Te amo

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No apartamento de Camila...
- Penélope!!! Diz Camila ainda abraçada a ela.
Penélope estava em choque, jamais poderia imaginar semelhante coisa.
Victória e Jerônimo apenas pararam de se beijar, mas não se distanciaram um do outro. Jerônimo franziu a testa  na surpresa de encontrar a sua supervisora. Camila a faz entrar, ela mal se mexe:
- EstÁ uma verdadeira mulher! - Camila pega nos braços dela-  Até se parece a Victória quando estudavamos no magistério. Venha! Venha!
Ela se aproximou e a tia se levantou ajeitando o roupão.
- Penélope! - Victória a beija na face.
- Olá, tia...
Jerônimo se levanta também e ergue o braço para Penélope, Victória diz, se apoiando no peito de Jerô enquanto eles apertam a mão:
- Penélope, lhe apresento o meu namorado, Jerônimo.
Penélope não tirava os olhos de Jerônimo.
- Já nos conhecemos. - Diz Jerô.
- De onde? - Pergunta Camila.
- Pelenope é a nova supervisora na rádio.
- Pensei que fosse trabalhar na filial da rádio espanhola. - Alega Victória.
- Não, na verdade estou em tres rádios, a da ibero na espanha, a filial que é no interior e na do Sr. Acosta.
- E como soube que Victória estava aqui? - Pergunta Camila.
- Por minha mãe, passei na mansão e ela me disse para fazer um surpresa a vocês. - Penélope pensava que a tia apesar de ser tão linda não conseguiria um homem mais novo que ela e tão lindo.
- Então quer dizer que você é sobrinha da Victória?! - Reafirma Jerô.
- Sim.
- Realmente se parecem muito.
- Se for assim não envelheci nada. - Disse Victória.
- Claro que não! Quantos anos você deve ter? Uns 25. – Indagou Jerô sério.
- O dobro! - Ele a agarrou e a beijou assim que ela falou rindo.
Penélope acabou achando os dois muito fofos juntos, sabia que a tia merecia um homem de verdade.
- E você Jerônimo o que faz aqui?- Pergunta ela após o beijo.
- Sentem-se! - Pediu Camila indo até a cozinha.
- Vim conversar com Camila sobre o próximo tema do programa.
- Ahn...
Os três se sentam.
- E acabei encontrando Victória aqui. - Jerô apoia a mão sobre a perna dela.- Mas eu conheço a Camila desde quando ela estava no magistério e eu no 6°ano.
Camila volta com uma taça.
- O que vocês pretendem com essa conversa? Descubrir a minha idade? Podem mudar de assunto. - Ela entrega a taça a Penélope. - E você querida, voltou sozinha ou trouxe alguém com você?
- Vim sozinha Camila.
- E o lance com o espanhol, sua mãe me contou.
- Não deu certo...
- Mas por quê? 
- Porque ele começou a querer controlar o tamanho do meu short, com quem eu andava, me prendia demais.
- Haha, tá pra nascer o homem que vai me mandar trocar o vestido por causa do meu decote.
- É isso aí! - As duas batem a mão no ar. 
- E onde está a tia Helena? - Pergunta Pene.
- Já vem, teve que levar um documento para Geraldo. - Diz Victória sentada ao lado de Jerô sobre o tapete.
Um minuto de silêncio toma conta da sala, Camila e Pene notam que estão segurando vela.
Camila toma mais um drink:
- Então, Jerônimo sobre o tema, se uma adolescente quiser fazer uma cirurgia plástica para mudar uma coisa ali ou ali eu sou super a favor.
- Humm... não creio que seja tão necessário Camila, pois uma adolescente é muito nova, o seu corpo ainda não está definido. Ocorrem muitas mudanças ainda, os seios crescem a bunda aumenta e as coisas vão se ajeitando. Defende Penélope.
Jerô adorou ouvir a opinião das duas:
- E você Victória?
- Pra mim depende, creio que por medidas médicas vale a pena. Conheço casos de meninas que diminuiram o volume dos seios para não prejudicarem a coluna.
- Sim, tia, mas tem menina que faz só porqie acha que o corpo dela não segue o padrão de beleza, ou seja, por pura vaidade.
- Também.
Camila ergue a taça:
- Ixiii eu com os meus 15, 18 anos nunca me preocupei muito com isso pois eu tinha tudo no lugar. - Eles riram - Só hoje que a lei da gravidade me afeta um pouco e me faz gastar mais tempo na academia e com os meus cremes. Mas coisas simples e pequenas eu mexo mesmo!
- Já fez alguma Camila? - Pergunta Jerô.
Pene e Victória riram.
- Ai que isso nem foram tantas, só uns ajustes aqui e ali. Não vai me dizer que jamais pensou em fazer uma Victória?!
- Sim, algumas, mas não.
