Nus

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No apartamento de Jerô, ele e Victória estavam deitados no colchão cobertos por um lençol.
-Sim, Jerônimo, eu quero me casar com você.
Jerônimo sentiu que seu coração parou por alguns instantes, ele se senta e olha nos fundos dos olhos de Victória, ela também se senta. De frente um para o outro Victória repete a resposta:
- Eu aceito envelhecer ao seu lado.
Ele começa a ficar nervoso e começa a gaguejar.
- Essa é... é... é a resposta que sem... sempre quis ouvir da sua boca, Victória.
- Esta nervoso?
Ele coloca a mão no peito.
- E co, como não ficar?
Ela ria singelamente. Ele tira a mão do peito e coloca uma mão sobre o rosto dela e com a outra segura a mão dela.
- Sonhei tanto com esse momento, saber que você tomou coragem para se casar comigo me deixa até com um pouco de falta de ar. -Ele sorriu, tirou o lençol de cima dele, se levantou e levantou Victória. O lençol que apenas a cobria caiu sobre o colchão.
- Victória...
Ele a beija, ambos de pé sobre o colchão e nus. Suas mãos rodeiam Victória pela cintura e ela aperta os seus peitos ao de Jerô. Eles dão um beijo desesperador, confiante e grato. Conforme andavam eles quase cairam, rindo eles saíram do colchão, ela começou a andar rindo e se curvando pensando no possível tombo. Jerônimo também não parava de rir, ele a agarra e a vira pra si.
- Imagine os dois nus parando no hospital porque caímos da cama?
- Não, mas posso imaginar alguém entrando aqui para nos ajudar e ver os dois nus um em cima do outro. - Ela ria deliciosamente.
- Sabe o que eu diria? Pergunta Jerônimo.
- Humm...
- Não importa o que estavamos fazendo, sabe por quê? Sabe por quê? Porque ela é a minha mulher!!!
Ele a agarra novamente, por impulso ela põe os braços sobre os hombros dele. Jerônimo a suspende em segundos, ao erguê-la pelos braços ele a segura firmemente ao cruzar os braços abaixo da bunda dela. Os seios dela dava no seu pescoço.
- Jerônimo, vou cair! - ela o segura bem.
- Você será a minha mulher!!! - ele diz em alto e bom som.
Ele sorria ao olhar pra ela. 
- Os vizinhos podem ouvir!
- Que ouçam!! – Com ela ainda suspensa, ele a gira gritando "Minha mulher!" três vezes, ela ria de felicidade. O cabelo dos dois giravam em harmonia. Ela ria de felicidade por estar nos braços do seu amor.
De repente ele a solta, ela desce deslizando sobre o corpo dele.
- Você é louco!
- Sou o louco mais feliz desse mundo!!
- Pensei tantas vezes no momento em que te diria sim Jerônimo. Esperei por um momento ideal, mas não aguentei esperar. Cada dia mais eu tenho a certeza de que me ama como eu te amo e as nossas noites de amor é a prova disso. Você é a minha luz, meu escuro, você é do tamanho da minha dor e da minha vontade de viver. Jamais pensei que você fosse significar tanto para mim, jamais pensei que fossemos tão longe.  - ela falava seriamente -Você consegue ver? Consegue ver o mundo que você me trouxe a vida? Eu não acreditava mais no amor e o conheci através de você. 
Ele suspirou.
- Também conheci o amor através de você Victória. Nós dois já chegamos ao altar, mas nem nesse momento eu senti algo tão intenso a ponto de gaguejar quando já conheço a essa pessoa.
Ela ri docemente e o beija, ele desliza as mãos sobre as costas dela, depois a segura no colo e a leva ao colchão onde volta a se deitar sobre os seios dela. Horas depois, um percebe que o outro ainda não havia dormido e eles transam mais uma vez.

No dia seguinte, sábado, às 7h, Victória chegou em casa com os cabelos molhados, ela abriu a porta bem devagarinho, a encostou, tirou os sapatos e os pôs na mão. Como uma adolescente ela subiu as escadas, já na metade ela ouve:
- Hum! Hum! - ela fica imobilizada.
