CAPÍTULO 1

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Vocês pediram, e depois de um tempo, chegou!
Eu ando super ocupada pra poder dar muito tempo pra cá, mas eu me comprometi com vocês e podem ter certeza que jamais vou querer desapontá-las por querer.
Espero que gostem!

BOA LEITURA!

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Joana

Era isso.

Eu havia chego em Esperança.

Tinha vontade de chorar só de pensar o motivo pelo qual eu vim pra cá.

Eu vim atrás de mim mesma.

Vim atrás de uma parte de uma família que eu não sabia como reagiria comigo.

Eu havia perdido meus pais há mais de um ano, e por ter pedido as duas pessoas que eu considerava o meu mundo todo, eu acabei entrando em uma depressão severa.

Recusava as pessoas, recusava visitas, recusava mensagens e ligações.

Eu me isolei por meses e só sabia chorar e tomar praticamente um litro de sorvete por dia. Pedi demissão no trabalho, porque desenvolvi medo de sair de casa, de lá pra fora, pra grande população e de repente, algo terrível me acontecer.

Eu terminei com o meu namorado por mensagem e afastei meus amigos mais próximos. Eu estava quebrada.

Até que um dia, a dois meses atrás, minha avó materna apareceu na minha porta, cheia de atitude e um olhar nada piedoso em seu rosto.

" – Eu estou farta, Joana. Estou farta de ser ignorada e ver minha pobre neta se afundando em dor e miséria. – Ela tinha a chave dali, só assim para ela entrar.

- A senhora sabe pelo o que eu estou passando, vovó. A senhora sabe. – Meu lábio inferior começou a tremer e eu senti que viria outra crise de choro por ai.

- Eu sei, eu perdi as mesmas pessoas maravilhosas que você e nem por isso fico me chafurdando na dor, porque ele não iriam querer isso, minha neta. Minha linda e inteligente filha, não iria querer isso pra única filha que ela deixou. Você tem que viver, Joana. Tentar pelo menos.

Era verdade.

Foi só ela tocar no nome da mamãe, para que um balde de água fria caísse sobre mim.

O que eu estava fazendo?

Mamãe sofreria se me visse assim.

Papai também.

Eu não queria vê-los sofrer.

- Você, minha doce menina, teve o gosto da morte muito cedo, nesses seus vinte e quatro anos. Mas isso não é motivo para desanimar, jamais.

- M-mas por onde eu começo, vovó? Eu afastei a todos. – Ela oferece sua mão e eu a aperto.

- Você pode vir para Esperança comigo. Você pode se recuperar lá. Voltar a viver!"

Depois disso ela me ajudou a arrumar a casa – vovó tinha setenta anos com a vontade de uma mulher de quarenta – e eu considerei a oferta dela.

Dois meses depois, dois meses de planejamento, aceitação e finalmente largar o luto, eu aceitei a passagem que a vovó comprou pra mim e embarquei.

E hoje, eu estava aqui.

Esperança.

Irônico, não é? Eu sei.

LAÇANDO O COWBOY (COWBOYS #2)Onde histórias criam vida. Descubra agora