CAPÍTULO 4

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JOANA

Por que a Jane ficava o tempo todo indo na mesa do Marcos e mostrando ainda mais o que já estava bem ali, a vista de Deus e o mundo?

Aquela assanhada, dando em cima daquele cafajeste que eu tenho certeza que estava adorando tudo aquilo e...

Eu não tinha nada a ver com isso.

Não sei o que estava dando em mim para me preocupar com o que acontecia ou deixava de acontecer com aquele safado!

Continuei a servir mesas e atender os clientes, tentando dar uma solução para os meus pensamentos conflituosos.

Como em apenas poucos dias eu podia ficar tão encanada com um cara? Eu tinha ido ali para me conhecer novamente, para ter novas experiências e quem sabe conhecer novas pessoas, não atrás de problemas.

Então, qual era o motivo de não desligar a minha mente dele?

- Mãe, eu já disse para parar de atormentar a Cléo com esse papo! – Uma voz masculina grave praticamente gritou.

- Que papo, João Augusto? Eu apenas estava iniciando uma conversa com a minha adorável nora de quando ela gostaria de me fornecer netos. – Uma voz feminina familiar falou.

- Mãe, não foram bem essas palavras que você usou, e eu tenho certeza que você disse murmurou algo sobre furar camisinhas!

- João Augusto! – Exclamaram duas vozes femininas.

- Você é impossível mesmo! – Uma voz feminina diferente falou.

Minha atenção foi atraída para a porta da frente, onde a senhora do primeiro dia que eu encontrei, Dona Lúcia, seu marido João e um lindo casal se aproximava.

O homem era alto e tinha um bronzeado de quem passava muitas horas no sol. Tinha aquele aspecto cowboy igual ao Marcos. Camisa flanela xadrez, jeans desgastados e botas um pouco gastas. Faltava só o chapéu.

A mulher era linda. Curvilínea e cheinha como eu, só que tinha os traços delicados e o cabelo castanho mais claro e o rosto livre de maquiagem.

Mas ela não parecia notar o quanto era bonita, porque só tinha olhos para o homem que estava de braços dados com ela, e ele só tinha olhos calorosos para ela.

Menos quando olhava para Dona Lúcia.

- Tá vendo? A senhora vai acabar me fazendo brigar com a Cléo!

- Você primeiro levanta a voz para mim e agora me acusa de algo que sua própria cabeça turrona falou sem pensar? – Dona Lúcia fala em uma voz baixa e encara João Augusto que a encara de volta.

Hm.

Por mais que eu adorasse uma boa briga estilo casos de família, eu não acho que vovó gostaria de mais gritaria por aqui, e também não tinha nenhuma Christina Rocha para separá-los.

Me aproximo e fico entre eles, abrindo o maior sorriso que posso conseguir.

- Boa noite, em que posso ajuda-los? – Olho para eles, e logo ambos se voltam para mim. Droga. Mas Dona Lúcia logo me reconhece e abre um sorriso.

- Jô, minha querida! Que feliz coincidência te encontrar aqui! – E me da um beijo em cada bochecha, antes de me abraçar.

- Olá, Dona Lúcia, como vai? – retribuo o beijo e o abraço. – A senhora sabe que minha avó é dona daqui, e eu estava ficando com ela, então, onde mais eu estaria? – Dou de ombros.

Ela me olha misteriosa.

- Passeando por ai, talvez. – Ela da de ombros e depois se vira para o resto do grupo. – Você já conhece meu marido, João, e esse turrão é o meu filho único, João Augusto e essa beleza do lado dele, é minha nora, Cléo. Eles não são lindos juntos?

Cumprimento todos e depois me viro para ela.

- São sim. – Concordo.

- E você não acha que fariam lindos bebês então?

Hm.

Precisava ser salva dessa conversa e era já!

Eu poderia coloca-los na mesa...

- Pessoal! O que fazem aqui? Venham, sentem-se comigo. – Marcos chamou, aparecendo atrás de mim.

Nossos corpos nem se tocavam, e eu conseguia sentir o calor que o corpo dele emanava.

Isso não podia ser normal!

Enquanto eles andavam em direção a mesa do Marcos, dona Lúcia foi a única que demorou um pouco mais e me encarou com um olhar muito estranho antes de ir.

Droga.

O que mais podia acontecer agora?



MARCOS

Eu não sabia se era um alívio ou uma merda das grandes que a família do João Augusto tinha chegado no bar.

Alívio porque me fazia parar de pensar um pouco naquela mulher.

Merda das grandes porque dona Lúcia era um pesadelo.

Aquela mulher nunca saia de casa sem um propósito, isso eu podia garantir, fora que era muito suspeito ela estar presente na segunda vez em que eu encontrava a Maria Joana, ainda mais depois do que ela me disse...

"Você é o próximo, Marcos, pode acreditar que eu desencalho o meu filho de coração"

Eu amava e temia ela.

Assim como João Augusto, e assim como seu João.

- E ai, Marcos? Já chamou a Jô para sair? – dona Lúcia perguntou.

- Ah, eu sabia! Era muito suspeito a senhora querer sair de noite. – João Augusto sorri para mim. – Agora é você que vai ter que aturar.

- Aturar o que? Eu já falei para ela que estou ótimo sozinho, mas ela me ouve? Claro que não. – Aponto para dona Lúcia que apenas da de ombros.

- Lúcia, Lúcia... – seu João tenta, mas é logo cortado.

- Tudo o que eu quero, é arranjar uma boa moça para você também, mas já que você não quer, tenho certeza de que vai ter alguém que vai querer.

Bufo.

- Claro, tenho certeza que vai existir um lunático que vai se aproximar daquela mal educada e... – Cléo me corta, olhando curiosa para mim e para algo que acontecia nas minhas costas.

- E não é que existe um lunático que se aproximou dela? – Ela murmura baixinho, mas todos conseguimos ouvir e minha cabeça vira rapidamente.

- MAS O QUE?


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Demorei, mas cheguei o/

Gente, anda bem complicado ultimamente para postar toda semana, mas eu juro que sempre que um tempo rolar, eu estarei aqui para fazer mais um capítulo para vocês.

Espero que tenham gostado.

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LAÇANDO O COWBOY (COWBOYS #2)Onde histórias criam vida. Descubra agora