- Quer que eu prepare algo senhora Victória? 
- Carlota!!
- Sim?
- Que susto você me deu!
- Desculpa, senhora. 
Elas ouvem passos da porta dos fundos, Carlota se vira e vê.
- É a sua mãe! - ela cochicha- Sobe! Sobe!
Victória aperta o passo, sobe rápido as escadas e entra no quarto. Ela fecha a porta, solta os sapatos e começa a rir de trás da porta. Ela nunca havia se visto assim.
Cerca de uma hora depois, ela desceu. A mãe a esperava no térreo.
- Victória, já escolheu o cardápio dessa noite? Vou te ajudar a preparar.
- Está bem, na verdade eu pensei em... 
- Também quero escolher, disse Paula ao descer as escadas.
Perto da hora do almoço, na cidade em que viviam os pais de Sebastian. Na sala, Sebastian estava sentado ao lado do pai e a mãe veio se sentar.
- Vamos ter que sair daqui às quatro da tarde. 
- Sim, assim da tempo de vocês se trocarem em casa e irmos.
- Imagina filho, vamos nos hospedar em um hotel no centro.
- Tem certeza?
- Sim, filho - disse o pai - você divide o apartamento com os seus amigos, se fôssemos pra lá iriamos atrapalhar muito. 
- A galera nem vai estar lá. 
- Pai, mãe?
- Sim, disse a mãe, o pai tirou os óculos com os quais estava lendo.
- Eu acho que não mencionei com vocês de que os pais da Paula estão separados. 
- Não, filho, então quer dizer que eles são separados e vivem na mesma casa?
- Não, o pai dela possui outro casamento.
- Nossa, como as coisas se resolveram de forma rápida. 
- Bem, só queria avisá-los caso o Doutor Mendonça não apareça.
Os pais de Sebastian se entreolharam.
No apartamento de Enrique e Tatiana, a campainha toca e Tatiana vai atender.
- Deixa que eu atendo, Enrique!
Ela abre a porta e vê a amiga:
- Valéria!
Elas se cumprimentam.
- Aqui estou! Tudo bem?
- Sim e você?
- Também.
Enrique sai do quarto de bermuda, um tênis laranja florescente e com uma bolsa de tacos nas costas:
- Olá, Valéria!
- Olá, Enrique! - ela olha bem para os sapatos e eles se beijam em cumprimento.
- Vou deixar você e Tatiana a sós. Vou jogar um pouco de golfe.
- Está bem. Bom jogo!
Enrique se aproxima da porta põe os óculos de sol e se despede.
- Obrigado! Até mais!
- Até.
- E o que era aquele tênis alaranjado? Pergunta Valéria.
- Ai, amiga, sente-se... 
Valéria dobra uma perna, senta sobre ela e coloca a bolsa de lado.
- Aceita um chá gelado com limão?
- Sim, por favor.
A cozinha ficava atrás do sofá, Tatiana volta:
- Então, Enrique agora se veste desse jeito desde que fomos a uma festa de um cliente do escritório que achou ele muito velho para  ser casado comigo.
- Nada contra a idade, mas amiga, você sabe que o meu santo com o dele não se bate.
- Sim, Vale, você já deixou isso bem claro.
- A propósito, adorei o apartamento!
- É mesmo você não conhecia, me acompanhe. - elas se levantam - Essa parte aqui da sala de jantar e de estar você ja viu. Bem, aqui fica o quarto. - Ela deixa a amiga ir na frente.
- Uai, abandonou a cama que você mandou fazer e que ficava praticamente no chão?!
- Sim, Enrique travava as costas só de se levantar dela.
- Hum...
- Bem aqui é o banheiro.
- Que linda banheira! Melhor do que aquela do seu antigo apartamento.
- Sim!
- E onde estão os seus cremes? Por quê não estão sobre a pia?
