As traças

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As traças

Jogado as traças, o tempo passa
Sou consumido pelo vil metal
O tempo passa sou corroído por esse processo dolorido
Que me corroe sem dó

O que não atrofia e consumido pela apatia
Passo meus dias vivendo a base de simpatia
Querendo o sol, com medo de ficar  só
Quero viver de verdade e não de dó

Vivendo de migalhas e o fio da navalha cortando na carne
A vida esvaindo pelo calendário, como animal no chocalho, esperando o abate

Um buraco profundo, um poço sem fundo
Quanto mais cavo,  mais me afundo
Assim é a vida desse pobre mortal
Disfarçando as lágrimas que já viraram enxurrada

Jonas Luiz
23/08/18

Uma nova fase poéticaOnde histórias criam vida. Descubra agora