CAPÍTULO 8

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MARCOS

Eu estava cansado de lutar contra a forma que eu me sentia por ela. Era repentino? Era, mas caramba se eu conseguia tirar essa mulher da minha mente!

Então quando eu finalmente tenho uma chance com ela, que dura só segundos, é claro que eu iria atrás dela.

Eu estava cansado e puto. Iria apenas confrontá-la, mas quando ela veio cheio de atitude de novo, eu não aguentei e apenas reagi.

Ok, talvez eu estivesse cansado, puto e com um pouco de tesão.

Eu a agarrei, e quando senti seu cabelo macio nas minhas mãos, eu não queria parar de tocá-lo, eu só queria sentir mais. Quando botei minhas mãos em sua cintura, eu senti a necessidade de aproximá-la cada vez mais do meu corpo, de mim.

Nunca tive essa necessidade tão grande de estar em contato com outra mulher, como eu tinha com ela.

Era algo maior que nós dois.

No momento em que nossas bocas se juntaram, cara, eu podia estar ouvindo fogos de artifício, mas quando o beijo se aprofundou e nossas línguas estavam entrelaçadas, eu estivesse perto de morrer e ir direto para o céu.

Beijá-la era tão bom.

Era tão gostoso que eu a apertei ainda mais contra mim, eu queria mais, eu queria muito mais.

Eu podia sentir que estava ficando duro e podia ter certeza que ela sentia isso, mas mesmo assim não me afastou.

Porém, quem disse que eu queria transar com ela pela primeira vez numa cozinha de bar?

Ok, na verdade eu queria muito, mas ela era diferente. Ela me fez querer que fosse especial.

Porque ela merecia.

Afastei minha boca dela devagar, ambos estávamos respirando pesadamente, mas não a soltei e nem ela parou de me abraçar.

Tomei uma respiração pesada e falei, antes que acabasse atacando seus lábios novamente.

- Temos que fazer isso certo.

- E como seria isso certo? – Ela me olha intensamente e eu desvio meu olhar para aquela boca deliciosa dela e como seus lábios estão inchados.

Merda.

- Eu quero leva-la em um encontro.

Ela arqueia a sobrancelha pra mim.

- Você? Encontro? Que novidade é essa?

- Não acha que eu posso ser romântico? – Finjo indignação.

- Eu acho que você pode ser tudo, menos romântico. – Ela sorri e meu peito incha.

Que merda estava acontecendo?

Um sorriso dela e eu sentia que tinha ganhado algo.

E eu queria ver mais sorrisos dela.

- Eu vou provar a você que eu posso.

- Quero só ver.

- Amanhã venho busca-la a tarde, se prepare.

- Eu nasci preparada.

- Veremos. – E a calo com mais um beijo, entretanto, em minha mente eu penso como vou planejar algo romântico para ela.

Eu conhecia uma pessoa que podia me ajudar, mas confiar nela seria a confirmação do fim do mundo.


JOANA

Quando Marcos foi embora, eu tranquei tudo e subi até o apartamento de cima, vendo que minha avó estava deitada no sofá, peguei uma coberta no quarto para ela e a cobri, antes de ir para o meu banheiro tomar banho e me preparar para dormir.

O que tinha sido aquilo?

Eu sabia que eu e ele tínhamos uma atração, mas eu não queria ceder aquilo, e quando menos vi, estava cheia de ciúmes e depois me agarrando nele.

E eu concordei em ir em um encontro com ele!

Eu estava louca!

Tomei meu banho, e mesmo depois de um banho relaxante e meu pijama quentinho, eu ainda me sentia inquieta com os acontecimentos da noite e acabei indo para a cozinha, fazer um pouco de chá.

- Inquieta, minha querida? – Vovó pergunta se esgueirando do nada.

- Vó! – Grito, colocando a mão no coração. – Que susto a senhora me deu.

- Só fiz uma pergunta, e você ainda não me respondeu, querida.

Suspiro.

- Sim, estou confusa vovó.

- Com o que? – Ela faz um gesto para que sentássemos a mesa da cozinha.

- Com tudo. Com a vida.

- E essa vida teria espaço para um certo rapaz? – Ela questiona com as sobrancelhas se movendo de forma sugestiva.

- Vovó!

- Ora minha neta, eu não sou boba, eu vejo a óbvia tensão entre você e aquele rapaz, e onde há fumaça, há fogo.

Não tinha como negar, não é mesmo?

- Sim, me sinto atraída por ele e ele por mim, mas eu não vim aqui para isso. Eu vim para me descobrir, para me curar, para viver.

- E quem disse que o amor não faz parte da vida? Não faz parte da cura e de se descobrir?

- Amor? Não tem nada a ver com amor, vovó.

Ela pega minhas mãos e as aperta.

- Minha querida, você pode não ver agora, mas eu vejo você. Eu observo como seus olhos se acendem quando está próxima dele, ou quando fala com ele. A chama que aparece em você, a vivacidade...

- Mas a gente só briga!

- E quem disse que uma briga ou outra não é boa? Quem disse que isso não faz parte de qualquer relacionamento?

- Isso é tão confuso, a gente só briga e de repente tudo muda e agora ele quer me levar pra sair... – Começo a falar sem pensar

- E você vai. – Minha avó fala com determinação.

- Eu sei que é cedo, vovó, mas eu tenho medo de arriscar meu coração. Eu acabei de sofrer uma grande perda e não sei se mais um baque desses, me faria bem.

- Mas isso é a vida, minha doce Joana, isso é viver. Viver é arriscar, é apostar no desconhecido. Você sofreu uma perda muito cedo, mas faz parte da vida. Acha que eu não sinto falta da minha filha? Sinto mais do que tudo, mas entendo que estava nos planos de Deus, que mesmo partindo cedo, ela cumpriu a missão dela aqui, ela deixou você bem e saudável para viver, então viva, minha querida.

Minha avó tinha razão, eu vim aqui para voltar a vida, e a melhor maneira de fazer isso, seria arriscando.

Se desse certo, seria ótimo. Se desse errado, eu poderia ficar destruída, mas a vida continua não é?

Era melhor viver do que ficar nos "e se".

Então, eu iria arriscar.


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Primeiramente, eu gostaria de agradecer pelos comentários no capítulo anterior. Vocês são demais!

E agora? Será que ela arrisca mesmo?

E de quem será que o Marcos vai pedir ajuda? hahaha



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LAÇANDO O COWBOY (COWBOYS #2)Onde histórias criam vida. Descubra agora