- Aqui. - ela abriu um armário embaixo. - Os meus produtos e os do Enrique não cabem juntos sobre a pia, então tive que colocar os meus embaixo já que os dele são pouco.
- Ahn... Entendi...
- Na verdade, tive até que comprar outro guarda-roupa.
- Aquele do quarto?
- Sim, e a parte que mais gosto é a sala, diz Tatiana.
- Sim, se parece mais com você.
Elas voltam pra sala.
- Quer chá?
- Ahan.
A campainha toca, Tatiana atende e volta com uma roupa no cabide.
- E essa roupa? Vai sair hoje?
- Não, não é minha, é do Enrique, hoje é o jantar de noivado da filha mais velha.
- Você vai?
- Não, acho melhor não. - ela se senta- E como vai o trabalho?
- Bem, apesar da sobrinha da Victória nos pedir um relatório de cada passo que dou no programa.
- Sobrinha de Victória?
- Sim, não sabia? Uma sobrinha da Victória  que vive me atrapalhando principalmente quando estou com Jerônimo, parece até que ela adivinha. Se bem que Jerônimo está um saco ultimamente.
Tatiana apoia o braço no sofá:
- E por quê?
- Só sabe falar da Victória! Ai, como isso me irrita e como eu odeio essa mulher! Ela só pode ter feito alguma macumba, um pacto com o diabo para prender Jerônimo daquele jeito. Não sei o que aquela velha tem que eu não tenho?!
- É dá pra perceber que ele ama ela.
- Vamos ver, vamos ver até quando.
- Valéria...
Valéria tomou a última gota de chá numa só virada.
A noite vinha e as coisas na mansão agora iam mais devagar, estava tudo limpo e como sempre organizado. A mesa estava posta, Victória já arrumada estava no escritório conferindo alguns papeis. A campainha toca, Carlota uniformizada de preto e branco, como anteriormente, havia se oferecido para servir, ela atende a porta:
- Boa noite, Doutor Enrique!
- Boa noite, Carlota!
Ele entra ajeitando o terno.
- E Paula?
- No quarto, senhor, vou avisá-la de que está aqui.
- Por favor.
Enrique desceu os três degraus da entrada e se aproximou do sofá, ele apreciava a decoração de Victória que sempre soube fazer isso como uma promotora de eventos. Havia flores em cada cômodo, alguns potes com doces e biscoitos na sala, luzes bem acesa, o lustre estava tão limpo que mal se podia ver o formato do vidro que o formava. Como sempre, o cheiro de Victória parecia morar nas paredes. Do escritório ele ouve os saltos, reconhecia o seu andar a distância, ele se vira:
- Boa noite, Victória...
- Olá, Enrique. Boa noite!
Eles se cumprimentaram a distancia. Victória vestia uma calça de cintura alta preta e uma blusa que apenas rodeava o pescoço em tom perolado e que tinha um colar com pedras pretas embutido. Victória estava em dúvida se Tatiana viria e ficou mais aliviada em não vê-la, embora não tivesse nada contra ela.
- E como você está? Pergunta ele.
- Bem, obrigada... - Ele tentava não olhar muito pra ela.
- Os meninos já estão aqui?
- Não, eles acharam melhor que fosse uma coisa apenas entre família e noivos. Mariana disse que não queria ser um enfeite na mesa.
- Mariana...
Ela não comentou, ele ficou olhando para ela, mas ela não falava nada. De repente, desce Paula com um vestido batendo no joelho.
- Está linda filha!
- Obrigada, pai! Ela caminha rápido para os braços dele.
- Cuidado aí mocinha, não quero machucar o meu neto.
- De jeito algum. - ela o abraça de novo - Às vezes nem parece que trabalhamos na mesma empresa.
- Não é mesmo?!
Victória sorria ao ver a filha sorrir.
- Pai, obrigada por ter vindo.
- Imagina. 
Paula toma a mão do pai e da mãe:
- É tão bom ter vocês juntos aqui comigo, é como antes quando nos eventos da escola os dois sempre iam para me ver.
