Depois que o avião decolou e o pânico da Alexis passou, tudo ficou tranquilo. Ela passou a maior parte da viagem no quarto que havia, descansando com Faith. Recusou todas as refeições, menos a última e eu tive que obrigá-la a comer, praticamente.
Ela tinha um corpo lindo, não havia necessidade de se preocupar com pouca coisa. Afinal, ela nunca colocaria sua saúde em risco, sabendo que cuidava da minha filha vinte e quatro horas por dia e esse pensamento me acalmou. Ainda assim, ficaria de olho nela.
Alexis despertava uma grande paixão dentro de mim e eu não sabia como lidar, então estava cada vez mais frustrado. Não conseguia para de pensar em Valentine, no que ela acharia se eu tentasse ter um relacionamento tão cedo assim com outra mulher.
Parte de mim sentia como se a estivesse traindo-a, mas a outra parte não conseguia se afastar da Alex, me fazendo jogar tudo para o alto e tentar conquista-la. Aquela noite na boate só fez com que o desejo que estava fervendo debaixo da minha pele, viesse totalmente à tona.
Agora estou aqui, igual um babaca, plantado na porta do pequeno quarto do jatinho e com pena de acordar Alexis para avisar que já vamos pousar. Ela fica linda dormindo ao lado de Faith, nunca pude presenciar esse tipo de cena ao vivo das duas. As câmeras da minha casa não fazem jus a essa visão.
Meu coração se aperta e aquele sentimento de culpa me invade novamente, porque em tão pouco tempo, vendo as duas assim, parecem mãe e filha. Mas não, não posso seguir por esse caminho. Faith já tem uma mãe, que não está aqui, mas tem.
Alexis é somente a babá, uma linda e graciosa e babá, mas só isso.
Limpo minha garganta antes de chama-las e assim que faço, Alexis abre os lindos olhos azuis. Seu rosto está inchado e amassado, e ela não poderia ficar mais linda nem com toda maquiagem do universo. Se engana quem pensa que nós homens preferimos as mulheres com tanta maquiagem assim, nós queremos algo verdadeiro, natural.
Alexis esparramada na minha cama, com aquele cabelo sexy despenteado, só faz com que eu me excite e isso não pode acontecer agora de jeito nenhum.
- Já chegamos? – ela pergunta com a voz rouca, enquanto se senta e se espreguiça.
Puta que pariu! Aqueles seios perfeitos foram empurrados para frente enquanto ela levantava os braços. Eu fecho os olhos e conto até três, respirando fundo. Não há o porque de ter que assustá-la com uma enorme ereção.
- Oliver, está tudo bem? Há algo errado? – diz começando a se apavorar e eu abro meus olhos novamente, sacudindo minha cabeça.
Escondo um sorriso quando ela me chama pelo meu primeiro nome por vontade própria.
- Está tudo bem Alexis, só preciso que você e Faith venham se sentar, vamos pousar em alguns minutos.
Ela rapidamente afirma com a cabeça, passando a mão pelos cabelos desalinhados e eu enfio minhas mãos dentro dos bolsos da calça, com os punhos apertados, utilizando uma força que eu não sabia que existia, para me controlar e não avançar sobre ela como um homem desesperado e enfiar as mãos naquele cabelo e invadir sua boca rosada com minha língua.
Eu preciso me controlar, por Deus.
Antes me sentar novamente, bebo um gole de uísque generoso. Alexis se senta ao meu lado, com Faith enrolada em um cobertor e eu a ajudo com o cinto e seguro sua mão novamente.
Dessa vez está mais tranquila e eu travo meu maxilar quando seu cheiro bate direto ao meu nariz. Tenho certeza que eu mereço uma morte lenta e dolorosa por todas as coisas que tenho pensado em fazer com ela na cama. Ainda é muito cedo para seguir em frente? Eu não sei, mas preciso de conversar com Den, desabafar.
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Uma Babá em Minha Vida
RomanceOliver Hall era o CEO de uma grande companhia de aplicativos em Manhattan. Fizera sua fortuna trabalhando duro e depois de ficar viúvo, precisava de alguém disponível para cuidar da sua filhinha de seis meses. Alexis era uma jovem, sonhadora e opor...