40. Surtei? Sim!

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Kenner:
Ouvi disparos novamente estava preocupado com aquilo, por quê as coisas tem que ser assim? Isso sempre fez parte de ambas vidas e não me acostumei, talvez por ter sido uma amizade me fez repensar melhor minha carreira de agente.
— Kenner! — acordei de meus pensamentos. — Tá bem?
Rubens suava e seu rosto estava muito abatido, pode ser o suor e lágrimas misturados, e ainda seus olhos com súbitas enchentes.
Andávamos quase que sem encostar no chão, os conturnos podiam nos entregar com a arma em punhos parecia uma eternidase chegar até o local, a rota alternativa estava virando uma perca de tempo, então Rubens correu a frente e foi em direção a Evelyn que não estava tão longe do lugar onde Adrian lutava fortemente contra Victor e Júlio, parei um pouco e maneiei a cabeça e mordi o lábio inferior.
"Voadora.", pensei, "É voadora."
Cheguei ao local e chutei Júlio que era o maior e parecia com vantagem, pisei em sua barriga e peguei pistolas que estavam visíveis e as desarmei, jogando longe as armas.
Peguei-o pela gola de sua camisa e dei um soco que ajudou e muito naquele momento, nocautiei o mesmo que ficou inconsciente, dei uma cotovelada nas costas de Victor e tentei desarmá-lo, nunca vi Adrian se importar tanto com uma arma apontada para sua cabeça como agora, seu braço estava tomado por sangue.
— Adrian você tá bem, cara? — Victor me socou no queixo me deixando disperso por alguns instantes decorridos de minha pergunta que foi uma distração momentânea.
Ele girou a AK-47 em seu corpo como uma guitarra e deu uma coronha em Victor que caiu desnorteado no chão, ouvi os gritos e choro de Evelyn, eu e Adrian nos recompos por alguns instantes e nos entreolhamos, cansados, sujos e com sangue por toda parte. Desse dia já estou até anestesiado, puxei Júlio pela gola da camisa e Adrian puxou Victor pelos pés fazendo seu corpo se arrastar por todo perímetro.

Rubens:
Ao chegar perto de Evelyn simplesmente acertei o cabo da minha pistola em sua nuca e claro a segurando pelo malditos cabelos castanhos, nunca passei por situações tão desnecessárias.
Kenner e Adrian chegaram com ambos corpos e colocamos em fileiras e esperamos eles acordaram reclamando de dor.
Ambas armas estavam apontadas para suas cabeças, aquilo tinha acabar ali, a W e todo seu legado, na Deep Web e mercado negro.
- Por favor não faz isso! - implorou de joelhos ali ao chão.
- Eu vou ensinar o que acontece quando se mexe com a pessoa errada. - ele destravou a arma soltando um, "click" que ecoou por todo galpão que a sua única iluminação era a lua sobre a clarabóia.
- Rubens você não vai querer fazer isso. - disse Victor se levantando com um sorriso torto  e logo Kenner deu um soco Em sua face o deixando aos nervos, entretanto segurando pelo ombro para permanecer no chão.
- Eram vocês o tempo inteiro, bilhões de dólares desviados!!! - gritei.
o suor descia pela minha testa deixando minha blusa marcada com o sangue seco de Nick sobre o peito magro e esguio.
- Qual é Rubens por favor, não era a intenção!!! - gritou Evelyn desesperada se erguendo do chão com as mãos para cima com sinal de redenção.
- Muito tarde, Evelyn. Acaba aqui essa palhaçada.
Então ouve-se gritos e disparos e em seguida o mais completo silêncio.
— Acabou para eles... — Adrian desabou no chão. — Filhos da puta...
As sirenes lá foram avisavam a chegada da polícia, ambulância e tudo mais que tinha que vir; não me sento orgulhoso, eu nunca matei ninguém em todos esses anos e continuaria assim, os tiros foram todos de raspão eles vão ser presos como grande maioria merece.
A era da Invasão acabou, imagino o desgosto de seus pais ao ver seus filhos enriquecidos com dinheiro sujo, amigos mortos. Mortos...
  — Rubens, o agente Scammander quer nossas palavras no relatório. —  concordei com a cabeça e o segui até a saída, médicos já adentravam o perímetro, carros da CIA e polícia civil estavam por todo lugar, preenchendo a noite.

Invasão (Hacker)Onde histórias criam vida. Descubra agora