- Você é perfeita! - Responde Jerônimo.
Victória se sentiu envergonhada.
- Tia, desculpa a pergunta, mas por que está de roupão? - Pene pensou que isso também responderia o porquê de Jerônimo estar sem blusa.
- Ah, - diz Victória tentando diminuir o decote - acabei tomando chuva ao vir pra cá.
- Você quer que eu busque uma roupa pra você?
- Obrigada, Penélope, mas Camila me empresta.
- Claro!
- Victória que horas são? - Pergunta Jerô.
- Não sei, que horas são Camila?
- Deixe-me ver! - Ela vê no celular. -Faltam dez para as sete. 
- Tenho que ir ficar com Martin, ele já deve ter chegado da escola. 
Victória se desanima:
- Está bem. - Disse ela, seus olhos até perderam um pouco da luz.
Jerô se levantou:
- Camila, onde está a minha camisa?
- Atrás da geladeira.
- Obrigado! - Ele vai para pegar, depois se aproxima de Victória no chão. -
- Nos vemos amanhã cedo?
- Sim, - diz ela balançando a cabeça. -Jerô não se contenta e a puxa pelo braço, Victória fica de pé e quase cai, ele a toma contra o peito e lhe beija. Ao lado de Camila, Penélope não disfarça e não perde um instante daqueles beijos íntimos, ansiosos e capaz de matar qualquer resquício de saudade. Camila se delicia com o beijo, era lindo pra ela ver os seus dois grandes amigos juntos.
Jerô com a mão em torno da cintura de Victória a solta um pouco, olha no fundo dos olhos dela e parte, mas Victória o acompanha até a porta. Jerô abre a porta e se esconde colado na parede, ao vê-la passar a porta ele puxa Victória de novo para si, ela dá um gritinho e ele a volta beijar. Victória agora sem plateia, o segura por trás das costa e o cola ao seu corpo. Jerô a beija com a mão no rosto dela e se perde nos lábios carnudos e na boca de Victória. Ela se entrega e pede mais. Ele para de beijá-la e ela aperta os lábios dele, ele segura ela pelos braços e lhe beija o canto da boca, o queixo. Ela vira o rosto e ele a morde na orelha e diz:
- Te Amo, Victória!
- Te Amo, Jerônimo!
Eles abrem os olhos.
- E como está Martin?
- Bem, bem rebelde, bem viciado em video games. - Ela ri.
- É posso ver que está bem. E o que ele anda comendo por esses dias? Não venha me dizer que são somente hamburguers.
-Humm, não! Com a Dona Doroteia agora eu e ele comemos fricassê, strogonoff...
- Ah é, pelo visto vocês estão gostando mesmo dela.
- Sim! Ela é maravilhosa! Já agradou Martin no primeiro dia.
- E eu levo meses nisso...
- Victória, se eu gosto de você Martin também há de gostar. Lembre-se que se deram muito bem na primeira vez que se conheceram.
- Não sei como conquistar Martin, Jerônimo.
- Tive uma ideia!
- Já estou com medo dessa sua ideia.
- Que tal se amanhã a noite você fosse no meu apartamento?!
- Ele vai pensar que fui lá por sua causa.
- Também, mas daí a gente assiste um filme juntos, ou jogamos com ele no computador.
- Jerônimo, você sabe que não sei mexer no computador.
- Eu te ensino! Vamos Victória.
Ela enrugou a testa, fez charme:
- O que não faria por ti Jerônimo?
Ele a abraçou e ela riu.
- Então está combinado, amanhã na minha casa as 19h, okay?
- Okay!
Ele a abraçou novamente e partiu. Victória entrou de volta pro AP.
- Hum, então ainda vão se ver amanhã... afirma Camila com cara de safada.
- Vocês ouviram tudo?
- Mais ou menos - Disse Penélope.
- Penélope estava me perguntando há quanto tempo vocês estão juntos.
- Quase 6 meses.- Responde Victória.
- Se vê que vocês se amam muito.
- Muito mais do que um dia fui capaz de amar. Jerônimo me faz sentir tão viva Penélope, tão importante pra ele. Me respeita, me valoriza, desperta o melhor que há em mim. - Victória senta - Não sei se conseguiria viver sem as suas loucuras, seus beijos, suas alergias, seu abraço, sem ele.
- Mais apaixonada impossível - Comentou Camila. - Espero que um dia também possa encontrar um homem assim. - Camila estava olhando para Penélope.
- Quem, eu ou você?- Pergunta Penélope. 
- Mas é claro que é você! Eu não sirvo para um homem só, eu curto os sabores da vida não os amores.
As duas riram.
- Mas espero Camila que um dia possa encontrar o cara certo! - Disse Penélope.
- Duvido! Mas enquanto isso eu vou aproveitando o quanto o meu corpo pode dar.
