor que apoiei em meu peito e quando o olhei em seus olhos, meu coração batia com muita força.
- Victor? - ela sorriu, mesmo com as dores dos machucados, procurei meu celular e vi ele caido no gramado e na calçada os livros dela, peguei todos enquanto ela se equilibrava.
Fui andando ao seu lado, levando a bicicleta e admirando, Lise foi minha primeira namorada sempre foi linda e serena feita lua, o estilo gamer e inteligente me fascinavam, os pais dela gostavam de mim terminamos pois ela tinha ido morar na Flórida, e bem da uma grande distância.
- Você não mudou nada. - afirmei a ela.
- E você então! Só ficou mais bonito.
Fiz ela se sentar no balcão, e fiz curativos nela, ela me olhava com a mesma admiração.
- Lise? - chamei sua atenção. E ela me olhou com bondade esperando o que eu iria falar. - Eu ainda sinto algo por você.
- Te digo o mesmo.
Nos olharmos tão profundamente, então a beijei e ela retribuiu, e nos beijamos calorosamente, eu não queria parar e nem ela.

Evelyn e Júlio:
- Porque não diz a ele o que sente? - indagou Júlio erguendo os ombros.
- Bem não é má ideia, tenho que espera ele chega.
- Ouviu o barulho da bicicleta e da porta garagem deve ter sido ele. - afirmou
- Ok, vamos lá na cozinha, na ouvi seus passos, pela escada.
Eu sabia que era inútil, agora percebi mais ainda a inutilidade desse sentimento por ele, ele beijava Lise com muita eloquência e avidez e amor.
- Que idiota. - murmurou Júlio, que puxou Evelyn pela manga de sua blusa, ela começou a chorar, então ele a abraçou, e deitou com ela na cama dela. Até ela se acalmar e dormir, Júlio sempre tentou unifica-los, desde sempre Evelyn o ajudou com as garotas mas nunca foi tão recomendado a namorar, mas com sua aparência era bem desejado na faculdade.
Moreno, cabelos negros e lisos e sempre deixava bagunçado, olhos azuis escuros e lábios em tom avermelhado.
- Procure ficar bem. - sussurrou baixinho e saiu do quarto sem fazer barulho com o fecho da porta.

Invasão (Hacker)Onde histórias criam vida. Descubra agora