Culpa de quem?

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Culpa de quem?

Não vou terceirizar as minhas culpas
A minha alma irá vomitar todas elas
Um pouco de bebida para facilitar a digestão
Eu no meu canto me julgando, minha autocondenação

Nada de culpar os meus dias
Ninguém é culpado pela minha rebeldia
O mundo sempre foi assim mesmo
Tudo sempre foi igual e eu ainda nem existia

Se eu choro e o vizinho faz festa
E o sol tá tão lindo do lado de fora
É porque apenas preciso me fortalecer
Minha cara amarrada, as minhas mágoas vomitadas
Exclusividade minha, quem precisa ver

Cada qual com seu próprio tribunal
Minhas culpas eu julgo no meu foro especial
Condenação ou absolvição
Ninguém viverá por mim o meu particular desafio, minha reclusão

Um homem quieto no seu canto
É a luta por seus próprios desencantos
Em breve ele retornará com novidades
Pois a tristeza nunca deverá vencer a felicidade

Jonas Luiz
São Paulo, 05/04/18

Uma nova fase poéticaOnde histórias criam vida. Descubra agora