19. Meu Caos

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Eu havia conhecido o Adrian em 2009, ele é um ótimo amigo, apesar do seu temperamento explosivo, frio e sádico, mas eu tento entender o lado dele, Adrian é um baú sem chave e gênio da computação, meu interesse em computação foi graças a ele e quanto ao Kenner bem ele é um amigo de infância muito querido ele sabe todos os meus segredos assim como sei os deles.
No entanto o foco aqui é o Adrian, ele mudou muito desde aquela época, de um menino alegre virou para alguém frio e inexpressivo, acho que Adalberto melhor do que ninguém sabe e entende sobre ele, quando o convidei para participar do sistema de hackers do governo, o vi contagiado de alegria e fazendo algo que gosta mais do que se pensa, computadores.

- Eu não quero ser um chato psicótico, só que nunca desconfiou de Evelyn?! Pare de ser babaca, né?!

- Não fala assim... - contrariei acessando o sistema morse do meu cadastro para puxar meu próprio banco de dados.

- Mano, a menina destravou um sistema operacional de portas como se fosse algo que acontecesse todo dia. - indagou Adalberto digitando algo em seu notebook.
- Só que ela não tá sozinha, pelo visto Júlio e Victor são bons quando se o assunto é hackear ou criptografar. - complementou Kenner.

Me doía o fato de a garota que estou apaixonada fazer parte desse esquema, não posso negar a inteligência dela é muito elevada, porém Victor era bem esperto assim como ele desconfia de mim, desconfio dele.

Adrian estava desconfiado e quando isso acontece, sua intuição não falha, mas dessa vez queria que falhasse...

03h:45min
- Estou com a cabeça cansada. - falou Kenner desligando duas telas e deixando outra em descanso e logo se jogou no colchão no chão.

Adalberto bebia mais uma xícara de café, eu estralei meu pescoço e tentei tirar o peso do cansaço de meus ombros bem em vão, ainda não tinhamos achado nada e aquilo era um verdadeiro inferno, nenhum sinal. Nada!

- Entra no computador dela. - não ouvi direito que Adrian falou por estar desleixado na poltrona negra com traços vermelhos e estar com um voz de morto.

- O que?
- Entra no computador dela mano! - falou sem paciência.
- Nem pensar. - retruquei sem paciência. - Eu respeito o espaço da minha namorada.
- Ah, vai se fuder! Tem medo de ser verdade o que eu falei? Não é? Não aguenta a verdade. - ele se arrumou na cadeira e ficou me olhando fuzilante, com seus olhos avermelhados e as olheiras dando profundidade a sua pálida face, Adalberto estava entre nós. - Você é um fraco Rubens!

Ele sabia me ferir também, não é porque sou homem que não fico ofendido com comentários mesquinhos.

- Cala a boca pra falar dele! - gritou Kenner.

Nunca tinha ouvido-o gritar, me surpreendeu muito ou tomado frente para dizer algo assim, não era do seu fetio.
- Agora você quer defender ele Kenner? - ele riu alto e ironicamentene.

Quando a porta se abriu e meu pai apareceu ficamos eretos nas cadeiras e Kenner se pôs de pé.

- Que gritaria é essa? Achei que estava havendo um assassinato aqui. - reclamou com um olhar mortal para nós.

- E vai ter um assassinato sr. Moore. - falou Kenner entre os dentes.
- Vai? - perguntou meu pai em um tom de dúvida.
- Sim. - ele pulou em velocidade ninja para cima de Adrian o atacando com socos, eu estava muito impressionado com aquela cena para parar a briga.

Kenner é o cúmulo da inteligência, paciência, calma e zoeira e agora ele deixou tudo isso para poder me defender, é o meu melhor amigo e ele deixou seus valores por mim nesse momento. É realmente impressionante, sobre ele deixo para o próximo capítulo.

Invasão (Hacker)Onde histórias criam vida. Descubra agora