- Agora a nossa menina está toda uma mulher e hoje cela o seu compromisso como noiva.
- Já nem parece mais aquela menina que andava a cavalo comigo e dormia no sofá do meu escritório me esperando para eu ler uma história.
Uma lágrima escorria do olho de Paula, ela sentiu o passar do tempo.
- Não, nem pensar, não posso chorar, meu noivo está vindo e eu não quero retocar a maquiagem. - Paula estava linda com um vestido rosa claro e uns brincos compridos.
Um carro se aproxima.
- Deve ser eles!
Carlota também ouve e sai de encontro a porta:
- Boa noite, senhor e senhora Guzman!
- Boa noite!
- Boa noite, jovem Sebastian!
- Olá, Carlota! Boa noite.
- Entrem e sejam bem-vindos.
A senhora Olga Guzman entra e atrás vem o marido, Osvaldo Guzman, eles não eram tão ricos quanto a família Mendonça, mas tinham o seu pé de meia com as franquias que possuíam.
Na sala, Paula saiu do meio dos pais e cumprimentou o futuro marido, depois Victória e Enrique cumprimentaram a família Guzman.
- Olá, como vão? Pergunta Paula.
- Bem obrigada, filha. - disse a mãe de Sebastian, uma senhora simpática.
- Eu vou bem e vocês?Indaga o sr. Guzman.
- Bem, obrigado senhor.
- Osvaldo. Osvaldo Guzman. 
- E como foram de viagem?
- Bem, chegamos faz umas 3 horas. 
A conversa seguiu, Victória e Enrique sentaram no mesmo sofá e os Guzman no outro. O casal estava na poltrona, Paula sentada e Sebastian atrás dela. Eles conversam sobre o bebê, os planos para o casal, o que ele vai fazer se ela disser não e sobre negócios.
Da cozinha, Carlota informa que o jantar está servido. Victória e Enrique se levantam primeiro e pedem para eles os acompanharem. Na porta da sala de jantar,  agora só de camisa listrada, Enrique vai na frente e Victória logo atrás, ele puxa a cadeira da ponta da mesa e se senta. Victória se aproxima dele e lhe toca nos ombros:
- Desculpa, Enrique, mas esse lugar é meu. - Ela olha fixadamente para ele.
- Desculpa, - ele se levanta, o resto do pessoal entra na cozinha e Enrique empurra a cadeira de volta para Victória sentar e depois se senta ao lado.
- Obrigada!
Quando todos se sentam, Sebastian se levanta:
- Boa noite, senhor e senhora Mendonça. Eu vou falar um pouco agora, pois já estou ansioso e vocês sabem o porque, neh, - eles riram- para pedir a permissão e a benção de vocês para que eu, Sebastian Rullins Guzman, possa casar-me com a sua filha Paula Mendonça. - ele fala pra todos enquanto olha somente para Paula.
- Tem a minha permissão - diz Enrique olhando para os noivos .
- E vocês tem a minha benção. - diz Victória.
- Ufa, agora vem a parte mais difícil, diz Sebastian com as mãos suando.
Ele segura a amada pelas mãos e a levanta para a frente de todos.
- Paula Mendonça, - ela estava trêmula - meu amor, mãe dos meus filhos, minha melhor advogada, aceita se tornar a senhora Paula Mendonça Guzman.
- Hum... - As duas família se entreolharam. - Claro que sim, meu amor! Eu e o nosso bebê te aceitamos pra toda vida.
Do bolso, Sebastian retira um anel de um estojo vermelho.
- Este é um presente da minha mãe, é o mesmo anel com o qual ela se casou com o meu pai. E ele não vai servir só para afastar os homens solteiros, ele serve para lembrar você dos motivos que fizeram hoje você me aceitar.
O champagne é aberto e cada um toma uma taça para brindar. Na cozinha, Carlota começa a passar a comida para as travessas e Dona Mercedes chega:
- Limpe melhor essa borda, tem molho por toda parte.
