DUALidade

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DUALidade

O fogo queimou a minha consciência
As águas do tempo arrastaram a minha inocência
Sou uma porção de santo, com um pouco de indecência

Perambulo por aí, sou fantasma das minhas noites
Sou anjo de candura, sou bom, sou mau
Duas coisas que se misturam

Eu assusto, mas também levo sustos
Também tenho medos, tenho pequenos surtos
O raio-x da minha consciência é de fácil leitura
Sou coisa que tem cura

Não tenho cópias por aí, sou produção única e independente
Sou fora de série, sou gente
Mas alguns olhares me julgam indecente

De tanto que eu penso, dói minha cabeça
Apelo para as pílulas da loucura pra curar essa enxaqueca
Sou um dia caçador, no outro sou presa

Mas tenho a minha liberdade, não tenho a consciência presa

Jonas Luiz
São Paulo, 08/06/18

Uma nova fase poéticaOnde histórias criam vida. Descubra agora