Me desculpem pela demora! Infelizmente o word apagou o capítulo que eu tinha escrito e eu perdi ele todinho, me deixando desesperada para lembrar o que eu tinha posto e acabei tendo que criar um completamente novo.
Eu sei que estava pequeno, mas queria postar logo alguma coisa para vocês.
Espero que gostem e até semana que vem :)
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JOANA
Sentada ali no carro com ele, eu podia sentir o clima tenso que nos rondava, e eu sabia que isso era minha culpa.
Minha impulsividade, meu medo, foi maior do que a razão.
A lógica diz que eu não deveria me culpar ou culpa-lo por uma situação que fugia do nosso controle, mas eu só conseguia pensar irracionalmente que se eu estivesse com a minha avó ao invés de estar com ele, eu poderia de alguma forma mudar o curso dos acontecimentos.
Quem disse que o coração é lógico em momentos como esse? Quando o medo de perder quem amamos profundamente nos torna seres irracionais e passiveis de erros. Eu sei que cometi vários, e devia desculpas a ele.
Mas não conseguia.
Qualquer palavra parecia presa na minha garganta como se eu tentasse falar ou até respirar, fosse desmoronar.
Eu não podia passar por isso de novo, não era certo, não era justo.
E eu agora tinha mais uma pessoa que poderia perder: Marcos.
Como eu lidaria com isso? Meu coração dói só de pensar.
Eu não sei lidar com perdas, e só de pensar na dele, me faltava o ar, o chão, me faltava tudo.
Ah, vozinha...
Eu mal acabei de perder meus pais em um acidente maldito e tinha risco de uma doença levar a minha única parente viva. Sei que racionalmente, a ordem é essa, mas fala sério, precisa ser tão rápido assim?
"Senhor, por favor, cuide da minha avó, não a leve tão cedo" pedi baixinho.
Quando nos aproximamos do hospital, levanto minha cabeça que estava encostada na porta e endireito meu corpo.
Mal dou tempo para o Marcos desligar o carro, muito menos estacionar, quando eu já saio correndo do carro em direção ao hospital.
- Boa tarde, em que posso ajudá-la? – A recepcionista me pergunta.
- Uma paciente que está internada nesse hospital, Dóris Maria Oliveira.
- Ela está aqui sim, a senhorita é parente?
- Sim, neta dela.
- Documentação por favor. – Graças a Deus que levei minha bolsa com minha identidade, porque parar no bar só iria atrasar tudo, e sorte que Dionísio sabia onde ficavam guardados os documentos da vovó.
A moça me da um crachá e me diz para ir para o quarto 402, quando corro em direção aos elevadores, vejo um Marcos entrando lá parecendo perdido e irritado, e meu coração dói, sabendo que não podia me preocupar com isso agora.
- Maria Joana! – Ele grita ao me ver entrar em um dos elevadores, e a única coisa que posso dizer é...
- Quarto 402! – E as portas do elevador se fecham, nos separando mais do que aparentemente já estávamos.
MARCOS
Eu não sabia o que fazer.
Como de ontem, onde estávamos apaixonados e rindo, fomos parar no agora? Onde ela me ignora como se eu fosse um estranho, ou pior, como se eu fosse culpado por algo que está além de mim, além dela.
Eu sei que depois de um tempo ela vai recobrar os sentidos e ver que errou comigo, mas até lá, tenho medo que ela desista de nós. Que ela na sua impulsividade de agir, não acabe se fechando novamente, recusando amor, se fechando para o amor.
Como eu podia nos tirar dessa situação?
Quando a ideia par essa pergunta veio, eu poderia sentir que talvez, só talvez, fosse uma ideia errada, mas, eu precisava dela.
Eu precisava da minha outra mãe.
Puxei o celular do bolso e apertei em seu contato e esperei.
- Alô? Eu preciso da senhora.
DONA LÚCIA
Eu já sentia meu coração angustiado desde cedo, e agora, depois do telefonema do Marcos, eu tinha um motivo para toda aquela angústia.
- Temos que ir, João. – Cutuco meu querido marido, que estava lendo na poltrona.
Eu desamarro o avental da cintura e me viro para procurar minha bolsa.
- Ir aonde, Lúcia? O que aprontou dessa vez? A polícia não está vindo aqui de novo não é?
Reviro os olhos sem olhar para ele.
- Isso só aconteceu uma vez! Para de se prender ao passado, meu doce, e dessa vez não fui eu que aprontei, foi a Dóris, aquela velha descuidada! – Resmungo baixinho, mas com preocupação.
Espero que você esteja bem, Dóris.
- O que houve? – Noto um tom de preocupação também em sua voz.
Esse era o meu João. Quieto e taciturno, vivia só observando as pessoas e me deixava falar por ele, mas tinha um coração de ouro que mesmo sem falar com quase ninguém, abrigava quase todos os moradores da nossa pequena cidade.
- Ela está no hospital. Marcos acabou de me ligar, ele está preocupado com a Jô. Três pessoas que eu me importo, precisam de mim agora. – Digo, finalmente me virando para ele depois de achar minha bolsa com meus documentos.
Ele acena.
- Três pessoas que nós nos importamos, precisam de nós agora. Vamos. – Ele faz um sinal para a porta e me deixa passar na frente, indo em direção ao carro.
Esse era o meu João.
Do carro eu mandaria uma mensagem para João Augusto, eu tinha o pressentimento que Marcos precisaria do amigo.
Esperava que não.
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LAÇANDO O COWBOY (COWBOYS #2)
RomanceSINOPSE: Dona Lúcia está inquieta. Seu único filho, finalmente está encaminhado com a nora dos sonhos. Mas alguma coisa a incomodava, ou melhor, alguém. Ela acredita que todos merecem a chance de encontrar a felicidade. Mesmo que você não esperasse...