As risadas foram maiores, foi impossível não rir da cara assanhada de Camila.
Quase uma hora depois, Victória e Pene não aguentaram esperar por Helena e foram embora.
Na mansão...
- Uai, Victória, essas no são as roupas de Camila? Pergunta Fernanda.
- Sim, é que acabei tomando chuva e ela me emprestou a roupa dela.
- Ah, sim. Filha, falei que ía encontrar sua tia lá. Camila e a Helena devem ter ficado supresas com o seu tamanho.
Victória fechava a porta e Pene descia os degraus da porta de entrada.
- Sim, Camila disse que estou uma mulher e parecida com a tia Victória na época do ginásio, mas não vi Helena.
- Helena ficou de nos contar a surpresa em outro dia, teve que ir ao escritório de Geraldo. Fernanda, Carlota ainda está aqui?
- Não, ela acabou de sair. Disse que o marido chegava hoje de viagem com uma sobrinha do interior que vai morar com eles.
- E você sabe se ela deixou algo pronto para os bolos?
- Não, não sei. 
Victória revirava a bolsa, ía pegar um dinheiro para deixar com Fernanda.
- Não pode ser.
- O que foi mãe? - Disse Santi descendo as escadas. - Olá, Penélope! - Ele cumprimenta a prima.
- Esqueci minha carteira na casa de Camila, devo ter deixado cair quando a deixei sobre a mesa. Com a chuva fui secar minha bolsa e tirei algumas coisas e não percebi que não coloquei a carteira de volta.
- Eu posso ir lá buscar.
- Você não tem ensaio da banda para o show de amanhã?
- Sim, mas vai comecar daqui meia hora e o apartamento da Camila é caminho.
- Ai, filho por favor. Não sei quando irei novamente lá.
- Pode deixar mãe!
- Quer carona, Penélope? Eu vou com o carro da minha mãe.
- Ai, por favor, tenho que acordar cedo e viajar para Aquidauanaa.
- E quando volta, filha?
- Creio que no fim da semana, mas qualquer coisa eu ligo.
Fernanda abraça a filha e lhe dá a benção.
Penélope dá um beijo no rosto da tia e sai.
Victória vai até a cozinha ver o que Carlota pôde fazer, ela abre a geladeira e vê todos os doces prontos. 
- Carlota!!
Victória conferiu a quantidade e notou que a amiga completou tudo, estava tudo pronto, os doces de Jerô de Mariana e os da padaria. Ela ficou feliz em saber que poderia dormir mais cedo e tentar descansar pelos outros dias.
Após deixar Pene no apartamento, Santiago vai ao AP de Camila e toca a campainha:
- Já vou! - Camila estava de pijama.
Ela abre:
- Sebastian?
- Olá, Camila! -ele não resiste e olha para os seios dela fartos, seu pijama lhe marcando o corpo e suas fortes pernas torneadas. Ela percebe mas finge que não vê, ela adorava que os homens admirassem o seu corpo, ainda mais os mais novos.- Eu vim buscar a carteira da minha mãe. 
- E onde está?
- Ela disse que deve ter ficado perto da mesa.
- Ah, deixa eu ver. - Ela se vira de costa, Santi entra. - Deve ter caído aqui no canto, porque eu não vi essa carteira em lugar algum.
Santi fecha a porta, Camila se agacha para olhar no canto perto dos sofás. Santi se aproxima e fica de pé de frente pra Camila estagnado.
- Se não tiver aqui deve estar no banheiro porque eu vi ela entrando lá com a bolsa.
Santi olha bem para a bunda de Camila, faz caras e bocas de tesão e se aproxima. 
- Ah, achei! Está aqui mesmo. Camila se levanta e se vira. 
- O que você estava olhando?
- Nada, é que eu estava...
- Santiago, fala a verdade, você queria pegar na minha bunda? - Diz ela apontando a carteira pra ele.
Ele apesar de ser mais baixo que ela se atreve a beijá-la. Ela segura o rosto dele. 
- Santi, você é um amor de menino, mas isso não pode acontecer.
- Não sou homem o bastante pra você?
- Não, não é isso! Sua mãe é a minha melhor amiga, não posso fazer isso com ela.
A campainha toca:
- Sou eu, Helena!
- E agora? O que a gente faz?
- Uai, nada, porque não aconteceu nada. Eu vou abrir a porta, ela entra e você sai.
Toma essa carteira.
Camila se dirige a porta e abre:
- Camila, desculpe o... Santiago?! O que faz a essa hora aqui?
- Nada, vim buscar a carteira da minha mãe que ela havia esquecido.
- Ah, sim... Camila, me desculpe o atraso, acabei ajudando o Geraldo em outras coisas.
- Até mais, Camila! Beijos, Helena!
- Até mais! - Disse Helena. Camila fecha a porta.- Camila, agora é sério, me diz que não aconteceu nada aqui?