- Sim, senhora.
- Pode levar, eu sirvo a sobremesa e deixo na geladeira, dai você apenas serve.
- Está bem.
Carlota sai, Mercedes da uma olhadinha para ver se a criada não volta. Depois ela vai até o armário que quase dá para fora da casa e pega um jogo de pratinho com desenhos prateados, põe eles sobre a mesa e parte um cremoso pudim.
Quando Carlota volta Mercedes já havia guardado as fatias na geladeira.
Mercedes pega um pegador de salada e o aponta para Carlota ao voltar.
- Senhora Mercedes por acaso você você viu se eu deixei o... Ah, sim, muito obrigada. Ela volta pra mesa. Minutos depois todos haviam comido e tido uma boa conversa. Da mesa Victória chama a amiga:
- Carlota, por favor, pode trazer a sobremesa. 
- Sim, senhora.
Ao pegar o pudim na geladeira Carlota se assusta, ela entendeu o desconforto que a Dona Mercedes queria causar ao tocar os pratos de sobremesa pelos com detalhes prateados. Carlota ouve da sala de jantar.
- Temos que ir.
- Espere Sra. Guzman, Carlota já vem com as sobremesas.
Carlota se apressa e pega outro prato e corta outras fatias de pudim, no entanto ela erra ao por a calda quente e acaba sujando dois pratos. Nervosa e com pressa, ela acaba deixando dois dos pratinhos de detalhes pratiados.
Na mesa, eles conversavam sobre onde poderia ser a festa e ficou combinado de que seria na mansão. Carlota com a bandeija serve todos pela esquerda e ao servir Victória ela entrega o pratinho prateado e continua servindo. Victória leva um susto, aquele pratinho ela ganhou do pai dela, foi mais um dos presentes de casamento com Enrique que ela ganhara do pai. Quieta por alguns segundos, ela viu Carlota servir o outro prato para Paula. Victória se perguntava porque Carlota havia escolhido justo esses pratos.
Enrique ao lado de Victória começa a rir com o senhor Guzman e olha para Victória depois para o prato. Enrique reconheceu o prato, mas fingiu não ter reparado e continuou rindo, ao olhar para Victória ela fingiu um sorriso.
- Foi quando ele começou a jogar futebol. 
- Eu também joguei futebol na escola. - disse Paula.
- Lembra-se Victória que ela trocou o balé pelo futebol? - disse Enrique. Ela mal falava, apenas mexia a cabeça.
- E eu já joguei pela equipe juvenil do Santos, diz Sebastian.
- Eu também! - Exclamou Paula.
- Passamos a morar em São Paulo depois que ele fez dez anos. - Disse o pai de Sebastian.
Victória terminou de comer, levou a taça de água a boca e descansou uma das mãos sobre a mesa.
Enrique entusiasmado comentou:
- Eu e Victória passamos dois meses lá quando eramos recém casados. - ele segura na mão dela sobre a mesa - Se lembra da comida maravilhosa que comemos num restaurante perto da praia. - Enrique estava sorridente e não soltava a mão de Victória, ela o olhava franzindo as sobrancelhas. - Como era mesmo o nome daquele restaurante? - Enrique falava entusiasmado. - Lembrei! Concha salgada! - Ele passou a segurar a mão dela com as duas mãos, Victória soltou fingindo arrumar o guardanapo no colo. Paula e Sebastian estavam estranhando o comportamento de Enrique, pois ele estava agindo como se os dois ainda estivessem juntos. Os senhores Guzman também estranhavam aquilo, pois sabiam que Enrique  estava em outro casamento. O Sr. Guzman fingia não saber de nada e agia naturalmente e a Sra. Guzman achava o ocorrido inadimissível. - E quando deixamos Paula e Santiago com a sua mãe para ir a Campo dos Jordão! - Ele falava olhando para os convidados, depois ele olhou para Victória.- Passamos dias inesquecíveis, não é meu bem?

Ela ainda sabe amarOnde histórias criam vida. Descubra agora