Secret Love History - Larry Stylinson

Chapter Four

Louis — Doncaster 9:39 a.m.

Alojamento para jovens com transtornos alimentares

— Levantem-se para iniciarmos a oração de hoje. — Evangeline se levanta quando todos fizemos o mesmo. 

Estamos envoltos da mesa de café da manhã, sempre fazíamos nosso rito casual, dar as mãos rezar e ela escolhe duas pessoas tanto para fazer isso quanto para falarmos algumas palavras uns para os outros. Evangeline dissera que é uma terapia boa que fazemos entre si e que se um apoia um ao outro, então a chance da cura é maior. Assim como também manter a fé acima de tudo. 

O que eu acho sobre isso tudo? 

É uma perda de tempo para mim. Mas mantenho a fé nos meus amigos, eles tem um motivo para viver. Diferente de mim que não tenho ninguém me esperando lá fora. 

— Pai nosso... 

Começamos a rezar a oração universal, todos de mãos dadas com os olhos fechados, era um momento de paz com a nossa “alma”. E no fim da oração, apertamos as mãos uns dos outros. 

— Muito bem — Eva vaga o olhar pela mesa e os rostos apreensivos que ali estavam. Eu pedia mentalmente para ela não me escolher porque eu não sou como o Shawn, que sempre está com as palavras na ponta da língua para dar apoio, em todo caso, eu me vejo como a Suíça. — Sel minha flor, por que não nos diz algo hoje?! 

Encaramos a nossa amiga que sorri fraco, colocando a mecha castanha atrás da orelha. As bochechas estavam coradas o suficiente para o vermelho transparecer e permanecer no seu rosto. Ela assentiu juntando suas mãos e entrelaçando seus dedos. 

— Hoje faz trezentos e setenta dias que estou lutando contra a bulimia, cada segundo que passa tento ser forte para não ter que colocar o que comi para fora. Minha família me colocou aqui como todos sabem, para poderem salvar a minha vida pois eles me querem viva e bem. O que eu não esperava era me apaixonar pelo garoto mais incrível de todos — ela sorri olhando para Justin, que a retribuiu — E eu não tinha esperança de ter um controle do meu vício e desejo de estar com o corpo perfeito, não é algo que estou curada à um processo todo e espero conseguir para viver meu amor com Justin. Assim espero que ele também faça o mesmo. 

Ouvi o Justin sussurrando “sempre”, foi quando eu percebi em meio as palmas para a Selena, uma coisa; o amor é estranho de vendo de longe, é como uma correnteza que espera uma fresta para que a água invada sua casa e tome conta dela, nesse caso você sendo a casa. Ou como uma droga ilícita, você usa uma vez na intenção de se “divertir” mas acaba se viciando, torna-se dependente e quer mais e mais, até que está entregue a ela e quando não a tem, faz de tudo para conseguir, acaba que o impossível para você se torna possível. 

Mas uma coisa é certa para mim, não vou amar e nem ser amado. Isso é veredicto. 

— Zayn, gostaríamos de te ouvir hoje! — Eva sorri para ele. 

Nosso amigo de anos, arregala os olhos mas mantém o bom senso de sorrir para cada um na mesa. 

— Hoje faz cinco anos que vou perdendo parte de mim, cinco anos que minha anemia está andando ao meu lado e sendo minha melhor amiga. Estou aqui porque minha mãe já não tinha paciência para cuidar de mim quando estava mal — também não à culpo por agir assim, nem eu mesmo teria comigo mesmo — enfim a vida é uma peça de quebra-cabeça que você tem que montar e encaixar as peças corretas, um erro que você comete, uma peça errada encaixada aonde não se deve, fará você ir à retrocesso, ou seja, terá que começar tudo de novo até que acerte e ele esteja montado.