- O que poderia ter acontecido?
- Camila, te conheço bem, sei que adora meninos mais novos, mas o Santiago não!
-Não aconteceu nada. Jamais faria semelhante coisa, estávamos conversando até você chegar. Agora me conta qual é a novidade?

No dia seguinte, Victória acordou no horário certo, tomou banho, lavou o cabelo, escovou, passou maquiagem e perfume, tudo um pouco a mais para Jerônimo que viria naquela amanhã. Ao sair do quarto ela encontra Paula.
- Bom dia, filha!
- Bom dia, mãe! -Elas se beijam.
- Paula, você vai a tarde para o escritório do seu pai?
- Vou mãe porque eu ainda tenho esse estágio, não importa se o meu pai é dono da empresa ou não.
- Vai sim, filha e eu também posso ir com você.
- Não é preciso mãe, eu é que tenho que resolver isso com o meu pai.
- Está bem, qualquer coisa estou aqui.
- Obrigada!
- E como vai meu sobrinho ou sobrinha?
- Bom dia, Mariana! - Diz Paula. Victória beija a filha.
- Mãe, hoje eu vou ter que levar menos bolo?
- E por quê?
- Porque hoje a minha turma vai conhecer uma faculdade, pra ajudar a gente a escolher um curso também, daí eu vou ficar apenas nos primeiros tempos na escola. Tudo bem? - Disse Mariana franzindo as sobrancelhas.
- Sim, contanto que você possa me ajudar a tarde... 
- A não, mãe... eu vou estar muito cansada.
- Por favor, me ajude filha, são muitos bolos, eu e Carlota mal damos conta.
- Vou pensar...
- Sim!
A campainha toca.
- Hum, dessa vez é o Jerônimo... - Diz Paula ao olhar pela janela do primeiro andar.
- Ah, isso significa que vocês voltaram a se falar? -Pergunta Mariana.
- Parem de pensar bobagens, correm, correm que vocês jaáestão atrasadas isso sim.
- Ui, o namorado dela chegou! Diz Mariana.
Victória dá uma piscadela para as filha e vai atender, desce as escadas ligeiramente e abre a porta.
- Pra você! 
- O quê? Diz ela.
- Eu, ora essa!
- Serve!
Ela o beija. 
- Que saudade eu estava de poder te ver todas as amanhãs. 
- Eu mal queria abrir a porta quando eu percebia que não era você.
Ele a abraçou, depois eles entraram:
- Tomou café?
- Já, mas aceito outro, apesar de você ter me ensinado a fazer, nenhum dos meus cafés saem igual ao seu, mas hoje são bem melhores. Eu tenho até coragem de oferecer para o Henri.
- Aqui!
- Essa caneca... 
- Só tomo café nela desde que você me deu no dia do meu aniverário e na primeira vez em que nos amamos.
- Como eu poderia me esquecer. - Ele suspira. - Você me fez o homem mais feliz naquela noite. Parecia que era o meu aniverário e não o seu.
Eles se olharam amavelmente.
- Jerônimo! 
- Aha, voltou finalmente! - Disse Santi.
-  E aí, campeão?
- Bem e você?
- Matando a falta do café da sua mãe.
- Ah, você e a minha mãe não querem ir no show que eu vou fazer na Gaza hoje a noite?
- Não sei se vou poder ir Santi, meu filho esta lá em casa e ele tem que levantar cedo para ir pra escola.
- Você vê e depois me fala.
- Você vai neh, mãe?
- Com quem?
- Você poderia levar a Camila.
- Tenho que perguntar a ela, Santi...
- Victória, tenho que ir. Tenho que levar Martin pra escola. - Ele se levanta pega a caixa de bolos sobre a mesa e se dirige a sala. Victória o acompanha.
Mariana desce as escadas correndo.
- Jerônimo!
- E aí, Mary? Como está a escola?
- Ta lá. Eu eu estou bem, rezando para esse bimestre acabar logo!
Devagar desce Paula:
- Olá, Jerônimo!
- Paula, e como está o bebê? E Sebastian?
- Estamos bem.
- Já sabe se é menino ou menina? 
- Não, ainda não.
- Ai, espero que seja um menino para eu poder levar ele comigo para os shows. - disse Santi 
- Não tem que ser menina! Menino é terrível demais! Quebra tudo! - Diz Mariana.
- Não, gente o que vier está bom. - Disse Paula entrando na discussão.
Jerô deixou a caixa do lado, se apoiou em Victória e ela o segurou pela cintura. Eles riam da discussão. A porta se abre, Enrique entra e Memé o anuncia:
- O pai de vocês está aqui.
Enrique se depara com todos rindo em volta de Jerônimo e Victória como se fossem uma família. A sua família.

Ela ainda sabe amarOnde histórias criam vida. Descubra agora